É quase impossível separar os nomes de Jayson Tatum e Jaylen Brown na NBA. Os dois astros atuam desde o começo da carreira juntos e, mais do que isso, são as referências do Boston Celtics. Além disso, ambos já foram campeões jogando lado a lado em 2024. Mas se engana quem acha que eles são iguais no dia a dia de trabalho. O aspecto da liderança, em particular, é uma diferença clara entre os craques.
“Eu diria que somos líderes diferentes para vários jogadores. Sou uma referência mais vocal, enquanto Jayson lidera pelo exemplo. Ele está sempre disponível e em quadra, disposto a entregar o máximo não importa quem esteja do outro lado, sabe? Existem vários estilos de lideranças. E, com isso, pessoas diferentes respondem a diferentes tipos de líderes”, contou Brown, em entrevista à rádio V-103 Atlanta.
É verdade que, a princípio, o Celtics ofereceu um cenário ideal para que os dois astros crescessem como líderes. Era um elenco com referências, veteranos e que já competia em alto nível. Então, ambos tiveram tempo para serem “aprendizes” enquanto lutavam por títulos. Mas, agora, Brown precisa tomar a frente de um elenco bem reformulado e Tatum ausente da próxima campanha inteira.
“Nós temos um time campeão com vários veteranos. Então, acho que todos lideram em algum nível. Mas é claro que há uma voz que o time como um todo ouve mais e dita o ritmo do dia a dia. Alguém com quem um jogador pode conversar sobre basquete e/ou vida, por exemplo. Sobre qualquer coisa. Eu quero ser alguém, em síntese, com quem todos possam contar”, projetou o ala de 28 anos.
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Transição
O Celtics, como citado, vai viver um ano diferente comparado à história recente do time. Jaylen Brown e Jayson Tatum não vão estar juntos em quadra por causa da grave lesão do segundo. Vários atletas do elenco campeão foram trocados pela franquia na intenção de cortar custos. O ala admite que a sensação é estranha, mas, ao mesmo tempo, enxerga uma nova oportunidade.
“Essa temporada vai ser uma transição, antes de tudo. Vários jogadores muito queridos não estão mais conosco. Eles estão vivos, claro, mas não deixa de ser estranho vê-los ir embora para outros times. Então, vai ser um ano diferente. Temos novos atletas e, com isso, surge uma grande chance de mostrar a minha liderança. A franquia precisa disso”, admitiu o quatro vezes all-star.
Brown vai precisar ser um líder técnico para um time bem menos forte do que em anos anteriores. Mas ele sabe que a sua função, nesse novo cenário, vai muito além. “O meu trabalho como líder é, para começar, dar as boas-vindas para todos que estão chegando. Mais do que isso, deixá-los confortáveis. E, assim, vamos tentar fazer um ‘barulho’ na próxima temporada”, explicou.
30 anos
Brown é um dos cada vez mais comuns “jovens veteranos” que a NBA se acostumou a ter. Ele só tem 28 anos, mas caminha para a sua décima temporada e já registra mais de 600 jogos na liga. É uma trajetória que deixa uma sensação estranha: de que tudo passou rápido, mas ainda há muito mais pela frente. Apesar de estar pronto para os seus 30 anos, ele quer aproveitar o resto dos 20 como for possível.
“Eu nunca vou voltar a ter 20 anos de novo, então vou mergulhar de cabeça nessa reta final. A última década passou rápido demais, mas não tenho medo dos meus 30 anos. Acho que vai ser um ótimo momento para mim. Você vê todos os jogadores passando a casa dos 30 anos sem desacelerar hoje em dia, né? Ou seja, isso não é algo ruim. É só mais uma parte da jornada”, concluiu o craque.
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