O ex-jogador do Chicago Bulls, BJ Armstrong, jogou em uma época diferente da NBA. Tricampeão nos anos 1990, ele fez parte do estilo do Chicago Bulls, focado no jogo físico e em bolas de meia-distância. Um modelo completamente diferente do atual, onde os arremessos de três dominam. Desse modo, ele confessou que sequer assiste aos jogos da liga.
Em entrevista ao The Hoop Genius, o ex-jogador criticou os jogadores atuais da liga. Segundo ele, a NBA perdeu sua criatividade por conta da evolução do jogo. Desse modo, os atletas se tornaram “robôs” dos técnicos, que replicam somente as mesmas jogadas.
“Quando assisto, não vejo mais criatividade ou imaginação. Parece que agora são basicamente robôs correndo de um lado para o outro da quadra. Você corre para a linha de três, eu corro para a linha de três. Primeiro, tento uma bandeja, Se não consigo, tento sofrer uma falta”, criticou.
De acordo com BJ Armstrong, que foi campeão com o Bulls, a mudança no estilo da NBA também afetou as defesas. Enquanto no passado o jogo era bem mais físico, com os astros sofrendo para superar marcadores, hoje os defensores sequer podem marcar. Isso, para o ex-jogador, tem forçado uma busca por lances livres e reclamações excessivas contra os árbitros.
“Se vou a um jogo e alguém tenta infiltrar, mas não marca falta, os jogadores enlouquecem. É como se tivessem direito garantido de ir à cesta e sofrer uma falta. O que eles fazem? Um movimento de ‘swin-through’.? Eles nem estão indo à cesta para pontuador, estão indo apenas para sofrer falta”, reclamou.
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“Infelizmente, isso é o que está sendo ensinado. Não vou culpar os jogadores. É, afinal, o que ensinam para eles. As 30 equipes jogam exatamente do mesmo jeito. Aliás, será que todos se reuniram e decidiram que essa é a maneira de jogar? Todos usam um sistema de cinco abertos, arremessam 50 bolas de três por jogo e quem acertar mais geralmente vence”, acrescentou.
Por fim, o Armstrong defendeu que isso não é apenas culpa dos jogadores. Isso porque, de acordo com ele, faz parte do perfil buscado por executivos e treinador. Na busca pelo Draft, desse modo, é comum que os responsáveis rejeitem atletas que não possuem o padrão praticado na NBA.
“Agora, todo técnico me pergunta: ‘ele sabe arremessar?’. E eu respondo: ‘e se eu te mandar Shaquille O’Neal, você faria essa pergunta?’. Hoje em dia, provavelmente fariam. Não acredito que, se Shaq jogasse hoje, alguém diria: ‘ele não arremessa. Então, não vamos usá-lo’. Não é possível que o único aspecto relevante no jogo seja a capacidade de arremessar de três”, finalizou.
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