A hegemonia recente da seleção norte-americana na Copa do Mundo FIBA está oficialmente encerrada. A equipe foi derrotada pela França, nas quartas-de-final do torneio, e a campanha do tricampeonato mundial chegou ao fim nessa quarta-feira. O revés voltou a trazer à tona a discussão sobre os diversos jogadores que pediram dispensa do Team USA, mas Gregg Popovich minimizou a questão.
“Levantar isso agora é desrespeitoso com a França e a competição. Não importa quem poderia estar no elenco. Não tem essa de outros atletas, há quem estava aqui. Os franceses foram melhores e mereceram vencer, mas não poderia estar mais orgulhoso dos atletas que sacrificaram suas férias para jogar aqui conosco. Eles competiram e fizeram um grande trabalho”, elogiou o veterano técnico, em entrevista coletiva após o confronto.
Os destaques do triunfo francês são dois conhecidos de torcida e atletas da NBA. O ala-armador Evan Fournier, do Orlando Magic, foi o cestinha do time europeu com 22 pontos, além de ter distribuído quatro assistências. Enquanto isso, Rudy Gobert teve uma atuação dominante dentro do garrafão: o pivô do Utah Jazz terminou a noite com 21 pontos, 16 rebotes e três tocos.
“O técnico Collet e seu grupo fizeram um excelente trabalho hoje. Essa é a melhor seleção francesa que já vi, pois joga em alto nível nos dois lados da quadra. Não executa bem só no ataque, mas é muito encaixada defensivamente. Toma ótimas decisões, atua coletivamente, pega rebotes e tem um elenco completo. Não é só Gobert ou Fournier. Todos tiveram atuações maravilhosas”, exaltou Popovich.
Para os norte-americanos, a derrota representou mais do que uma eliminação que não estava nos planos tão precocemente e o fim do sonho do tricampeonato da Copa do Mundo. Foi o fim de uma invencibilidade de 13 anos em competições internacionais atuando com atletas da NBA, que incluía 58 vitórias seguidas. A última derrota havia acontecido nas semifinais do Mundial de 2006.
“Qualquer derrota dói e essa situação machucará ainda mais, mas a vida continua. Isso é muito importante de lembramos. Nós adoraríamos ter vencido, assim como qualquer outro time gostaria de ganhar todos os jogos e ser campeão do torneio, mas somos adultos aqui. Temos famílias, casas nos esperando. A vida não para. Vamos seguir em frente”, garantiu Popovich, que treinará a seleção dos EUA nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no ano que vem.