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Nada como um dia depois do outro. Rick Carlisle que o diga. O técnico do Dallas Mavericks foi da irritação extrema à tranquilidade total em questão de 24 horas para tentar mudar a atitude de seus comandados nesta semana. Após a derrota para o Toronto Raptors, na terça-feira passada, o treinador mostrou toda a sua indignação com a atuação decepcionante da equipe fazendo ameaças ao elenco.
“Olha, se for para jogar assim, esses atletas não ficarão no Mavericks por muito tempo. Eu posso assegurar isso para vocês”, afirmou Carlisle na entrevista pós-jogo, sugerindo que poderia indicar a saída de jogadores se o desempenho não melhorasse. A ameaça não foi dita só à imprensa: vários repórteres ouviram as mesmas palavras serem gritadas por Carlisle aos atletas no vestiário.
As palavras do técnico pareceram ter feito algum efeito sobre a equipe: na noite seguinte, o time texano mostrou mais vibração na complicada vitória sobre o Brooklyn Nets, na prorrogação, por 119 a 118. Depois do resultado positivo, menos de 24 horas após as ameaças públicas, o comandante revelou que os comentários da noite anterior não passaram de um modo que encontrou para motivar seus jogadores.
“Você não pode prestar atenção naquilo que falei. Eu queria causar, incitar algo. A verdade é que adoro o grupo e realmente preocupo-me com esses atletas. Quero que eles queiram ser vencedores tanto quanto eu e, às vezes, isso se manifesta de formas pouco usuais. Mas nunca vou parar de me importar com cada um deles”, garantiu o treinador, minimizando possíveis rumores e deixando claro que nunca pensou em tirar ninguém do plantel.
O dono do Mavs, Mark Cuban, confirmou que a estratégia de Carlisle só era dar uma bronca no time e nunca lhe pediu para que fizesse movimentações no elenco. “Rick treina há muitos anos e sente o pulso do time. Ele acertou. Nós temos uma equipe que precisa se esforçar bastante se quiser realmente ser muito boa. Sua mensagem não foi porque o grupo não se esforça, mas por ter lapsos de esforço. Erramos um arremesso e ficamos reclamando de falta ao invés de voltar para a defesa, sabe? Isso é o que compromete. A boa notícia é que tudo é corrigível. Todos querem trabalhar duro e estão frustrados. Vamos melhorar”, contou, confiante no trabalho de Carlisle e seus – todos queridos – comandados.