Fonte: Reprodução / XEm 2023, os técnicos de times da NBA passaram a ter mais um torneio para administrar com o início de uma copa no meio da temporada. A competição dá um prêmio financeiro para os jogadores e, acima de tudo, aumentou as receitas da liga. Mas qual é o balanço dos treinadores sobre a novidade? Doc Rivers, a princípio, tem uma visão positiva.
“A Copa, certamente, trouxe um benefício para a NBA. Eu acho que a atenção que atrai tem sido incrível. Além disso, dá para ver que os atletas entregam uma energia a mais quando entram nessas quadras coloridas e diferentes. Fechar o calendário é um pouco difícil, mas, tirando isso, só elogios”, avaliou o comandante do Milwaukee Bucks.
A liga, a princípio, achou uma forma de encaixar a maior parte das partidas do torneio no calendário regular da temporada. Isso era uma questão crucial, pois os técnicos e times reclamam cada vez mais do número de jogos da campanha. Mas, para Chris Finch, o mais importante é que o torneio está caindo nas graças dos “artistas”.
“Eu sinto que os jogadores da liga gostam cada vez mais da ideia da Copa. Nota-se isso de forma bem clara no dia a dia. Os atletas já falam sobre a competição, por exemplo. Então, eu acho que serve como a injeção perfeita de adrenalina e fogo para o início da temporada”, resumiu o treinador do Minnesota Timberwolves.
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Significado
Vários jogadores e técnicos de times admitiram que, lá no começo, não entendiam como funcionava a Copa NBA. A fase classificatória, em particular, tinha um regulamento bem confuso. Isso não ajudou a criar um senso de urgência entre todos. Jamahl Mosley, no entanto, nota que tudo ganhou mais significado assim que ficou mais “compreensível”.
“Eu acho que a Copa tem um grande significado para os nossos atletas, pois eles levam muito a sério. Há uma motivação e foco diferente nessas partidas porque, agora, todos entendem o que pode estar a espera no fim e querem estar em Las Vegas. É algo que instiga o espírito competitivo”, confirmou o treinador do Orlando Magic.
Mosley admite que o título e premiação em dinheiro têm apelo com os atletas e, com isso, até facilita o seu trabalho. “Os jogadores são competitivos em qualquer partida. Mas não dá para negar que ter mais alguma coisa em disputa no curto prazo traz um incentivo. Eles entregam um pouco a mais do que em outros dias”, concluiu.
Problema
Um efeito curioso da Copa NBA sobre o seu vencedor é a “ressaca”. É comum que o time campeão volte à temporada em ritmo mais lento e, com isso, tenha sequências ruins. Não há uma explicação técnico-tática, a princípio, para isso. Mas, do ponto de vista anímico, Doc Rivers vê a queda de produção como algo bem compreensível.
“O time que venceu a Copa costuma ter problemas na volta à temporada. Mas a situação é difícil mesmo. O campeão disputa uma partida que vale título, tem um dia de descanso e, em seguida, volta aos jogos regulares. Contra uma equipe descansada, que está a sua espera há uma semana. Esse jogo é quase um descarte”, definiu o treinador.
Rivers, no entanto, teria uma estratégia para tentar evitar que a equipe “desacelerasse” na volta de Las Vegas. “Você está no auge competitivo e retorna à terra em 48 horas. Então, a motivação varia. Se estivesse nessa situação, é provável que poupasse o meu time titular inteiro depois do título”, explicou.
Sugestão
Mas a grande aprovação da Copa NBA não quer dizer que técnicos e times não tenham sugestões para melhoria. A maior parte delas acontece em reuniões da liga, ou seja, a portas fechadas. Nunca ficamos sabendo quais foram. Rivers, no entanto, revelou uma possibilidade que já repassou para os dirigentes há algum tempo.
“Eu gostaria que a Copa fosse mais tarde na temporada. Todos os jogadores já estariam mais bem condicionados, antes de tudo. Até sugeri à liga que acontecesse antes do All-Star Game, pois aumentaria o descanso de todos naquele ponto do ano. Mas o evento acontece tão tarde na campanha que não sei se é viável também”, contou o veterano.
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