Expectativas nem sempre são cumpridas, mas e quando a direção sabe que ali tem talento e tenta mais uma vez? Bem, o Los Angeles Clippers é uma prova recente de que é preciso entender as circustâncias. Assim como o Clippers, o Phoenix Suns montou um time para ir além de uma primeira rodada de playoffs da NBA. Então, a ordem não é só manter o grupo, mas adicionar peças pontuais.
Após cair diante do Minnesota Timberwolves em quatro jogos, a diretoria do Suns insistiu no elenco com Kevin Durant, Devin Booker e Bradley Beal. No entanto, na offseason, o time trouxe jogadores que devem elevar o nível.
Não estamos falando de contratações badaladas, nada disso. E até com atraso, pois o Phoenix Suns pouco havia feito mudanças em seu time para a próxima temporada da NBA. Eram, basicamente, extensões de Bol Bol, Royce O’Neale e Damion Lee. Mas houve uma contratação que indicava mudança de ideia ali: Monte Morris.
Não que Morris seja um cara para fazer a diferença, mas ele é um jogador que cuida muito bem da bola. Ou seja, a organização ofensiva de Phoenix começava a mudar.
Na última temporada, Booker fez a função de armador. Ele é ótimo até nisso, mas é melhor ainda quando não tem a obrigação de criar o tempo todo. Aí veio o pulo do gato.
Enquanto todo mundo estava bem com seus armadores, a direção esteve atenta. O Phoenix Suns fechou com Tyus Jones, que estava no Washington Wizards, um time sem muito rumo nos últimos anos. E Jones estava sobrando no mercado, mas o Suns não desperdiçou a chance. Detalhe: por apenas US$3.3 milhões.
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Se Morris é um jogador que cuida bem da bola, Jones é ainda melhor. Um armador que, acima de tudo, ainda ajuda na defesa, algo que o Phoenix Suns precisa com urgência.
Até porque, com a entrada de Jones no quinteto titular, quem vai para o banco é Grayson Allen, o melhor defensor da equipe. No entanto, Booker deu sinais que pode ser ainda melhor defendendo. Nas Olimpíadas, ele foi bastante sólido, um dos destaques que pouca gente fala.
Enquanto isso, no garrafão, continua Jusuf Nurkic. E quer saber? Ele teve muito mais presença em quadra que Deandre Ayton. Trata-se de um pivô que ajuda com um passe extra, que consegue pontuar (até de três) e pegar rebotes com alguma facilidade. Ter um jogador como ele, que faz de tudo pelo time, vale mais do que contar com um mais talentoso, mas sem a mesma vontade.
Tyus Jones e Monte Morris chegam para resolver o maior problema do Phoenix Suns
Enquanto o Phoenix Suns era um time que cometia muitos erros de ataque na última temporada da NBA, Jones e Morris chegam para dar um basta nisso. Afinal, o Suns foi o sexto com mais turnovers em 2023/24, com 14.9 por jogo.
Somados, os dois armadores tiveram 1.8 erro de ataque na última temporada. Tem noção disso?
E tem mais. Eles são ótimos arremessadores de três. Enquanto Morris possui 39.1% de aproveitamento na carreira, Jones desenvolveu o arremesso ao longo dos anos. Nas últimas três temporadas, ele acertou 39.0%. Ou seja, eles vão organizar as jogadas como prioridade para caras como Durant, Booker e Beal, mas se precisarem deles, estarão prontos.
De novo, não são astros ou qualquer coisa do tipo. São “operários” do basquete. Conquistam as pequenas coisas e transformam em grandes sem aparecerem tanto.
E em um time que teve Allen acertando 46.1% de três, Beal fazendo 43% e Durant com 41.3%, ter jogadores que vão encontrar os três no perímetro é algo muito subestimado.
Novo técnico
O Phoenix Suns chegou próximo do título da NBA em 2021, mas o time caiu na final para o Milwaukee Bucks. E quem era o técnico do Bucks na ocasião?
Exatamente. Mike Budenholzer assume o Suns em 2024/25 com a missão de fazer todos os jogadores talentosos entenderem que fazem parte de um conjunto. O quinteto titular pode não ser o melhor defensivamente, mas as peças que vão entrar durante os jogos, são.
Além de Allen, tem Royce O’Neale, Josh Okogie, o calouro Oso Ighodaro e até Bol Bol, que não recebe tantos elogios por isso. Ou seja, o Suns vem completo para brigar com a turma de cima no Oeste.
Depois, por mais que Beal tenha recebido críticas, ele produziu 18.2 pontos, 5.0 assistências, 4.4 rebotes e acertou 51.3% de seus arremessos. Para uma terceira opção ofensiva, números espetaculares. Afinal, Booker e Durant comandam o ataque.
Então, chegou a hora?
Budenholzer sabe montar times, entende o que faz. Quer um time que pode ser “azarão” ao título da NBA? Mesmo sem merecer a alcunha, o Phoenix Suns tem todas as peças que precisa. Basta fazer funcionar.
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