Você pode não lembrar disso, mas Patrick Beverley e Rui Hachimura já fizeram parte do mesmo time. Eles atuaram juntos pelo Los Angeles Lakers por cerca de duas semanas no início de 2023. O período, apesar de curtíssimo, serviu para que o veterano ficasse com uma impressão forte do jovem ala-pivô. O armador vê um pontuador especial no atleta japonês, mas que não possui a atitude para atingir o seu potencial.
“Eu vi a última temporada de Rui e, além disso, joguei ao seu lado um pouco. Não acho que, a princípio, tenha a postura necessária para ser essa referência ofensiva. ‘Errei os últimos sete arremessos, mas o próximo vai cair’, sabe? Então, ele precisa mudar isso. Assim que mudar essa mentalidade, eu acho que vai se transformar como jogador”, projetou o especialista defensivo, em seu podcast.
O Lakers, certamente, depende que Hachimura atinja esse novo nível para ter chances reais de título. Os angelinos deram-lhe uma extensão de US$51 milhões por três anos na offseason passada, depois de suas grandes atuações nos playoffs. No entanto, após uma boa temporada regular, ele não repetiu o desempenho no mata-mata desse ano. Beverley acredita que o ala-pivô precisa fazer bem mais para “se pagar”.
“Rui é um bom jogador de basquete, antes de tudo. Mas, para mim, não é aquele atleta decisivo que poderia ser. E ele deveria ser um cara mais decisivo, pois é pago para isso. Recebe, mas não produz, como um ‘fator X’. Precisa fazer mais em quadra. Tem que vir para essa temporada e se comportar como se fosse a segunda opção ofensiva do time”, cobrou o veterano.
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Diferente
É comum que esse tipo de personalidade que Patrick Beverley espera de Rui Hachimura seja vista em astros da liga. No entanto, o veterano garante que não se limita a atletas desse nível. Kyle Kuzma, por exemplo, é um jogador que vê ter a atitude que espera no japonês mesmo sem ser um atleta de primeira linha da liga. Aliás, o defensor acredita que o ala sempre foi subestimado.
“As pessoas costumavam criticar e tirar sarro da seleção de arremessos de Kyle porque tentava coisas difíceis demais. Mas você precisa de jogadores assim, com esse tipo de atitude. Afinal, aquele chute complicado que você tenta na temporada regular é o que vai estar disponível no final das partidas. E, por isso, é preciso saber convertê-los”, teorizou o agora atleta do Hapoel Tel Aviv.
Beverley não discute a ineficiência eventual de Kuzma. Mas acredita que, dentro dessa realidade, tinha mais capacidade para ajudar um Lakers campeão do que Hachimura agora. “Kyle, certamente, foi um diferencial para a equipe no título de 2020. É difícil encontrar alas do seu tamanho que coloquem a bola no chão e criem o próprio arremesso”, resumiu.
Plano de ação
O Lakers não fez grandes contratações, mas tem uma novidade confirmada para tentar potencializar Hachimura. A franquia contratou o treinador JJ Redick, depois da atuação notável como comentarista e podcaster nos últimos anos. Ele fica na vaga do demitido Darvin Ham. O ex-jogador já avisou que tem planos detalhados sobre a forma como usar o ala-pivô no ataque.
“Nós vamos incorporar muita movimentação e cortes fora da bola enquanto modelamos o nosso sistema ofensivo. Rui vai ser importante, pois pode ser um cutter excelente. A gente vai manipular as angulações dos bloqueios e, assim, colocá-lo em boas condições. Vamos criar mismatches para ele porque sabemos que realmente pode pontuar explorando adversários mais baixos”, explicou o técnico estreante.
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