O ala-pivô Matt Bonner acreditava que o fato do San Antonio Spurs ter chegado à decisão da NBA na última temporada terminaria com as dúvidas sobre a capacidade do veterano elenco texano conquistar mais um título da liga. Ledo engano. Nem nas Filipinas, onde participa de uma ação do programa “NBA Cares”, o atleta conseguiu escapar da questão que é obrigado a comentar ano após ano. E tentou dar uma resposta o mais taxativa possível.
“As pessoas sempre dizem que somos muito velhos para competir, mas sempre provamos que estão errados. É sempre assim. Nós não ouvimos o que falam e eu não acho que sejamos tão velhos. Contanto que estejamos saudáveis, teremos boas chances de chegar à decisão”, disse o reserva, em entrevista ao jornal filipino Tempo.
Bonner utilizou o líder e ídolo do Spurs, Tim Duncan (37 anos), como um paralelo para explicar a longevidade da equipe na disputa por aneis de campeão. “Observe Tim e a forma como joga. Ele depende de fundamentos, inteligência dentro de quadra e habilidade. Estes atributos não se perdem com a idade”, explicou, elogiando o experiente companheiro de time.
Com quase 42% de acerto nos arremessos de três pontos na carreira, o ala-pivô de 33 anos se mantém no elenco de San Antonio basicamente pela capacidade de chutar de longa distância. Uma habilidade que ele revelou ter adquirido com muito esforço e se inspirando em seu ídolo no basquete. Quem? Aquele que Oscar Schmidt aponta como o melhor jogador de todos os tempos.
“Eu cresci vendo Larry Bird jogar: um cara muito alto que arremessava e tinha uma tremenda ética de trabalho. Sempre quis treinar duro e arremessar de três como ele. Tive que trabalhar muito forte todos os jogos para aprimorar meu arremesso e mecânica”, contou o veterano, que disputou sete de suas nove temporadas na NBA pela franquia texana.
Em 629 jogos realizados na carreira – quase 500 deles com a camisa do Spurs –, Bonner acumula médias de 6.5 pontos e 3.3 rebotes em 18.3 minutos de ação.