O discurso dentro do Philadelphia 76ers é que não se cogita uma troca com Joel Embiid. Mas será que isso é uma convicção ou falta de opção? O pivô virou desfalque constante no time, enquanto tem garantido um dos maiores salários da NBA até 2029. Ainda que quisesse negociá-lo, então, qual é a equipe que gostaria de entrar nesse negócio? Para Brian Windhorst, da ESPN, a resposta é clara: nenhuma.
“O Sixers não deve trocar Joel porque ele simplesmente não é negociável no momento. Os termos do seu contrato fazem com que seu valor não seja realista. Não há mercado para isso. E, além disso, Daryl [Morey, presidente] deu uma entrevista depois da trade deadline dizendo que não se arrepende da extensão. Que ainda o vê como um jogador TOP 5 da liga. Esse é o discurso interno, por enquanto”, contou o experiente repórter.
Pelos próximos anos, Embiid vai ter um salário médio acima dos US$64 milhões. Esses valores condizem com o MVP da liga em 2023, mas não com o seu desempenho atual. Para começar, só disputou 17 dos 53 jogos da franquia na temporada. E o time estaria fora até do play-in na conferência Leste hoje. No entanto, na visão de Windhorst, a organização está “presa” às esperanças em relação ao camaronês.
“O futuro da franquia está nas mãos de Joel, pois os próprios dirigentes estão ‘dobrando a aposta’ em cima disso. E, aliás, não há escolha. Afinal, é impossível achar outra saída com esse contrato. Eles precisam recuperá-lo e, por isso, buscam todo tipo de médico e tratamentos. Porque, quando está saudável, ninguém questiona que Joel é incrível”, concluiu o jornalista.
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Processo
Admitir a possível troca com Joel Embiid, certamente, seria uma contradição por parte do Philadelphia 76ers. Toda a construção dos elencos nos últimos anos, afinal, passou pelo encaixe com o pivô. Por isso, não espere que o time especule sobre esse negócio. Monica McNutty vê a equipe exausta pelas idas e vindas do seu astro, mas em meio a uma aposta que não pode ser flexibilizada.
“Todos passam uma imagem de confiança e otimista, mas, na verdade, estão cansados. A conta do contrato e jogos disputados por Joel não fecha. Não tem como ignorar isso. Mas, ao mesmo tempo, essa é a aposta que você faz quando coloca todas as fichas em um jogador. Em síntese, é a mesma situação de Dallas com Anthony Davis depois da troca”, explicou a comentarista da ESPN.
Embiid é o símbolo da reestruturação que a franquia esboçou na década passada. Mas, para McNutt, o Sixers ainda está preso a essa história por causa da situação do astro. “Eu achava que o “processo”, lá atrás, era só a montagem desse elenco. Mas, se você pensar bem, ele continua com a aposta contínua em Joel. Nunca acabou”, finalizou.
Indisponível
Embiid passou as primeiras duas temporadas longe das quadras por causa de lesões. O encaminhamento da sua carreira, no entanto, minimizou a discussão desses problemas nos anos iniciais. Mas todos sabem que isso costuma ter um “preço” com o avançar da idade. A disponibilidade do astro, por mais que jogue bem, virou um grande ponto de interrogação. Jay Williams vê isso, por si só, como um drama para o Sixers.
“Havia um programa na ESPN chamado ‘Números não mentem’. Então, deixa eu passar um número para vocês: Joel disputou 449 jogos na carreira e foi desfalque em 404. Ou seja, cinco temporadas regulares. Não preciso dizer mais nada, pois acho que só isso já mostra a questão. Ele virou um problema para Philadelphia”, cravou o ex-armador da NBA.
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