A trade deadline 2025 da NBA passou, então vamos analisar os vencedores e perdedores. Ninguém conseguiu acreditar na troca de Luka Doncic para o Los Angeles Lakers, mas aconteceram outros movimentos que podem impactar o resto da temporada. Portanto, vamos analisar quais times podem crescer de produção ao longo da campanha.
Vencedores
Entre os vencedores da trade deadline, certamente estão times óbvios e até quem não fez grandes trocas.
Los Angeles Lakers
Receber um armador geracional, aos 25 anos, não é algo que acontece todo dia. Mas como o Lakers recebeu a proposta do Dallas Mavericks, é aí que tudo fica ainda mais confuso. Afinal, você desiste de um jogador assim por qual motivo?
Bem, Nico Harrison deu seus motivos, enquanto Rob Pelinka apenas aceitou. O papel do GM do Lakers era, basicamente, “comprar o discurso” de Harrison para tentar deixar ainda mais sem caminho de volta. Foi por isso que o Mavs pediu outras peças e o time de Los Angeles não cedeu.
Claro, se Harrison dizia que seu armador geracional tinha problemas, Pelinka “se preocupou” e pediu para mandar menos ao time de Dallas.
E conseguiu.
Poucos dias depois, Pelinka utilizou justamente aquele que Harrison pediu na troca (Dalton Knecht) para conseguir o pivô Mark Williams. A trade deadline do Lakers partiu do status de excelente para aula.
Apesar de Williams ter problemas com lesões, vale lembrar que é um jogador mais jovem que Knecht e com muito potencial. É o que Luka Doncic queria, no fim das contas: um pivô que seja ameaça ao adversário na ponte aérea.
Miami Heat
O Heat recebia propostas ruins por Jimmy Butler, pois o jogador pediu troca. Isso, por si só, derruba o valor de uma negociação. No entanto, após muita conversa, o time da Flórida recebeu Andrew Wiggins.
É óbvio que poderia ser algum astro de elite, mas o Heat obteve um ala que sabe defender e com vontade de ajudar sua nova equipe. Wiggins é o que Butler não estava fazendo: ótimo arremessador de três (38.2% nas últimas cinco temporadas), disposto a mudar seu estilo de jogo pelo time. Sem ego, sem exigências. Um jogador de basquete.
Brooklyn Nets
Todas as trocas que o Nets fez na trade deadline provaram que o time fez o que precisava para colocar no posto de vencedores, não dos perdedores. Apenas para entender, o time do Brooklyn recebeu de volta suas escolhas de Draft na offseason.
Mas o Nets começou a temporada vencendo, o que deixaria tudo mais difícil pelo tank. Então, fez trocas importantes, que deixaram o elenco mais fraco. Agora, até vai vencer jogos aqui e ali porque quem está em quadra quer competir. Mas funcionou e, no momento, o time é 12° no Leste.
Mais que isso, o Nets ainda conseguiu manter Cam Johnson, Cam Thomas e Nic Claxton. Enquanto isso, dispensou Ben Simmons.
Dallas Mavericks
Sim, o que o Mavs (Nico Harrison) fez foi um absurdo e estúpido. Mas o time acabou recebendo ótimos jogadores no processo da trade deadline: Anthony Davis, Max Christie e Caleb Martin.
Por mais que Dallas tenha feito uma de suas piores trocas, a equipe possui chances reais de brigar por algo na temporada. Afinal, Davis é um dos melhores defensores da NBA, Christie é um jovem que está cada vez melhor nos dois lados da quadra e Martin só precisa estar saudável para ajudar.
O Mavs foi mal na trade deadline por trocar Luka Doncic. Muito mal. Por outro lado, foi bem ao conseguir reforços para a defesa. Agora, Doncic é página virada. É momento de o time dar mais espaço para quem está mostrando serviço, como PJ Washington.
