Trocas na NBA: Para onde vão Damian Lillard e James Harden?

Astros decidiram seus futuros e não querem mais seguir onde estão atualmente

James Harden Damian Lillard Fonte: Cameron Browne / AFP

A offseason chegou e, como tem sido cumum nos últimos quatro anos, Damian Lillard e James Harden não saem dos rumores. No entanto, desta vez é oficial: os dois pediram troca em suas equipes. Enquanto Lillard solicita, oficialmente, pela primeira vez, Harden já é experiente no assunto. Agora, a pergunta é: para onde eles vão?

Vamos tentar imaginar cenários, mas pensar no que os astros querem para as suas carreiras. Claro, é brigar pelo título que ambos não possuem. Mas como e onde? Aí, existem alguns detalhes importantes que devemos analisar, já que eles querem determinados destinos. Damian Lillard quer o Miami Heat, James Harden quer o Los Angeles Clippers.

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O mundo pode desabar, mas dificilmente eles vão para outro lugar. A NBA é uma liga de jogadores, antes de tudo. Se caras do tamanho de Lillard e Harden quiserem ir para uma equipe, eles vão. Simples assim. Mas existem alternativas, ideias diferentes, com propostas interessantes aos atletas, que podem mudar os rumos das negociações.

Ben Simmons disse que não jogaria mais pelo Philadelphia 76ers e não jogou. Tampouco, jogou pelo Brooklyn Nets (sim, é maldade minha). E ele pode ser personagem (não principal, desta vez) em alguns cenários. Simmons tomou multas, pegou pesado com a comissão técnica e, até, com Joel Embiid.

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E Kevin Durant? Mesma coisa. Pediu troca para ir ao Phoenix Suns na offseason passada. O Nets endureceu, mas durou só até a trade deadline. Kyrie Irving, seu então colega por lá, também pediu e a coisa foi até mais rápida.

Portanto, se Lillard quiser ir para o Miami Heat, ele vai. Se aparecer uma outra ideia de título para ele, a coisa muda. Do contrário, é assim.

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E o mesmo acontece com Harden em relação ao Clippers. Por mais que pareça estranha uma terceira edição de Russell Westbrook e ele, depende apenas da vontade dele.

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Sim, eu entendo você. Por que os times não podem endurecer? Mas aí é uma coisa básica, que até citei acima: a liga é dos astros. Se acontece algo como o que foi com Simmons, minimamente similar a James Harden e Damian Lillard, a NBPA vai aparecer. E, por sua força, as diretorias jamais bateriam de frente.

Imagine o Blazers, que já não consegue contratar astros como agentes livres há muito tempo, brigando com a Associação de Jogadores. Qual é a chance de um outro grande nome voltar a assinar ali? Nula, amigo. Nula.

Boa parte da agência livre já levou quem estava no mercado. Com quem é que o Sixers assinou até agora mesmo?

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É uma realidade.

Agora, Harden quer pular fora de lá. Ele quer o Clippers, mas quem vai na troca?

Philadelphia vai aceitar escolhas de Draft, expirantes e, de repente, um jovem talento? Sim. É o que tem para hoje. Não vai conseguir um outro astro para o lugar dele, a não ser que utilize outros jogadores do atual elenco. Agora, vem outro dilema, que deve estourar em breve: Joel Embiid.

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Se o Sixers não conseguir boas peças, pode ter certeza absoluta: ele vai pedir troca.

Philadelphia ainda pode controlar a situação

Só pelo fato de ter Embiid no elenco, o Sixers ainda tem certo controle da coisa. E seu novo contrato vai começar a valer a partir da próxima temporada. Ele assinou na offseason de 2021 e, em 2023/24, vai receber US$46.9 milhões. Ele acabou de ser MVP, o time ainda tem um jovem muito promissor (Tyrese Maxey) e um bom talento em Tobias Harris.

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Mas sabe o que é ainda melhor em Harris? Ele tem um expirante de US$39.2 milhões.

Ou seja, o Sixers ainda pode remodelar seu elenco, utilizando o que vier da troca de Harden e, de repente, na de Harris.

O que não é, exatamente, a mesma situação do Blazers com Lillard. Mas já explico isso.

Por fim, o que parece muito é que o 76ers vai precisar de um terceiro ou quarto time para “desovar” o contrato de Tobias Harris, enquanto James Harden vai para o Clippers.

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Então, ainda existe uma chance para Philadelphia. É dar a bola nas mãos de Tyrese Maxey, estender seu contrato, juntar com o que sobra das trocas de Harris e Harden, apostar em outro grande ano de Embiid e acreditar no trabalho de Nick Nurse.

James Harden

O caso de amor entre Harden e o 76ers durou pouco mais de um ano. O dez vezes All-Star vai para o seu quarto time, desde 2020/21. Começou com uma saída polêmica do Houston Rockets naquela temporada. Então, ele foi para o Brooklyn Nets atuar ao lado de Kevin Durant e Kyrie Irving. Pouco jogaram juntos. Na trade deadline de 2021/22, ele pediu ao Nets para que o trocasse.

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Então, veio a chance no Philadelphia 76ers. Mas a eliminação para o Miami Heat na semifinal de Conferência o fez pedir um salário mais baixo. Assim, o Sixers estendeu seu contrato e prometeu ajudar Joel Embiid a conquistar o MVP.

