A imprensa especializada e os jogadores da liga estão em pé de guerra nos bastidores. Os atletas ficaram cada vez mais críticos, em particular, à forma como uma parte dos jornalistas e analistas dos EUA cobrem o basquete. E um dos craques do melhor time dessa temporada entrou na discussão. Para o astro Jalen Williams, do Oklahoma City Thunder, os jogos viraram só um detalhe para a mídia que trabalha com NBA.
“Eu acho que várias das críticas que recebemos vêm da cobertura nacional da liga. Para ser sincero, diria que esses caras não assistem aos jogos. E, ao mesmo tempo, são as pessoas que dão tração aos comentários negativos por aí. Afinal, os fãs respondem às pautas que eles levantam. O que eles falam, assim, é em que o público vai acreditar”, disparou o jovem ala, em entrevista a um podcast.
Há uma rixa especial dos jogadores, a princípio, com os ex-atletas comentaristas da liga. Eles sentem que as críticas deles refletem uma falta de respeito de gerações anteriores com o basquete atual. Mas, no caso de Williams, existe mais um ponto que torna a questão especial. Ele crê que a imprensa impulsionou as críticas sobre o número de lances livres de Shai Gilgeous-Alexander.
“Shai deveria cobrar mais lances livres. Ele lidera a liga em ataques à cesta, mas somos um dos times com menor média nesse quesito. E, aliás, nem é o líder da temporada em lances livres. No entanto, só porque a mídia não gosta da forma como sofre as faltas, a narrativa ganha força. Só tentem assistir às partidas e vão enxergar a realidade!”, contra-atacou o jogador de 23 anos.
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Entretenimento
Alex Caruso participava do mesmo podcast e seguiu a opinião de Jalen Williams sobre como os jogos da NBA são tratados pela mídia. Como um jogador mais veterano, no entanto, trouxe uma visão mais embasada do tema. Afinal, nem sempre a cobertura teve esse viés. O especialista defensivo argumentou lembrando como os canais de televisão tratavam as rodadas no passado.
“Eu acho que não assistir aos jogos de basquete virou algo legal, pois tudo só tem valor pelo entretenimento. Os melhores momentos e flashes são destaque, enquanto não se vê mais a substância do esporte. Vejo a ESPN hoje, por exemplo, e sinto falta de como era o SportsCenter. Eram uns sete ou oito minutos de lances e comentários sobre cada partida”, recordou o ala-armador.
Mas, nesse sentido, será que dá para culpar a mídia? Lembre-se que, hoje, a informação circula muito mais rápido enquanto as redes sociais noticiam tudo de forma instantânea. “A imprensa deixou o jogo de lado para buscar o que traz mais entretenimento. Qual é a história que salta aos olhos? Essas coisas capturam mais a atenção do público médio do que o basquete de fato”, admitiu Caruso.
Caso Shaq
As críticas dos jogadores ao trabalho da imprensa aumentaram nas últimas semanas. E, apesar de não ser citado de forma nominal, um caso ajudou essa discussão a crescer. A lenda Shaquille O’Neal fez comentários pouco empolgados sobre o Detroit Pistons, uma das boas surpresas da temporada. Depois de dizer que o técnico do time era Chauncey Billups, ele admitiu que não assistia aos jogos da equipe.
“Chauncey é o técnico de Detroit, né? Ok, tudo bem. Em primeiro lugar, não vejo esse time. E aí, vão fazer o que? Eu cometi um erro e é isso”, minimizou o membro do Hall da Fama. O treinador do Pistons, na verdade, é JB Bickerstaff.
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