Vinte temporadas. Quase 1300 jogos de temporada regular. O astro Chris Paul tem uma carreira incrível na NBA, mas, às vésperas dos 40 anos, a aposentadoria é inevitável. O armador do San Antonio Spurs entende isso e, embora ainda motivado pelo esporte, já começa a projetar a sua vida fora das quadras. O seu único desejo de momento, no entanto, é estender a jornada na liga mais um pouquinho.
“Eu quero jogar por mais um ou dois anos, talvez. Ainda estou tentando sentir ao certo, na verdade. É bem difícil para mim comentar sobre isso porque adoro tudo isso. Adoro treinar todos os dias e estar em quadra. É a minha vida, em síntese. Então, pensar em só ficar em casa vendo os meus filhos em seus ipads é o meu conflito. É uma ‘guerra’ interna”, revelou o veterano, em entrevista ao amigo Tony Parker.
Paul, como esperado, não vê a aposentadoria como o seu fim no basquete. Ele quer um afastamento momentâneo assim que deixar as quadras, mas planeja se manter ligado ao jogo. A questão, por enquanto, é como isso vai ocorrer. O craque, quando era mais jovem, sempre foi bem enfático em dizer que nunca seria técnico. Com a iminência de “pendurar as basqueteiras”, essa ideia deixou de ser uma convicção.
“Sempre disse que não queria ser treinador quando parasse, mas já não sei. Sinto que estou aberto a várias possibilidades depois que sair de quadra, sabe? Sei que eu quero parar um pouco assim que encerrar a carreira e, assim, estar um pouco mais presente para os meus filhos. Mas eu me divirto muito ajudando a treinar em meus eventos e clínicas para jovens. A minha visão mudou sobre isso”, admitiu o craque.
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Competidor
Na offseason, quando assinou com o Spurs, Chris Paul não surpreendeu a liga. Mas essa escolha foi contestada por muita gente. Afinal, aos 39 anos, o astro recusou candidatos ao título para jogar em um time em reconstrução. Um jogador que, além disso, nunca foi campeão da NBA. Muita gente pode acusá-lo de não querer competir, mas, em sua cabeça, o pensamento é o total oposto.
“A temporada passada, provavelmente, foi um dos anos mais difíceis da minha carreira. Afinal, eu só quero jogar basquete. A minha família ficou em Los Angeles, então, se vou sacrificar o meu tempo com eles, preciso jogar. No mínimo, tenho que estar em quadra. Em San Antonio, eu sinto que tenho essa chance de jogar”, explicou o futuro integrante do Hall da Fama.
É bem provável que Paul termine a carreira sem um título da NBA. Isso pode até ser um demérito, mas, para o astro, as prioridades nesse momento são bem claras. “Nunca há garantias de que você vai ser campeão, pois só um time vence. Aprendi isso depois de tantos anos nessa liga. Por isso, para mim, o mais importante é mostrar que ainda sou capaz de jogar entre os melhores”, completou.
Passou rápido
A proximidade da aposentadoria faz Chris Paul olhar para trás e rever cada um dos seus passos na NBA. Não é uma jornada de lamentação, mas sim de saudade e recordações. Nem todas as suas decisões foram óbvias ou compreendidas. Certamente, não poderia prevê-las depois do draft de 2005. Foi uma longa trajetória, mas que, em sua mente, parece mais um passeio.
“Eu entrei nessa liga pensando em jogar em só uma equipe, mas não foi assim. E isso foi bom, de certa forma, pois aprendi muito em todos os times pelos quais passei. Às vezes, quando estou em casa, eu começo a ver as fotos nossas em jogos e All-Star Games. São ótimas memórias, mas é incrível como o tempo passa rápido”, refletiu o segundo jogador com mais assistências na história da NBA.
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