Previsão da temporada – San Antonio Spurs

Atuais campeões mantiveram elenco intacto para buscar inédito bicampeonato em 2015

Fonte: Atuais campeões mantiveram elenco intacto para buscar inédito bicampeonato em 2015

San Antonio Spurs

2013-14: 62-20, 1º lugar na conferência Oeste
Playoffs: campeão da NBA
Técnico: Gregg Popovich (19ª temporada)
GM: R.C. Buford (13ª temporada)
Destaques: Tim Duncan e Tony Parker

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Time-base: Tony Parker – Danny Green – Kawhi Leonard – Tim Duncan – Tiago Splitter

Elenco

9 – Tony Parker, armador
8 – Patrick Mills, armador
5 – Cory Joseph, armador
14 – Danny Green, ala-armador
20 – Manu Ginobili, ala-armador
3 – Marco Belinelli, ala-armador
2 – Kawhi Leonard, ala
33 – Boris Diaw, ala
1 – Kyle Anderson, ala
23 – Austin Daye, ala
21 – Tim Duncan, ala-pivô
15 – Matt Bonner, ala-pivô
11 – Jeff Ayres, ala-pivô
41 – JaMychal Green, ala-pivô
22 – Tiago Splitter, pivô
16 – Aron Baynes, pivô

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Quem chegou: Kyle Anderson (draft)
Quem saiu: Damion James

Em time que está ganhando não se mexe, certo? A julgar pela offseason do Spurs, sim. O time renovou com todos os jogadores da rotação campeã da última temporada e sequer pareceu interessado em fazer grandes mudanças. Como sempre, a manutenção da base foi a ordem em San Antonio. Por isso, a equipe mostrou mais empenho em renovar os vínculos dos seus agentes livres (Patrick Mills, Boris Diaw, Aron Baynes, Matt Bonner) e fazer um bom trabalho com sua escolha de draft (chega Kyle Anderson) do que especular a contratação de grandes nomes. Com isso, Gregg Popovich vai atrás do inédito bicampeonato com a melhor situação possível: o grupo campeão, com 15 jogadores capazes de compor a rotação, totalmente intacto.

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Esta é uma notícia particularmente boa por conta do sensacional basquete que o time mostrou nos playoffs, praticamente atropelando todos os seus adversários a partir das semifinais de conferência. Entrosamento e continuidade costumam ser a chave dos grandes campeões e o Spurs se apresenta tão bem quanto qualquer oponente nos dois quesitos. Além disso, Popovich tem habilidade inquestionável para administrar o plantel e permitir que os veteranos cheguem inteiros aos playoffs. O título no primeiro semestre coroa, na verdade, um trabalho primoroso em vários níveis da franquia e seus profissionais.

No primeiro semestre, o Spurs superou um trauma ao conquistar o campeonato após ter chegado tão perto e perdido de forma inacreditável na temporada anterior. Agora, com a “alma lavada”, eles precisam vencer um tabu: nunca venceram títulos consecutivos.

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O perímetro

Com o elenco inteiro retornando, a tendência é que não haja novidades na rotação do Spurs: Tony Parker, Danny Green e Kawhi Leonard serão os titulares, assim que o elenco estiver totalmente saudável. Trata-se de um armador veterano com impecável tomada de decisões executando o pick and roll acompanhado por dois arremessadores que se revelam cada vez melhores batendo a bola para atacar closeouts. Na defesa, a capacidade defensiva dos dois alas permite que Popovich ainda “esconda” Parker na pior arma ofensiva do adversário sem causar desequilíbrios na equipe. Mais importante do que todas as questões táticas, é um trio que está entrosado para atuar desta forma e já ganhou um título assim.

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Um dos trunfos do banco do Spurs é oferecer diferentes opções de igual nível técnico para que Popovich adapte-se ao oponente. Para a reserva de Parker, Patrick Mills é o scorer explosivo que sai do banco para dar mais agressividade ao ataque texano e Cory Joseph funciona mais como um especialista defensivo por conta de sua condição atlética de elite. Mesmo em fim de carreira, Manu Ginobili ainda é a melhor definição do “sexto jogador” na NBA com versatilidade, inteligência e incrível domínio técnico em quadra. Belinelli, por outro lado, é uma extensão mais próxima dos titulares – o arremessador capaz de cortar defensores mais afobados e passar a bola em velocidade.

