Warriors pediu a Draymond Green para ser mentor de Jonathan Kuminga

Relação entre atletas melhorou em 2023/24, o que tem ajudado melhor produção da carreira do jovem

Draymond Green Jonathan Kuminga Fonte: Noah Graham / AFP

Durante seu processo de renovação com o Golden State Warriors, Draymond Green ganhou uma missão: ser o mentor de Jonathan Kuminga. O jovem, que faz a melhor campanha da carreira em 2023/24, tem ganhado conselhos de um dos maiores ídolos da franquia. Mas nem tudo foi tão fácil desde que a sétima escolha do Draft de 2021 entrou na NBA.

O ala-pivô estendeu seu contrato com o Warriors na última offseason. Após alguns boatos, ele foi o primeiro jogador a ter um novo vínculo anunciado na agência livre: um acordo de US$100 milhões por quatro anos. Porém, com um pedido a mais do dono da franquia, Joe Lacob. Kuminga precisava de um mentor, e Green, que foi o cara designado para isso desde que o jovem chegou à liga, precisava melhorar nesse trabalho em específico.

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“Eu sei que você vai jogar, ser o líder e o cara importante dentro de quadra como é há muitos anos para nós. Entretanto, eu preciso de mais algumas coisas. Eu diria que, sobretudo, uma: preciso que você leve Jonathan Kuminga para debaixo de sua asa. Nós precisamos que ele dê o próximo passo, e você é o cara para ajudá-lo nisso,” pediu Lacob.

O camisa 23 de Golden State não se mostrou surpreso por isso e foi além, afirmou já saber que a franquia precisava desse contato entre eles.

“Você tem a minha palavra de que faremos isso e vou ajudá-lo a evoluir. Para mim, aliás, isso já era uma condição do contrato em si. Vamos fazer isso,” afirmou o veterano.

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De acordo com uma matéria da jornalista Kendra Andrews, do canal ESPN, que ouviu ambos os atletas, a relação entre eles já existia antes mesmo do Draft de 2021. Afinal, o Warriors selecionou Jonathan Kuminga a pedido de Draymond Green.

“Eu sou grato a ele, porque se estou na franquia hoje, devo muito a Green. Ninguém nunca soube disso, mas antes do recrutamento em que fui selecionado, ele ligou para Bob Myers (GM do Warriors na época). Foi Draymond quem o aconselhou a me escolher, e isso no fim é uma das melhores coisas que me aconteceram”, revelou o camisa 00.

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O elo entre Green e Kuminga tem uma terceira pessoa muito importante: o ex-jogador do Warriors, Jarrett Jack, que foi companheiro do ala-pivô em 2012/13. O armador encerrou sua carreira no G-League Ignite, equipe especial da liga de desenvolvimento da NBA para calouros que não vão para o basquete universitário. Foi ele quem avisou o camisa 23 do potencial do jovem ala.

“Jack era o meu cara quando jogamos juntos”, explicou Green. “Ele foi o meu veterano, o cara que me ensinou atalhos e coisas que você pode fazer para crescer mais rápido na NBA. Jonathan sempre esteve no nosso radar, eu acho, mas ouvir da boca de um dos caras muito importantes para o meu crescimento, que ele era muito bom, ajudou. Ele só precisava de um tempo, alguns anos. O talento sempre esteve lá, e isso está ainda mais claro atualmente”.

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Começo difícil

Apesar do ótimo relacionamento atual, o começo não foi fácil para Jonathan Kuminga e Draymond Green. Afinal, o jovem não concordava com o tipo de conselho que era dado pelo especialista defensivo. Enquanto isso, o camisa 23 também não insistiu ou mudou sua abordagem. Isso tudo de acordo com a ESPN. E foi confirmado pelo veterano.

“Cara, eu cheguei em um lugar na minha carreira, acima de tudo, muito bom. Então, ele só devia me ouvir, sabe? Não soa bem para alguém como eu quando isso não acontece. Então, não foi um mar de rosas desde o começo. Queríamos a mesma coisa. Mas não sabíamos como chegar lá”, explicou.

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Porém, as coisas mudaram em 2023/24. E nisso, outro personagem entrou em cena: um dos assistentes técnicos de Steve Kerr, Anthony Vereem. Ele foi o homem mais próximo de Kuminga desde que ele foi draftado. E é citado como uma peça fundamental para o melhor relacionamento entre ambos os jogadores hoje.

“Os treinadores que eu mais respeitei em toda a minha vida, foram os que eram capazes de ajudar não só na quadra, mas também fora dela. Os que conseguem criar uma conexão pessoal com você. Uma vez que isso está feito, os ajustes do basquete se tornam fáceis. Acho que a relação entre Green e Kuminga precisava disso, e aconteceu”, afirmou Vereem.

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Companheiros além das quadras

O ponto citado por Anthony Vereem é, no fim, muito bem aceito tanto por Draymond Green quanto por Jonathan Kuminga.

Mesmo 13 anos mais velho, Green afirmou que admira o jovem companheiro. De acordo com ele, mesmo com a juventude, Kuminga sabe suportar a pressão não só do basquete, mas também da vida.

“Eu me identifico com ele em vários quesitos. Você vê, por exemplo, a forma como ele cuida de todos em sua família. Ele é a cabeça de tudo, e eu me identifico e admiro isso. Não é uma pressão que se resume ao basquete, ele está mudando a vida de muitas pessoas. E estamos falando de um garoto de 21 anos. Não é fácil. Eu só quero realmente ajudá-lo a encontrar seu caminho ainda mais”, explicou o camisa 23.

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Do mesmo modo, Kuminga reconhece que a aproximação pessoal com Green foi vital. Eles se entendem muito mais desde então.

“Ele era uma das pessoas que você sente que te conhecem, mas que, na realidade, não conhecem tudo sobre você, sabe? Então, ele tentou se aproximar de uma maneira que não aconteceu, por mais que tentássemos. Demorou um pouco, porém, entramos na mesma página. Ele começou a vir todos os dias até mim e perguntar sobre a minha vida também fora das quadras. Isso foi vital, criamos uma relação pessoal além do trabalho. É muito mais fácil agora”, cravou o jovem.

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O dedo do veterano

Kuminga vive seu melhor momento na carreira. Suas médias em 2023/24 são de 16.2 pontos, 4.7 rebotes e 2.1 assistências. Além disso, ele enfim se fixou na equipe titular. O que curiosamente, aconteceu após a suspensão de Green, após uma agressão a Jusuf Nurkic do Phoenix Suns e a briga com Rudy Gobert do Minnesota Timberwolves, onde enforcou o pivô.

Porém, foi justamente nesse período que um conselho do veterano, mudou os rumos da temporada do jovem, que chegou a reclamar de jogar pouco tempo e sempre ser preterido por Steve Kerr ao longo da campanha.

“Ele sempre pode resolver seus problemas com sua capacidade atlética. Isso o difere de muitos de nós, que precisamos de ângulos e coisas diferentes para pontuar. Então, por que não usar o máximo disso? Foi o que disse a ele. Evite os dribles, foque nas leituras. Saiba o momento certo de cortar para cesta, de atacar o aro, se você conseguir chegar em boas condições lá, será imbatível”, aconselhou Green.

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Isso tem sido evidenciado pelos números. O ala congolês tem marcado dez pontos no garrafão a cada partida. Ninguém tinha uma média tão alta pelo Warriors no quesito, desde Kevin Durant em 2016/17. Além disso, ele acerta cerca de 63% de seus arremessos na área pintada. Um dos dez principais jogadores no quesito, entre atletas que tiveram ao menos 75 tentativas no aro em 2023/24.

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