Fonte: Reprodução / XO Houston Rockets teve sorte na loteria do recrutamento da NBA. Os texanos tinham a projeção de ficar com a nona seleção geral, mas subiram seis posições e conseguiram entrar no TOP 3. Foi um ativo inesperado para um time que vive outro momento, pois fez investimentos para chegar aos playoffs nessa temporada. Então, o que fazer? O Rockets ainda não descarta usar a terceira escolha do draft em uma troca.
“Acho que existe uma chance maior de gostarmos do jogador que vamos ter a chance de selecionar na terceira escolha do que uma troca. Diria, provavelmente, uma chance bem maior. Então, a tendência é ficarmos com o prospecto que vai sair da nossa seleção. No entanto, nunca vamos nos recusar a ouvir propostas. Afinal, no fim das contas, o meu trabalho é atender o telefone”, contou o gerente-geral Rafael Stone.
As expectativas de Stone em torno do recrutamento, em síntese, ficaram expressas em sua preparação para a “sorte” na loteria. Ele admitiu, depois do sorteio, que precisaria traçar uma estratégia para essa nova condição. Quase não tinha pensado, na verdade, na chance de escolher no TOP 3 novamente. O seu interesse parecia tão baixo, aliás, que agendou um voo para o mesmo horário da loteria.
“Eu fiquei muito feliz, mas demorou para que ficasse sabendo da notícia. Estava em uma viagem da França para os EUA e, por isso, fiquei meio que incomunicável. Assim que eu desembarquei, começaram a chegar as mensagens aleatórias de muitas pessoas e notei que tínhamos subido. Demorou um pouquinho para saber, então ainda estou mais confuso do que o normal”, reconheceu o executivo.
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Desenvolvimento
A chegada ao Rockets, a princípio, não parece ser um cenário muito promissor para uma terceira escolha de draft. O time está interessado em competir de imediato, como citado anteriormente, enquanto já possui um grande contingente de jovens talentos. Será que existe espaço para todo mundo? Stone sabe que essa vai ser uma dúvida de prospectos e agentes, mas não vê uma linha reta para o desenvolvimento de um jogador.
“Eu não acho que a única forma de desenvolver um prospecto seja dar-lhe 35 minutos por noite desde o primeiro dia. Nós temos muita confiança na competência dos nossos técnicos na G League, por exemplo. Eu não hesitaria em usar essa alternativa, mesmo que seja um prospecto selecionado na terceira escolha do draft”, argumentou o executivo de 51 anos.
Stone sabe que esse é um caminho que pode não agradar jovens talentos, assim como os torcedores. Mas garante que essa terceira escolha, como um atleta ou parte de uma troca, são um bônus dentro do seu plano. “Nós confiamos que, mesmo se não fizermos nada na próxima offseason, vamos ser um time melhor na próxima temporada. Esse é um sinal bem positivo”, celebrou o executivo.
Draft fraco?
Os rumores de troca, aliás, devem pautar não só a escolha de draft do Rockets. A visão da maioria dos analistas é de que se trata de uma classe fraca. E tudo se transforma, como resultado, em um cenário (ainda) mais incerto. Poucos talentos “encantam” no topo do recrutamento. Stone, no entanto, vai na contramão dessa percepção. As pessoas só ficaram “mal-acostumadas” com o processo de 2023.
“O recrutamento do ano passado era bem diferente por causa da atenção em torno de Victor Wembanyama. Mas não acho que isso seja ruim. Afinal, eu acredito que o topo desse draft seja forte. Estava na Europa para observar um grupo de jovens jogadores que é talentoso demais. E isso sem contar todos os prospectos daqui e quem jogou na Austrália. Há várias boas alternativas, certamente”, concluiu Stone.
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