Ser o cestinha de uma equipe da NBA é um trabalho para poucos. Passa pelo privilégio de assumir um alto volume ofensivo, mas também encarar os melhores defensores do mundo noite após noite. Ou seja, embora possa parecer divertido, não é simples. Pelo contrário. Kyle Kuzma, por isso, vê uma injustiça nas críticas a Jordan Poole em seu início de trajetória com o Washington Wizards.
“Não é fácil quando você é a terceira opção ofensiva de um time, por exemplo, e chega para ser a referência em outro lugar. Posso dizer isso porque vivi essa situação aqui. É complicado ter que adaptar-se a uma nova equipe enquanto vira o foco de um sistema ofensivo. Você precisa pontuar em alto nível, mas também envolver os companheiros. Muita responsabilidade”, defendeu o ala de 28 anos.
É verdade que, na prática, o volume ofensivo de Poole nem mudou tanto assim. Ele só vem tentando, por exemplo, 0,6 arremessos a mais do que em sua última temporada com o Golden State Warriors. A maior parte dessa distribuição, no entanto, ocorria enquanto atuava contra segundas unidades. No Wizards, o anotador não precisou de nem 15 jogos para perceber que a situação seria bem diferente.
“São poucos jogos na temporada, mas eu já vi aplicarem muitas diferentes coberturas defensivas contra mim. Na verdade, para mim, isso é legal. Acho interessante porque ajuda-me a aprender e evoluir como jogador. Eu sei que vou crescer com isso. Então, sempre estou disposto a assistir aos vídeos depois dos jogos para compreender o que aconteceu”, contou o jovem ala-armador.
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Foco adversário
Mais do que o número de arremessos, o que mudou para Poole no Wizards é a condição desses arremessos. Como um titular e referência, ele enfrenta os titulares e principais atletas da outra equipe na maior parte dos minutos. Acima de tudo, tornou-se um foco do plano de jogo dos adversários. O técnico Wes Unseld Jr. entende as dificuldades do novo comandado, pois são questões que mudam tudo.
“Os outros times, a princípio, estão tentando tirá-lo do jogo. Já vimos algumas vezes, por exemplo, os adversários forçarem a marcação para que a bola saia de suas mãos. Afinal, sem a posse da bola, ele precisa trabalhar muito mais para conseguir os seus arremessos. Isso é algo novo para Jordan, mas precisa acostumar-se mais com essa condição”, apontou o jovem treinador.
Unseld reconhece que facilitar o trabalho de Poole também é uma de suas tarefas. Mas até isso passa por uma melhor leitura do jogador sobre o que fazer em quadra. “Criar situações em que saia de bloqueios para ter arremessos livres nem sempre é simples com defesas tão focadas. Por isso, Jordan deve habituar-se a acelerar o jogo ou criar separação para os marcadores”, explicou.
Apoio interno
As atuações abaixo do previsto, como resultado, traz reações fora de proporção. Kevin Garnett, por exemplo, decretou que o “novo James Harden” há dois meses agora já nem merece estar na NBA. Esse é outro ônus de ser uma referência: as críticas são sempre mais pesadas. Mas, independentemente do que aconteça, Kyle Kuzma garante que o elenco do Wizards vai dar apoio incondicional a Jordan Poole.
“Jordan não está em uma situação fácil, mas todos estão ao seu lado aqui dentro. Nós sabemos que vai superar esse momento, pois é um trabalhador que ama o jogo. Tem uma paixão genuína por basquete e isso é o mais importante. Acho que, às vezes, ele pensa um pouco demais antes de agir. Mas, como disse, isso faz parte do processo de adaptação à nova função. Ele vai superar”, concluiu um convicto Kuzma.
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