O jogador do New York Knicks mais comentado nos playoffs da NBA nos últimos dias, talvez, tenha sido um reserva. Mitchell Robinson causou impacto nos jogos da série contra o Boston Celtics, mas não consegue ficar em quadra por não conseguir acertar lances livres. A equipe faz faltas intencionais em cima dele e, assim, inviabilizar a sua presença em quadra. O lendário Rick Barry vê o dilema do pivô com tristeza.
“Ver esse tipo de situação é muito louco para mim. É triste, antes de tudo, ver um atleta ser tão ruim e pouco produtivo no aspecto mais fácil do jogo. Afinal, estamos falando do único arremesso em que ninguém está tentando pará-lo. Não há nenhum oponente para impedir que faça a cesta. Então, isso nunca vai fazer sentido em minha cabeça”, lamentou o integrante do Hall da Fama.
Barry, certamente, pode falar sobre lances livres com muita propriedade. O craque fazia uso do chamado granny shot: um arremesso de baixo para cima, com a bola saindo do meio das pernas. É uma estratégia eficiente, mas “estranha” do ponto de vista estético. O veterano crê que, por mais que corra risco de virar piada nas redes sociais, Robinson precisa recorrer a sua mecânica.
“Os lances livres são uma parte crítica do jogo de basquete e, por isso, o rendimento de Mitchell é lamentável. Certamente, ele é um candidato a fazer o arremesso do meio das pernas. Diria que ele precisa fazer essa mudança e poderia ajudá-lo. Pois simplesmente não dá para converter só 40% dos seus lances livres, por exemplo”, concluiu o ídolo do Golden State Warriors.
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Acerta ou cai
Robinson foi um jogador seguiu com minutos limitados no Knicks nos playoffs da NBA. Mas, na série contra o Celtics, ele se revelou importante quando conseguiu jogar. Os seus rebotes, em particular, foram cruciais para a (incrível) virada dos nova-iorquinos na segunda partida. O fato, no entanto, é que o pivô só acertou sete de 23 lances livres (30,4%) nos três jogos contra Boston.
“Mitchell está em uma posição difícil, em particular, do ponto de vista mental. Mas você precisa encorajá-lo para que consiga superar. Todos apoiam todos dentro desse elenco, acima de tudo. Não importa o que aconteça, nós ganhamos e perdemos juntos. Vamos passar, então, por esse momento de dificuldade juntos”, pregou o capitão da equipe, Jalen Brunson.
Situações como a que vive Robinson, historicamente, rendem debate do ponto de vista técnico e ético. Mas Tom Thibodeau tenta manter tudo da forma mais simples possível. “Se Mitchell acertar, ele fica em quadra. E, a partir daí, pensamos em outras questões. Afinal, ele traz um impacto positivo no jogo? É mais benefício deixá-lo lá dentro ou tirar?”, resumiu o treinador do Knicks.
Processo
Há quem torça o nariz para a estratégia do hack desde os tempos de Shaquille O’Neal. Certamente, isso é um motivo de discussão constante quando o uso se torna muito comum. O técnico Joe Mazzulla sabe que os críticos vão fazer comentários negativos, mas não está interessado nisso. Ele trabalha para vencer jogos e campeonatos, não importa a forma se estiver dentro das regras.
“Você sempre se apega aos processos que crê trazer as melhores chances de ganhar as posses e vencer jogos. É uma questão de processo acima do resultado, em síntese”, resumiu o comandante de Boston.
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