Fez as duas coisas, mas ainda assim, o Sixers não foi em frente. Mais uma vez, na semifinal, o time caiu. Agora, para o Boston Celtics. No entanto, o time vencia a série por 3 a 2 e poderia fechar em casa. Perdeu por nove pontos, mas o placar engana. A equipe não conseguiu competir no segundo tempo. Depois, no jogo decisivo, o Celtics venceu por 24.

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Fim da linha.

Mas o Blazers…

Bem, Portland conduziu a coisa de maneira difícil, até fazer Lillard pedir a troca. Na verdade, deixou impossível. Fez com que o armador não tivesse outra escolha. Mas não foi uma ou outra vez. Aconteceram vários episódios ruins.

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Não é de hoje que Lillard pedia para a diretoria fortalecer o elenco. Enquanto chegavam convites para fazer parte de grandes elencos, o atleta sempre dizia que preferia vencer em Portland. E ele não saiu mesmo.

Ano após ano, o elenco foi piorando. Trocou quase todo o time titular em 2021/22 e sobraram Jusuf Nurkic e ele.

O que Lillard fez?

Pediu aos diretores um bom elenco. E o que aconteceu?

Quando finalmente tinham Josh Hart, um cara que não desiste das jogadas, pega rebotes e faz o time melhorar, o Blazers o trocou para o New York Knicks.

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Pegou um astro? Não. Cam Reddish. E o que fez com Reddish? Deixou ir embora na primeira oportunidade.

Opção por Henderson e futuro

Então, veio a loteria do Draft e o Blazers ficou com a terceira escolha. Lillard avisou que não queria participar de uma reformulação. O cara tinha acabado de fazer a melhor temporada da carreira. Mesmo assim, a direção optou por selecionar e manter suas escolhas.

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Claro, Scoot Henderson pode fazer a franquia evoluir nos próximos anos e até acho que consegue fazer isso. Mas é a médio/longo prazo. Não é algo imediato. Mas mesmo assim, Portland fez um bom Draft. Só que, ao invés de disponibilizar Damian Lillard para trocas, deixou a cargo do jogador.

Depois, aconteceu uma reunião entre Joe Cronin e Lillard. A ideia era fazer o armador entender que dava para competir. Chegou a agência livre e o primeiro movimento foi dar US$160 milhões por cinco anos a Jerami Grant. Assim, exatamente assim, Portland fez com que Lillard pedisse para sair.

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E você sabe o que acontece quando um atleta pede troca, né? Seu valor de mercado simplesmente despenca.

Não que ele seja ruim ou algo similar, mas é que ele deixa claro que quer sair e a diretoria precisa correr contra o tempo, para não virar uma bola de neve. Quanto mais demora, menos o time recebe na negociação.

Brooklyn Nets pode facilitar

De olho no que está acontecendo, a diretoria do Nets, agora, pode entrar na jogada. Talvez, não como parte principal da troca, mas absorvendo alguns contratos para despachar Ben Simmons.

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É fato que Mikal Bridges queria Damian Lillard ao seu lado, mas sua equipe deve ser apenas figurante. E o Nets precisa dar um fim em Simmons. De repente, jogando em Portland, ele recupera o seu melhor basquete.

E nem estou falando sobre encaixe, porque Henderson é ruim no arremesso de três, enquanto Simmons nem sabe o que é isso. Mas é uma oportunidade de negócio. Pode funcionar, especialmente se o Blazers não for competir.

Exemplos claros e vivos

Quando Durant pediu troca no Nets, a direção endureceu, mostrou para a torcida quem mandava e só queria negócio por outro astro. Demorou, mas a coisa saiu na trade deadline. Mas foi pelo que mesmo?

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Ah, sim. Mikal Bridges, terceira ou quarta opção ofensiva do Suns, Cam Johnson e escolhas de Draft. Por mais que Bridges tenha parecido como um, mas… cadê o astro?

E quando Kyrie Irving pediu troca? Recebeu Dorian Finney-Smith, Spencer Dinwiddie e escolhas de Draft.

De novo, cadê o astro em troca?

Não teve e nem tem como. O valor realmente cai.

Aí, você olha para outros times, como o Utah Jazz.

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A situação por lá começou a ruir quando Donovan Mitchell e Rudy Gobert deixaram de ser os melhores amigos do mundo. O técnico Quin Snyder foi embora. Então, Danny Ainge, esperto como sempre, antes de um pedido de qualquer um deles, trocou ambos.

O Cleveland Cavaliers recebeu Mitchell, é fato. Mas deu Lauri Markkanen (que foi ao Jogo das Estrelas em 2023), Collin Sexton (que ainda não engrenou, mas é um cestinha), um jovem talento (Ochai Agbaji) e um caminhão de picks.

E o que falar do pobre do Minnesota Timberwolves, que entregou Malik Beasley, Patrick Beverley, Leandro Bolmaro, Walker Kessler, Jarred Vanderbilt, além de várias escolhas de Draft?

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Então, sim, quando uma diretoria se antecipa, ela consegue bons ativos. Foi assim quando o Suns avisou que trocaria Chris Paul. Recebeu Bradley Beal. Entendeu a diferença?

Portanto, Damian Lillard e James Harden controlam seus futuros.

 

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