Mikal Bridges iniciou a temporada passada com a perspectiva de ser a liderança de um ascendente Brooklyn Nets. Mas, na prática, a história foi bem diferente. A equipe, em primeiro lugar, venceu só 32 jogos e seguiu em um padrão de mediocridade recente. Com isso, o plano de ascensão definitiva do ala ao estrelato também não avançou. O jogador admite que não correspondeu às expectativas como referência do time.
“A temporada poderia ter sido melhor, certamente. Todos os jogadores se davam bem e eram amigos, mas não conseguimos fazer funcionar em quadra. Eu acho que estava na pior situação possível, como resultado. Você quer liderar e ajudar todos, mas, às vezes, precisa se olhar no espelho. Acredito que não sabia o que fazer direito, sabe? Então, foi duro”, refletiu o atleta, em entrevista ao podcast de Paul George.
A aposta do Nets no protagonismo de Bridges, a princípio, fazia total sentido. Ele chegou ao time no fim da campanha anterior e emplacou grandes atuações seguidas. Tanto que os nova-iorquinos recusaram várias propostas volumosas pelo ala nos meses seguintes. Mas o fato é que o elenco não tinha força suficiente para lhe oferecer reais pretensões competitivas. E ele conta que se “contaminou” com os resultados negativos.
“Eu queria muito vencer, então esse ano teve um impacto mental muito forte em mim. Fiquei frustrado com tudo e, assim, perdi a noção das coisas. Sempre joguei basquete com alegria. Então, quando as pessoas me diziam que não parecia o mesmo atleta de outros anos, isso dizia muito sobre as minhas emoções. Significava que eu não estava bem”, reconheceu o especialista defensivo.
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Responsabilidade
O desempenho de Mikal Bridges em sua única temporada completa pelo Nets não ficou à altura daquele início meteórico na franquia. As estatísticas, aliás, sinalizam um jogador bem semelhante à última campanha pelo Phoenix Suns, antes da troca. Mas, se havia espaço amplo, por que não deu certo? Segundo Brian Lewis, do jornal New York Post, todos entendem que ele não respondeu bem às adversidades.
“Há um consenso interno de que faltava senso de liderança em Mikal. Ele internalizou os problemas do time e, como resultado, foi ‘engolido’ pelo tamanho da responsabilidade. Não era nem o comunicador, nem a personalidade confiante que precisavam. Por isso, ficou aquém da difícil tarefa de comandar uma franquia para fora do limbo”, contou o experiente jornalista.
Mas essa impressão de “fracasso” não ficou só expressa nas estatísticas e informações de bastidores. Qualquer um que assistia aos jogos do Nets tinha a noção clara de que Bridges não estava confortável. “As atuações abaixo do esperado se refletiam em uma linguagem corporal ruim. A frustração, então, aumentou de forma rápida. E, por fim, essa frustração gerou uma infelicidade”, finalizou Lewis.
Nova fase
O Nets, no entanto, já é uma página virada na vida e carreira de Bridges. O ala de 27 anos foi negociado no mês passado e, agora, vai atuar pelo New York Knicks. Mais do que a mudança de ares, ele vai ter a companhia de vários dos seus companheiros no time de Villanova que foi campeão nacional universitário. Ele aposta que jogar com pessoas que já o conhecem vai ajudar a retomar o prazer pelo basquete.
“Às vezes, no calor do momento, você reage rápido ao que acontece em quadra. Está nervoso e, por isso, ‘desconta’ em um colega que errou uma jogada. Sai uma reação desproporcional. Mas, se conhece a pessoa com quem joga e tem uma boa relação, conseguirá relativizar aquilo. Não vai ficar se perguntando o que há de errado com a pessoa”, explicou um aliviado Bridges.
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