É uma coisa corriqueira você parar e pensar quem é ou foi o melhor em determinada situação. E quando a gente fala ou escreve sobre esportes, aí é que isso ganha proporções gigantescas. Só que se tem alguém esperando alguma comparação por aqui, é melhor desistir. Isso, eu faço no início da temporada e é suficiente para dores de cabeça por uma eternidade.
Mas o que, raios, eu vim fazer aqui?
Simples. Falar sobre comparações. É mais um desabafo sobre a chatice e a má vontade que a gente vê por aí.
Outro dia eu estava em um grupo desses de Facebook, quando percebi um amigo perguntando quem era melhor entre Messi e Cristiano Ronaldo. Eu tenho minha opinião, claro, e acho que os dois são exageradamente bons no que fazem, mas eu prefiro o argentino, por um conjunto de coisas. Isso não me faz odiar Ronaldo. Muito pelo contrário, eu o acho completo.
Então, no trabalho, comentava sobre os grandes tenistas de todos os tempos e de cara, um sujeito berrou: “Sampras!” Fui tirar uma onda, dizendo que Andre Agassi era superior e que Roger Federer seria ainda melhor. Ele ficou irritado, de verdade.
Diga a um brasileiro que Michael Schumacher foi melhor que Ayrton Senna, e serás castigado mentalmente pelo resto da vida.
Essa paixão faz com que as opiniões alheias não valham tanto. Aliás, valem, se forem coerentes com aquilo que você pensa. Isso, sinceramente, me tira do sério.
Há uns bons anos, todo grupo de NBA tem um Zé Ruela para comparar entre Kobe Bryant e LeBron James. Como Kobe perdeu o fôlego com essas lesões, e o Los Angeles Lakers deixou de ser competitivo, as atenções foram para Kevin Durant. Isso sem contar na “briga” entre fãs de James Harden e Stephen Curry.
Mas pera lá. Para eu definir por um jogador, eu preciso mesmo menosprezar os feitos e as habilidades do outro? Sério mesmo que isso existe?
Existe e é apenas a ponta do iceberg.
O que rola por aí é um tipo de ódio tão grande que eu não consigo explicar. E aí aparecem aqueles apelidos “fofinhos”, que eu tenho vontade sincera de pedir a conta e ir embora.
LeBandeja, Westmula, e Gasoft, são os mais chatos.
Um dia isso acaba. Ou piora, vai saber.
Gostaria de pedir desculpas por não ter publicado o meu artigo nas últimas três sextas-feiras. E como vi que ninguém reclamou, eu poderia ter enforcado mais uma semana. Mas não. O Ricardo Stabomito e o Guga Lima me deram uma folga após o nascimento de minha segunda filha, e acabei exagerando um pouco. Teve ainda o lance do Sportv, que foi uma experiência bem bacana e a ideia é, de fato, fazer o Jumper Brasil crescer mais. Um dia ainda quero poder trabalhar exclusivamente com isso. Enquanto não acontece, bora pra labuta.