Quando o relógio marcar meia noite nos Estados Unidos, a NBA oficialmente estará de greve. E isso não é só uma coisa ruim para nós, que amamos o basquete. A situação das equipes é lastimável, e não há nada a ser feito nesse momento. De 30 times, 22 ficaram no vermelho na temporada passada.
O que os dirigentes querem?
Menos dívidas, é claro. Mas a NBA lucrou muito na última década. Imaginem quanto custava uma franquia há dez anos. Hoje, os valores são muito maiores. Os times se valorizaram bastante nesse período. Tivemos duas finais entre Boston Celtics e Los Angeles Lakers, as duas franquias mais bem sucedidas. Teve o ingresso de astros do calibre de LeBron James, Dwyane Wade e Carmelo Anthony. Os índices de audiência aumentaram. As ações de marketing são as melhores possíveis. Todos os ginásios tiveram ao menos 72% de sua capacidade preenchidas em 2010-11. Metade da Liga teve pelo menos 90%. Tudo para dar certo.
Mas será que nem isso faz com que os dirigentes mudem de ideia?
Pelo que andei lendo, ouvindo, e discutindo, os donos das equipes querem que a temporada 2011-12 sequer aconteça, pois eles alegam que isso será pelo bem da continuidade da Liga. Mas como assim “continuidade da Liga”?
Para eles, é muito simples. Os times precisam sair do vermelho, os jogadores terão que aprender a receber menos, e assim, o lucro será maior.
A matemática é meio complicada de entender, mas a ideia até que não é das piores. Só que o problema é que foram os mesmos donos de times é quem ofereceram esses salários astronômicos aos jogadores, e agora querem frear isso.
Em 1998, aconteceu algo parecido, e a temporada contou com apenas 50 partidas, não teve o Jogo das Estrelas, mas acabou acontecendo. Mas agora a situação é um pouco mais drástica. A temporada que vem corre o risco de não acontecer de forma alguma.
Alguns jogadores, já prevendo essa situação, estão assinando com equipes da Europa. É o caminho de outros tantos, pelo que parece.