Fonte: Cameron Browne / AFPO Portland Trail Blazers vai ter Scoot Henderson como armador titular pelo resto da temporada. O técnico Chauncey Billups confirmou que o novato reassumiu a posição e vai seguir assim até o final da campanha. Ele foi reinserido no quinteto inicial antes da pausa do Jogo das Estrelas, durante a derrota contra o Minnesota Timberwolves. Foi uma decisão permanente com base nas boas atuações do atleta.
“Scoot fez diversos ajustes desde o seu primeiro jogo e vem jogando muito bem. A sua atuação nos dois lados da quadra, aliás, tem sido boa demais nas últimas semanas. O garoto foi bem sólido. Quero, além disso, que ele aprenda tudo o que puder enquanto ainda é um novato. Mas, acima de tudo, Scoot fez o que era preciso para recuperar a titularidade”, garantiu o finalista a uma vaga no Hall da Fama.
Vale lembrar que Henderson iniciou a temporada como titular no Blazers. As atuações ruins, no entanto, fizeram com que perdesse a vaga para jogadores mais veteranos. A torcida até defendia a permanência do terceiro selecionado do último draft no quinteto inicial, pois errar faz parte do processo de evolução. Mas Billups não tem dúvidas de que tomou a melhor decisão na época.
“O meu trabalho é ajudar no desenvolvimento de Scott. Mas, ao mesmo tempo, preciso protegê-lo também. Quando eu resolvi tirá-lo do time titular, então, foi algo para o seu bem. Todos viam que ele não estava jogando bem. E, para mim, isso acontecia porque estava atuando com uma enorme pressão em seus ombros. Por isso, a decisão foi uma forma de protegê-lo naquele momento”, justificou o ex-armador.
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Parceria
Billups também foi um armador na NBA e, por isso, tem uma compreensão especial da situação de Scoot Henderson no Blazers. Tanto que, assim que soube que trabalharia com o jovem talento, traçou uma missão. O ex-jogador queria ser o mentor que não teve quando chegou à liga para o novato. O jovem revela que isso proporcionou criar uma relação de parceria instantânea com o técnico.
“Chauncey é bem realista comigo, então sempre me informa quando erro alguma coisa. Ele me tira de quadra para conversar comigo, por exemplo, ao ter seguidas falhas. É a forma que tem para deixar-me consciente. ‘Respira fundo, garoto, e corrige isso assim que voltar lá’. Eu preciso disso, pois sou um novato. Ter esse cara como treinador é simplesmente ótimo”, exaltou o atleta de 20 anos.
Henderson pode dizer que, a princípio, Billups foi bem-sucedido em sua missão pessoal de ajudá-lo. E espera que siga assim. “Sou agradecido por ter um técnico que também atua como um mentor nesse início de carreira. Observo o desenvolvimento de outros jogadores e sei que não é comum. Acima de tudo, ele é um aliado que sempre está ao meu lado”, completou.
Maturidade
É fácil, certamente, para Billups identificar-se com Henderson nesse momento. Afinal, o ex-armador também teve um começo difícil na NBA depois de ser uma das primeiras escolhas do draft. Foi trocado, por sinal, como novato. Mas, com o passar da carreira, tornou-se um dos melhores atletas da posição em sua geração. Ele vê as qualidades necessárias para o calouro também dar essa guinada.
“Scoot, para resumir, é tudo em que acredito em um jogador. Ele é competitivo e ótimo companheiro que se importa em vencer. Tenta melhorar todos os dias e entrega-se na defesa. Não teve um grande início, mas nunca mudou a conduta com o resto do time. Faz tudo certo. Desejava que ele merecesse cada avanço nessa liga. Certamente, é o que ele tem feito”, reconheceu o ídolo do Detroit Pistons.
No fim das contas, o caráter forte de Henderson é o que permite que Billups seja a sua melhor versão como técnico. “Esse garoto é bem maduro para a idade. Assim, ele me proporciona a chance de treiná-lo de uma forma firme. Sou duro e honesto com Scoot, pois é assim que gosto de ser. Os melhores técnicos com quem trabalhei, afinal, foram os mais sinceros comigo”, finalizou o comandante de Portland.
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