A gente sabia que a seleção do Brasil no basquete tinha prazo de validade nas Olimpíadas de Paris 2024, mas foi bom torcer. Perder para o time dos EUA, com um dos melhores elencos disponíveis, fazia parte do cronograma. Afinal, a equipe brasileira jamais venceu os Estados Unidos em Jogos Olímpicos. No entanto, o que podemos esperar dos próximos passos? Será possível ver grandes evoluções no próximo ciclo?
Bem, vamos tentar entender o que aconteceu.
Primeiro, sob o comando de Gustavinho, a seleção teve muitos problemas, o Brasil não mostrou seu melhor basquete e, potencialmente, ficaria fora das Olimpíadas. De novo.
Mas não foi o que aconteceu desta vez. Apesar de não ter uma de suas melhores gerações, tudo o que aconteceu após a mudança de técnico foi um alento. Ao menos, para os olhos.
Vale lembrar que da última vez que a seleção do Brasil esteve com o seu basquete em Olimpíadas, ali estavam Marcelinho Huertas, Anderson Varejão, Tiago Splitter, Nenê, Leandrinho e Guilherme Giovannoni. Aliás, Varejão não jogou (lesão), mas fez parte daquele ciclo.
Todos já se aposentaram, exceto o primeiro. Huertas já havia dado sinais de que não retornaria, mas seguiu. E, aos 41 anos, foi titular pelo Brasil nas Olimpíadas. Foi sua última competição pela equipe, entretanto.
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Quando Aleksandar Petrovic retorna ao comando técnico da seleção, muita gente grande cravou que o Brasil ficaria fora das Olimpíadas no basquete masculino. Azar de quem apostou errado.
A classificação não aconteceu por acaso. Não foi por sorte. Méritos de uma comissão técnica que mostrou os caminhos e de jogadores que “abraçaram a causa”. Então, vencer a Letônia em Riga, jogando daquele jeito, era o que o Brasil precisava.
Claro, não foi fácil e a eliminação bateu em nossa porta algumas vezes antes disso, mas foi maravilhoso. Sofreu como sempre e venceu (e convenceu) como nunca.
Mas a partir daquilo, já sabendo qual era o grupo nas Olimpíadas, todo mundo imaginava que, na melhor das hipóteses, seria uma classificação para as quartas. E ela veio.
Então, tudo dentro do cronograma.
Houve o problema com Gustavo de Conti, que é um ótimo treinador, mas não funcionou. A questão é que Petrovic apenas fez um favor de estar ali. Nem salário ele recebeu por isso, de acordo com o jornalista Diego Marcondes. Fez por amor.
Mas… e agora?
É importante pensar no próximo ciclo. O Brasil não pode apenas se contentar com uma classificação. Então, é provável que o anúncio do próximo técnico seja feito em breve para já começar a trabalhar em cima disso.
Especula-se o nome de Tiago Splitter, aliás.
Splitter deverá assumir o Paris Basketball, o que deve trazer mais experiência em sua nova função. Mas como será o ciclo sob seu comando?
Muitos nomes que estiveram nas Olimpíadas não devem seguir na seleção do Brasil, então é entender quem pode aparecer no basquete mundial. Marcelinho Huertas já não volta, então é necessário “garimpar” por outro armador.
Yago Mateus deve continuar e ganhar a titularidade, enquanto existem dúvidas sobre Raulzinho. Aos 32 anos, o armador passou por lesões e tem seu futuro indefinido até em clubes. Por enquanto, é agente livre.
Depois, tem Vitor Benite (34 anos), Leo Meindl (31) e Cristiano Felício (32).
A média de idade nas Olimpíadas já foi alta, então é importante fazer uma transição analisando isso.
Quem são os jovens que podem começar a ganhar espaço? Além de Alexey Borges (armador) e Elinho Corazza (armador), tem alguns jovens muito promissores como Mathias Alessanco (ala), Reynan Santos (ala-armador) e Patrick Otey (ala).
Falta pivô. E vimos o quanto é necessário ter boas opções ali. Gustavo Guimarães?
Foco em Caboclo, Yago e Gui
Enquanto Bruno Caboclo foi o grande destaque no basquete do Brasil, Yago Mateus e Gui Santos devem ser os nomes do novo ciclo. Os três serão a base de tudo, mas é importante contar com peças de reposição. Caboclo está com 28 anos e busca vaga na NBA. Yago está bem no Estrela Vermelha (Sérvia) e Gui deve ganhar mais espaço no Golden State Warriors.
No entanto, para o próximo compromisso do Brasil, dificilmente os três estarão lá. A seleção de basquete volta às quadras apenas em novembro, contra Uruguai e Panamá pela AmeriCup. Até lá, vamos começar a entender o que a CBB vai fazer.
Por enquanto, a gente apenas torce para que jovens tenham visto o time lutar como um grupo e se inspirem naqueles que jogaram em Paris.
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