Fonte: Maddie Meyer / AFPA segunda vitória do Boston Celtics na série contra o Atlanta Hawks foi difícil, em particular, para o astro Trae Young. A torcida de Massachussets, afinal, pegou no pé do armador. Ouvir as hostilidades rivais já é algo comum em sua carreira, mas, nessa terça-feira, ele teve que lidar com provocações. No último quarto, enquanto cobrava lances livres, ele recebeu uma chuva de gritos de “superestimado”.
“Eu posso jogar melhor, certamente. Não arremessei muito bem e, além disso, tive alguns desperdícios de bola bobos. Estava infiltrando e deixava a bola escapar, por exemplo. Não apresentei o meu melhor basquete hoje, mas estamos voltando para Atlanta e sei que vou fazê-lo em breve. Então, realmente não estou preocupado”, reconheceu o jovem jogador, em entrevista após a derrota por 119 a 106.
Young, realmente, não teve um bom início de playoffs. Ele registra média de 20,0 pontos por partida contra o Celtics, enquanto converte 35% dos seus arremessos de quadra. Foram só 14 cestas em 40 arremessos, incluindo três de 13 chutes da linha de três. O armador, além disso, somou só 14 assistências para dez erros de ataques nessas partidas. Ou seja, muito longe de sua produção regular.
“O problema não é um jogador, para começar. Trae está competindo, mas os seus arremessos não caíram. No entanto, em breve, nós sabemos que vão cair. Ele não é diferente de ninguém nesse grupo, no sentindo que está em busca do seu ritmo ideal. Não fizemos boas partidas, no geral. Mas eu já sinto que, no começo desse jogo, Trae estava muito bem”, avaliou treinador Quin Snyder.
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Participação
Trae Young pode ter tido uma má atuação na vitória do Celtics, mas uma coisa é certa: a sua participação não vai diminuir. Pelo contrário. Snyder acredita que o craque só vai virar o jogo, antes de tudo, se for envolvido cada vez mais. Voltar à Atlanta, nesse sentido, é uma oportunidade. Ele só precisa, em síntese, ter uma leitura mais afiada do que acontece em quadra.
“Trae sempre vai estar envolvido em nossas ações, pois tem a bola nas mãos. Da mesma maneira, por exemplo, que Dejounte [Murray]. Boston está encurtando os nossos espaços e, por isso, precisamos ser ainda mais certeiro nas leituras de jogo. Fazer a jogada certa até pode parecer simples, mas não é tão fácil de identificar”, explicou o experiente comandante.
Snyder, no entanto, admite que não está insatisfeito com os arremessos criados pela sua equipe até agora. Só quer ver o seu time tentá-los sem hesitação. “Se encontrarmos um arremesso aberto, então precisamos aproveitá-lo sem medo. Simplesmente tentar. Pois sinto que, quando rejeitamos e partimos para uma infiltração em tráfego, os resultados não são bons”, apontou.
Superestimado
Não são só os torcedores do Celtics, aliás, que enxergam Young como um jogador superestimado da NBA. O portal The Athletic fez uma pesquisa com cerca de 100 atletas e o armador foi eleito o mais supervalorizado da liga. Draymond Green e Russell Westbrook já “ganharam”, anteriormente, essa enquete. Segundo Sam Amick, do site, o momento do Hawks influencia a impressão sobre o jovem astro.
“Não é surpreendente que até os seus colegas de liga estejam céticos sobre Trae. Afinal, ele é a referência de uma franquia durante um momento de turbulência e transição organizacional. Como resultado, os holofotes vão estar voltados para a sua imagem. Assim já como aconteceu, com reflexos diferentes, nos tempos de sucesso de Atlanta”, explicou o repórter.
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