Quem são os melhores técnicos ativos em times da NBA hoje? Essa pergunta costuma dar uma boa discussão. Há as escolhas mais óbvias, consensos, mas existem outros menos populares que tem os seus fãs. Da mesma forma, há aqueles de quem todos gostam e você torce o nariz. A única certeza é que sempre vai ser difícil achar um treinador que seja unanimidade.
Por isso, é sobre isso que vamos conversar hoje!
Reunimos quatro integrantes da redação do Jumper Brasil e um convidado especial – Leonardo Paglioni, do podcast “Splash Brothers” – para discutirem a qualidade à beira das quadras da liga. Afinal, quem são os melhores (e os piores) técnicos que estão no comando de times da NBA nesse momento? A gente espera que, assim como os gostos dos fãs variam, os nossos analistas também tenham visões diferentes.
Será que o treinador do seu time passa confiança? Vamos lá!
1. Quem é o técnico mais subestimado da NBA hoje?
Ricardo Stabolito Junior – Chauncey Billups. As poucas vezes em que alguém o cita, a princípio, são para comentários negativos. E essa é uma visão antiga. Aliás, a segunda metade da última temporada do Portland Trail Blazers é a história do crescimento de um time à imagem do treinador.
Gustavo Lima – Erik Spoelstra. Apesar de ser bicampeão pelo Miami Heat, ele nunca foi eleito técnico do ano. E, além dos títulos, levou elencos limitados da equipe às finais de 2020 e 2023. É um dos melhores da história, mas não recebe tanto reconhecimento assim.
Leonardo Paglioni – Mark Daigneault, em síntese, é um técnico jovem que liderou um elenco de garotos e levou ao título da NBA. Eu acho que nós precisamos valorizar mais esse feito absurdo.
Higor Goulart – JB Bickerstaff. Não é um técnico brilhante, mas já se mostrou capaz de liderar reconstruções em dois times diferentes. Primeiro, no Cleveland Cavaliers. E, depois, no Detroit Pistons. Ele soube combinar jovens e veteranos para transformar a equipe em uma das forças do Leste.
Gustavo Freitas – Will Hardy. Ele é muito bom, mas lidera um Utah Jazz que passa por reformulação. É um pupilo de Gregg Popovich que vem evoluindo na liga. Quando esse time quiser competir de verdade, vai ser legal acompanhá-lo mais de perto.
2. E, por outro lado, quem é o mais superestimado entre todos?
Ricardo Stabolito Junior – Jason Kidd, certamente, carregou a imagem de jogador genial para a carreira de técnico. Mas, na prática, o seu trabalho no Dallas Mavericks passa longe dessa aura. Ele não é ruim, mas todas as equipes que sondam treinadores empregados buscam Kidd. Não se justifica.
Gustavo Lima – Doc Rivers. Já foi campeão e técnico do ano na década de 2000, mas decepciona na maioria dos trabalhos. Ele vive do passado e, por isso, segue com chances na liga.
Leonardo Paglioni – Steve Kerr tem feito um trabalho bem abaixo do esperado nos últimos anos. Segue muito dependente de Stephen Curry, enquanto não consegue desenvolver jovens. Está longe dos grandes trabalhos que já fez no Golden State Warriors.
Higor Goulart – Joe Mazzulla. Apesar de ter sido campeão em 2024, eu não o vejo como um técnico para uma franquia que queira construir uma dinastia. Ele não tem qualquer criatividade ofensiva e, com isso, fica dependente de arremessos de três pontos e das individualidades dos seus astros.
Gustavo Freitas – Doc Rivers – e por muito. O título com o Boston Celtics aconteceu apesar dele. São vários fracassos seguidos nos playoffs, mesmo com bons times nas mãos. Mas o pior de tudo foi o caso Ben Simmons. Criticar um jogador em público? Rivers é da turma do “eu venci, nós empatamos, vocês perderam”.
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3. Quem é o técnico que entra mais pressionado na próxima temporada da NBA?
Ricardo Stabolito Junior – Doc Rivers. Ele é um alvo fácil, antes de tudo. Além disso, o Milwaukee Bucks fez uma loucura ao dispensar Damian Lillard para trazer Myles Turner. Giannis Antetokounmpo pode ir embora. Os resultados precisam vir rápido de qualquer jeito.