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Entre os perdedores da trade deadline, um dos times que quase ficou ao lado dos vencedores. Só não conseguiu. E piorou tudo.
Phoenix Suns
O Suns queria Jimmy Butler, mas dependia de Bradley Beal para isso. Beal não quis abrir mão do veto e seguiu em Phoenix. Então, a ideia do Suns foi trabalhar pelas costas de Kevin Durant.
Sim, a diretoria do Suns tentou trocar Durant antes mesmo de aparecerem rumores de que ele gostaria de sair. Foi justamente por isso que ele ficou tão irritado com o time. Agora, o astro vai ficar até o fim da temporada e, provavelmente, pedir negociação na offseason.
A ver.
Sacramento Kings
Não tinha muito o que fazer e trocou De’Aaron Fox. Mas esqueceu de trazer um armador. Em dois jogos com Zach LaVine, o time pareceu perdido, enquanto DeMar DeRozan foi o mais próximo do que se chama de organizador.
Chicago Bulls
Não dá para entender a diretoria do Bulls. Há dois anos, o time deixou de ser um candidato quando soube que Lonzo Ball não voltaria tão cedo. Estava claro. Com Ball, além de DeMar DeRozan, Zach LaVine e Nikola Vucevic, Chicago estava no trilho certo. Mas o armador se machucou e o time não conseguiu encontrar alguém que pudesse fazer o grupo funcionar.
Então, quando teve a chance de trocar LaVine, DeRozan e Vucevic, não o fez, apostando que daria certo. Até deu por alguns meses, quando recebeu Patrick Beverley.
Foi quando LaVine pareceu um astro de verdade e o Bulls dava pistas que poderia voltar a funcionar. Mas a direção deixou Beverley ir embora (apesar de ele pedir muito). O veterano era o único que conseguia fazer Chicago parecer competitivo.
Mas piorou…
Enquanto isso, LaVine e DeRozan perderam valor de troca. O time assinou com jogadores como Torrey Craig, mas não fazia o menor sentido. Afinal, Craig seria útil para equipes que brigavam por algo. Não era o caso do Bulls.
LaVine perdeu boa parte da última temporada e ninguém mais o queria. DeRozan saiu na última agência livre por escolhas de segunda rodada e um jogador que nenhuma outra equipe desejava. Alex Caruso, um dos melhores defensores da NBA, foi em troca para o Oklahoma City Thunder em alta. E o Bulls não obteve nenhuma pick do time que mais tinha escolhas.
Agora, LaVine vinha em seu melhor momento nos últimos anos e estava nos rumores de troca. Vucevic, Ball e ele deveriam sair na trade deadline. Afinal, era o que o time precisava para deixar de competir e partir para o tank.
Era o momento. Precisava apenas perder para garantir sua escolha de Draft. Mas… não.
Trocou LaVine para ter a própria escolha e por jogadores que tentou negociar posteriormente e não conseguiu.
Ainda assim, não consegue, de forma alguma, sair da zona do play-in. Precisa que o Philadelphia 76ers vença, mas não é o que vem acontecendo. Ainda tem tempo, mas entre vencedores e perdedores da trade deadline, ninguém fez tanta coisa ruim quanto o Bulls.
Milwaukee Bucks
OK, o time quer correr. Mas usou a trade deadline para trocar Khris Middleton por um jogador que não defende bem, não arremessa bem e vem em uma de suas piores temporadas: Kyle Kuzma.
Middleton passou por cirurgia na offseason, enquanto recebeu a promessa do Bucks que ele não precisava se preocupar. Assim, o veterano poderia se recuperar sem pressa.
Enquanto isso, Middleton vinha sendo um dos melhores arremessadores (ao contrário de Kuzma) na temporada. Como prêmio, ele foi trocado para o Washington Wizards. Ótimo jeito de tratar um dos principais jogadores que o time já teve e com papel importantíssimo no título de 2021.
Dallas Mavericks
Você não troca um armador geracional de 25 anos. Fim.
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