Veterano de 11 temporadas na NBA, Julius Randle revelou que teve uma depressão no final de sua passagem pelo New York Knicks. A declaração do jogador, que hoje defende o Minnesota Timberwolves, ocorreu em uma longa entrevista para Jon Krawczynski, do portal The Athletic. De acordo com o ala-pivô, as lesões, a ausência dele nos playoffs de 2024 e as narrativas tóxicas afetaram a sua saúde mental.
Julius Randle elogiou a cidade de Nova Iorque, mas disse, entre outras coisas, que começou a se sentir cada vez mais isolado. Afinal, o Knicks decolou no período em que ele esteve fora por lesão. Mas quando ele jogava e o time perdia, a mídia que sobre NBA caía em cima dele. Desse modo, o jogador não suportou a pressão exagerada, passou a abusar do uso da maconha e a ficar ansioso e deprimido.
“Nova Iorque era um lugar ótimo. Tive muitos momentos incríveis lá, ótimas experiências. Conheci muita gente incrível e joguei muitos jogos incríveis. Você joga no Madison Square Garden, sabe? Vive todas essas experiências. Mas também traz muita coisa, cara. Traz muitas coisas diferentes. E é muita coisa para lidar”.
“Ao final da temporada 2023/24, eu estava no meu momento mais sombrio. Simplesmente miserável. Tipo, de um jeito que eu não estava me divertindo indo trabalhar todos os dias. Eu voltava da reabilitação da lesão no ombro e me trancava em um quarto escuro para assistir TV. Então, eu nem queria dar as caras. Eu estava com raiva, frustrado, só queria ficar sozinho. O Knicks não era um bom lugar para se estar”.
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A esposa de Randle, Kendra, não reconheceu mais o marido e procurou ajuda. Assim, ela tomou a iniciativa de contatar um psiquiatra. Com a assistência médica e apoio da esposa, o ala-pivô venceu a depressão.
“Como esposa, eu percebia que isso o estava afetando. Ele chegava em casa e simplesmente não estava lá. O psiquiatra trouxe à tona essa calma nele. Ele ajudou Julius a largar a maconha, a entender as causas de sua ansiedade e a se reconectar com seus entes queridos”, afirmou Kendra.
Vida nova em Minnesota
Na offseason de 2024 da NBA, Julius Randle deixou o Knicks após uma troca com o Timberwolves. Na negociação, Karl-Anthony Towns parou em Nova Iorque. A negociação, portanto, veio em um momento conturbado do atleta. E também deu um novo ânimo ao jogador de 30 anos.
“Acho que uma das decisões mais importantes da vida é quem você escolhe como parceiro. Minha esposa viu o melhor e o pior em mim. Ela podia me dizer: ‘esse não é você’. Ela me ajudou muito. Parei de fumar, faço terapia. É muito importante ter a mente limpa, sem nenhuma influência de substâncias, vozes na cabeça, seja lá o que for. Ser capaz de organizar os próprios pensamentos. Depois que saí dessa situação, posso dizer a mim mesmo: ‘ok, nunca mais serei assim. Nunca mais ficarei tão bravo, nunca mais deixarei que coisas além do meu controle me perturbem tanto’”.
“No Timberwolves, sinto que não preciso ser perfeito todos os dias. Isso me permite ficar mais confortável e dizer a mim mesmo: ‘ok, estou dando o meu melhor e não estou sendo julgado por uma ou duas coisas ruins’. Enfim, estou muito mais zen no Timberwolves. Faz muito tempo que não me sinto mais feliz”, concluiu Randle.
Em seu primeiro ano no Timberwolves, Randle teve médias de 18,7 pontos, 7,1 rebotes e 4,7 assistências, em 69 jogos. Já nos playoffs, ele fez 21,7 pontos, 5,9 rebotes e 4,9 assistências. O time chegou às finais do Oeste, mas foi superado pelo Oklahoma City Thunder.
Nesta offseason, o camisa 30 fechou uma extensão de contrato com o Timberwolves. Desse modo, Randle vai receber US$100 milhões pelas próximas três campanhas. No entanto, o jogador tem a opção de sair no último ano e, assim, testar o mercado como agente livre irrestrito.
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