Boris Diaw é um dos melhores point forwards do jogo quando motivado e em forma, enquanto Kyle Anderson surgiu em UCLA como uma versão mais jovem do próprio francês. O primeiro, junto com Leonard, pode ainda atuar com ala-pivô aberto promovendo maior espaçamento e abrindo a quadra para tirar as defesas da zona de conforto. Basicamente, é tudo o que vimos ser praticado com excelência na última temporada.

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O garrafão

Tim Duncan e Tiago Splitter seguem como titulares nesta temporada, oferecendo a mesma precisão defensiva, bons bloqueios na bola, visão de jogo e qualidade de passe vista no ano passado. Eles formam uma dupla de garrafão mais “pesada” do que a maioria da NBA utiliza atualmente e não espaçam a quadra como muitos gostariam, mas funcionam porque sabem exatamente o que devem fazer dentro do esquema de Popovich. O trabalho de ambos é bem mais dinamizar o jogo a partir do post do que pontuar.

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Como já citado, o Spurs balanceia a falta teórica de espaçamento trazida por uma dupla que não tem o arremesso como ponto forte com uma série de opções neste aspecto saindo do banco de reservas: Diaw e Leonard podem atuar como alas-pivôs abertos ao lado de um dos dois pivôs, assim como Matt Bonner é um especialista em arremessos e Jeff Ayres tem uma pontaria sólida de média distância. O australiano Aron Baynes destoa em relação ao banco oferecendo uma opção mais próxima do que vemos no quinteto titular: um cinco bem mais pesado, “brigador”, que usa o jogo físico como virtude nos dois lados da quadra.

É a mesma coisa que vimos no perímetro: basicamente, o que temos aqui é tudo o que já vimos no ano passado. A depender do adversário, Popovich recorre mais a um estilo de jogador ou outro. Mas, de uma forma geral, já sabemos o que eles são capazes de saber e como funcionam dentro da lógica do técnico.

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Análise Geral

O Spurs conquistou seu quinto campeonato em 15 anos apresentando um basquete vistoso e de altíssimo nível no momento mais importante da temporada. Não é exagero afirmar que eles atingiram um nível superior de movimentação de bola e seleção de arremessos em relação aos concorrentes. Com o elenco absolutamente intacto e sem os egos inflados de outras franquias, é impossível não os apontar como a equipe a ser batida começando a campanha 2014-15.

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No entanto, é também impossível não reconhecer que quase tudo correu a favor do Spurs ao longo da temporada passada. Tudo começou com uma motivação fora do real gerada pelo trauma da derrota no ano anterior, passou por um elenco veterano passando a campanha inteira sem lesões significativas e terminou com muitos dos atletas alcançando o auge físico/técnico nos playoffs. Se você quiser ser poético, digamos que os deuses do basquete intercederam pela redenção dos texanos. É possível que tudo se repita porque o trabalho realizado na franquia é primoroso em todos os níveis. Mas também um tanto improvável.

A ausência de reforços no grupo de jogadores não simboliza que o time ficou estagnado. As chegadas do lendário Ettore Messina e da ex-jogadora Becky Hammon à comissão de Gregg Popovich simboliza que o time busca olhares diferentes para aprimorar ainda mais a “máquina” de sucesso do Spurs. Problemas que não seriam vistos pelo olho da NBA podem não passar despercebidos por esses profissionais de vivências e histórias diversas.

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A provável motivação do Spurs é a conquista do inédito bicampeonato no ano final da carreira do maior ídolo da história da franquia, Tim Duncan. Será que isto é tão forte quanto a derrota de 2013? A gente só vai saber, provavelmente, em abril ou maio do ano que vem. Até lá, os texanos continuam como um fortíssimo esquadrão capaz de usar seus principais atletas com extremo cuidado e, ainda assim, conquistar 60 vitórias.  

Previsão: 1º colocado na conferência Oeste.

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