Dyson Daniels iniciou a sua carreira como jogador da NBA no New Orleans Pelicans. Mas já dá para dizer que a sua saída da Louisiana marcou um ponto de guinada nessa curta trajetória. Afinal, o ala-armador vive a sua melhor campanha na liga desde que chegou ao Atlanta Hawks. Ele não faz críticas ao antigo time, mas admite que a mudança de ares foi crucial para a subida de produção.
“As minhas duas primeiras temporadas foram complicadas. Não quero que me entendam errado, pois amo Nova Orleans. Adorava a franquia e o elenco. Mas a verdade é que não gostei da forma como joguei lá. Eu fui tímido demais, pois tentava me encaixar ali. Sinto que não mostrei o que podia fazer. E, assim, não fui o jogador que queria ser”, revelou o jovem, em entrevista ao podcast “The Young Man & The Three”.
Daniels foi selecionado pelo Pelicans com a oitava escolha do draft de 2022. Ele disputou 120 jogos pelo time e, a princípio, nunca correspondeu às expectativas. Por outro lado, chegou ao Hawks como um titular imediato e lidera a liga em média de roubos de bola com enorme vantagem. A mudança de equipe ajudou, mas o ala-armador admite que também passou por uma alteração de mentalidade na offseason.
“Eu ia dormir todas as noites pensando que podia e precisava fazer mais. Mas nada dava certo para mim. As coisas não se alinhavam. Por isso, assim que a temporada passada terminou, eu estava determinado a treinar sem parar. Trouxe o meu técnico particular da Austrália e treinamos seis semanas antes mesmo de me apresentar para os Jogos Olímpicos. Isso me ajudou muito”, contou o atleta de 21 anos.
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Recomeço
Nos últimos anos, ser jogador do Pelicans nem sempre tem sido um trunfo para atletas como Dyson Daniels. A franquia convive com altas expectativas, mas um cenário bem instável. As constantes lesões de Zion Williamson, em particular, não ajudam o time a ter uma trajetória regular. Enquanto isso, no Hawks, o jovem achou um cenário ideal para uma mudança de mentalidade.
“Acho que vir para Atlanta, antes de tudo, foi um recomeço para mim. Só queria chegar com a cabeça e mente ‘limpas’. Essa foi a grande mudança desse início de temporada em relação às anteriores: mente aberta. Eu estou jogando ‘solto’ aqui, pois não estou mais preocupado com o que dizem lá fora. Eu faço as jogadas que sempre soube que poderia. Por isso, sinto que sou o jogador que quero agora”, explicou.
A chegada ao Hawks, na verdade, representou um alinhamento de boas condições para Daniels. É um cenário mais tranquilo para um jovem atleta muito mais equilibrado. “Eu precisava amadurecer do ponto de vista mental e físico durante a minha passagem por Nova Orleans. Afinal, tinha medo de fazer qualquer coisa. Sinto que estou livre, nesse sentido, aqui”, reforçou.
Voando
A rotina de treinos na offseason pode sugerir uma grande evolução técnica de Daniels. Mas o próprio jogador admite que não é bem assim. O seu estilo de jogo, assim como aproveitamento de arremessos, não está tão diferente dos tempos de Pelicans. Mas a sua participação em quadra ficou mais clara. No fim das contas, o ala-armador crê que simplesmente “se encontrou” na NBA.
“É difícil pontuar um quesito, em particular, que mudou em meu jogo do ponto de vista técnico. A questão foi mais mental mesmo. É libertado quando, depois de dois anos, você finalmente consegue algo que ‘martelava’ em sua cabeça todas as noites. Você pode escolher a metáfora que quiser. Sou um pássaro que voou porque, por fim, me sinto como eu mesmo em quadra”, celebrou o jovem jogador.
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