Jalen Williams passou por um teste de superação na disputa dos playoffs pelo Oklahoma City Thunder. Todos sabiam que ele atuou com uma lesão no punho direito, mas não se detalhou a gravidade do problema. Até agora. O jovem astro fez um vídeo em sua conta no youtube e, por fim, contou a sua experiência. Tudo começou em um dos últimos jogos da temporada regular, contra o Phoenix Suns.
“Eu já atuava com uma entorse no punho na maior parte da temporada regular. Então, a situação se agravou. Rompi um ligamento inteiro em um lance daquela partida. Terminei aquele jogo e sentia a minha mão em chamas, mas aliviou porque fui medicado. Quando fui embora de jantar, então, a mão começou a inchar inteira. Em seguida, não conseguia mexer mais nada. Senti a pior dor da minha vida”, relembrou o ala.
Williams entendeu a situação depois de dois dias, com o resultado de vários exames. Ele sofreu uma ruptura total do ligamento escafolunar, ou seja, uma estrutura crucial para a estabilidade dos movimentos da região. Não existe boa hora para sofrer uma lesão, mas o timing foi positivo. Ele teve quase duas semanas de descanso após o diagnóstico, pois estava no fim da temporada regular.
“O pessoal do time citou que Kobe Bryant jogou com essa lesão, então era possível. Eu passei aquela semana trabalhando em minha mecânica de arremesso, para depender só da ponta dos dedos. Não tinha como fazer o movimento completo. Treinei por seis dias, mas decidi que precisava de uma injeção de lidocaína e cortisona. Passei a treinar sob o efeito dessa combinação”, explicou o titular do Thunder.
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Williams não sabia, mas os medicamentos passariam a fazer parte do seu dia a dia na pós-temporada. Houve um momento em que entrar em quadra, antes de tudo, queria dizer medicação. Foram tantas injeções que ele até ficou insensível às “agulhadas” no local da aplicação. A chance de ser campeão da NBA, no fim das contas, fazia sentir que o sacrifício valia a pena.
“Eu tomei injeções de lidocaína antes de todos os jogos de playoffs. E, às vezes, tomava uma extra no meio das semanas porque precisava treinar arremessos. Além disso, nós testamos vários tipos de proteções para que pudesse driblar com o mínimo movimento na mão. Devem ter sido, no total, umas 28 ou 29 injeções. Nós tínhamos que vencer, pois tudo isso não podia ser em vão”, revelou o jovem.
Noites em claro
Disputar todos os jogos do Thunder nos playoffs foi um desafio para Jalen Williams. No entanto, esse desafio não se limitou às quatro linhas. A quadra, na verdade, tornou-se o local de alívio por causa do efeito da medicação. As dores tomaram conta das tarefas do dia a dia do jogador. As suas atuações oscilaram por causa da privação do sono, pois o incômodo não o deixava ter noites tranquilas.
“Eu não vou mentir: houve várias noites em que não dormi. Afinal, quando o efeito da injeção passava, a minha mão ficava tão dolorida que não conseguia ficar confortável. Não dormia da forma como gostaria, tinha que usar uma proteção. E, dessa forma, as coisas normais passaram a ficar difíceis. Eu sentia muita dor, por exemplo, quando recebia um aperto de mão”, contou o astro.
Essa lesão teve muitos reflexos em sua vida nos últimos três meses. Mas, mais do que superá-la, ele se orgulha por não deixar que ela fosse um obstáculo. “Ninguém sabia, mas várias coisas simples me incomodavam demais. O fato de que conseguirmos ser campeões foi muito bom porque, no fim das contas, significou que a minha mão não virou uma desculpa”, concluiu.
Recuperação
As noites sem dormir e jogos de playoffs dolorosos com o Thunder já são passado para Jalen Williams. O time já anunciou que ele passou pela cirurgia no punho direito e, a princípio, vai ficar afastado das quadras por 12 semanas. Um preço pequeno a pagar pela conquista do título. E o fim de uma longa jornada que não só o testou contra as dores, mas os julgamentos externos também.
“Eu não queria revelar que estava lesionado. Por isso, o mundo passou a julgar os meus jogos ruins. Diziam que não estava pronto para performar nos instantes decisivos, mas isso não é verdade e agora todos sabem. Essa foi a parte mais difícil, pois você ouve e quer gritar para todos que não está bem. Mas, no fim das contas, não criei distração ou desculpas para ninguém”, celebrou o ala de 24 anos.
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