Gustavo Lima – Mike Brown, pelo contexto. Afinal, ele substitui um Tom Thibodeau que levou o New York Knicks às finais do Leste na última temporada. Terá a missão, então, de levar o time ao título de conferência no mínimo. Algo que não ocorre, aliás, desde 1999.
Leonardo Paglioni – Nick Nurse tem as desculpas óbvias pelas lesões do time. Mas a verdade é que, em nenhum momento, vi essa equipe com um estilo de jogo mais fluido desde a sua chegada.
Higor Goulart – Nick Nurse. A temporada passada foi uma bagunça no Philadelphia 76ers. Dessa vez, no entanto, ele precisa provar que tem condições de comandar o núcleo com Joel Embiid, Tyrese Maxey e Paul George. Creio que não segue no cargo caso não atinja as expectativas da franquia.
Gustavo Freitas – Nick Nurse, no Sixers. Apesar de ser um bom técnico, campeão da NBA, está em um time em que os principais astros se machucam demais. Tem pressão por resultados, pois a franquia quer vencer a qualquer custo com Joel Embiid e justificar o “processo”.
4. Se você tivesse que demitir um treinador da NBA nesse momento, quem seria?
Ricardo Stabolito Junior – Willie Green. Eu não acho que ele seja o culpado pelos problemas, mas o New Orleans Pelicans precisa fazer alguma coisa. Se vai seguir abraçado com esse elenco, então o treinador é o próximo dominó a cair na equipe.
Gustavo Lima – Willie Green. O trabalho não é bom, apesar dos problemas de lesões que costumam atingir o Pelicans. São duas eliminações na primeira rodada dos playoffs e dois fracassos logo na temporada regular. Eu não sei como se mantém no cargo, em particular, após a chegada de Joe Dumars para ser o principal executivo da franquia.
Leonardo Paglioni – Doc Rivers, antes de tudo, nem deveria ter sido contratado. O Bucks acabou com qualquer chance de ser um time decente com essa escolha, então não há motivo para mantê-lo.
Higor Goulart – Doc Rivers. A sua demissão é um passo necessário para a renovação em torno de Giannis Antetokounmpo no Bucks. Isso mesmo porque, mesmo com uma temporada completa, ele não mostrou condição de liderar o time a grandes resultados.
Gustavo Freitas – Billy Donovan. O técnico do Chicago Bulls, a princípio, não traz nada diferente há anos em um time que achou que montava um elenco para vencer. Mas, por algum motivo, ele segue ganhando extensões de contrato. Não dá para entender.
5. E, por fim, entre os melhores técnicos de times da NBA, quem é o melhor de todos?
Ricardo Stabolito Junior – Rick Carlisle. Os resultados com o Indiana Pacers falam por si só. Mas o que mais me impressiona em seu trabalho recente é a sua capacidade de se reinventar e montar times diferentes entre si.
Gustavo Lima – Erik Spoelstra. Além dos dois títulos, ele consegue extrair o melhor de elencos não tão qualificados em Miami há 17 anos. É um trabalho de excelência de longo prazo, certamente.
Leonardo Paglioni – Rick Carlisle. Não consigo apontar outro técnico ao olhar para a última temporada. Fez um time limitado chegar longe mais uma vez, enquanto jogava um basquete muito bom de assistir.
Higor Goulart – Ime Udoka. Ele conseguiu levar o Houston Rockets do 11o lugar à vice-liderança do Oeste em uma temporada. Além disso, ele elevou Alperen Sengun e Amen Thompson a uma das duplas jovens mais talentosas da NBA. As expectativas vão ser ainda mais altas agora por causa da chegada de Kevin Durant.
Gustavo Freitas – Erik Spoelstra, com uma larga vantagem hoje. É o cara que montou um esquema com dois ou três bons jogadores, lotou o elenco de medianos, e, assim, bateu em duas finais da NBA. Os títulos ao lado de LeBron James e Dwyane Wade, certamente, não foram só coincidência. Menções honrosas para Kenny Atkinson e Jamahl Mosley.
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