Revisão da Temporada – Phoenix Suns

Pela sexta temporada seguida, o time de Phoenix não conseguiu a classificação para os playoffs

Fonte: Pela sexta temporada seguida, o time de Phoenix não conseguiu a classificação para os playoffs

Phoenix Suns (23-59)

Temporada regular: 14º lugar da conferência Oeste
MVP da campanha: Eric Bledsoe (20.4 pontos, 6.1 assistências, 4.0 rebotes, 2.0 roubadas de bola)

Pontos positivos

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– Devin Booker. Décima terceira escolha do recrutamento de 2015, o ala-armador ganhou espaço com as lesões de Eric Bledsoe e Brandon Knight e não decepcionou. O atleta mais jovem a ser selecionado pelo time na história do draft (18 anos) foi o destaque do Suns na segunda metade da temporada e já é considerado intocável pela franquia. Seu desempenho chamou tanto a atenção que ele foi selecionado para o time ideal de novatos.

–  O pivô Alex Len deu sinais de maturidade, apesar de ainda ser um jogador irregular. Em 6 de Março, no duelo contra o Memphis Grizzlies, o jogador ucraniano alcançou uma marca importante: foi o primeiro atleta de 22 anos a anotar 19 pontos, pegar 16 rebotes e distribuir seis assistências.

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– Enquanto esteve saudável (apenas 31 jogos), o armador Eric Bledsoe mostrou evolução e se consolidou como o melhor jogador do Suns. Portanto, virou a moeda de troca mais atrativa da franquia.

– A saída do encrenqueiro Markieff Morris.

https://www.youtube.com/watch?v=aIx30JBng9Q

Pontos negativos

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– Pela sexta temporada seguida, o Suns não alcançou os playoffs, um recorde negativo da franquia.

– A não contratação do ala-pivô LaMarcus Aldridge simplesmente matou as chances que o Suns teria na temporada. Finalista na corrida pelo agente livre que fez sucesso no Portland Trail Blazers, a equipe de Phoenix ofereceu um contrato ‘pornográfico’ – US$52 milhões por quatro temporadas ao pivô Tyson Chandler, de 33 anos – para mostrar a Aldridge que a franquia não estava para brincadeira. A esperança era a de formar um garrafão com Aldridge e Chandler. Ficou só na vontade.

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– A direção do Suns demorou muito a negociar o problemático ala-pivô Markieff Morris, que se sentiu desrespeitado depois que a franquia trocou seu irmão gêmeo, Marcus, com o Detroit Pistons. Em um intervalo de seis meses, o jogador foi multado, suspenso por conduta inadequada, pediu para ser trocado, se desentendeu com o treinador Jeff Hornacek e quase saiu na mão com o companheiro Archie Goodwin durante um pedido de tempo. Finalmente, em 18 de Fevereiro, na Trade Deadline, o Suns se livrou de Morris. Negociou o ala-pivô por uma escolha de primeira rodada com o Washington Wizards.

– No dia 2 de Janeiro, o Suns conseguiu a proeza de levar 142 pontos do “possante” Sacramento Kings. Foi a maior pontuação sofrida (sem prorrogação) pela equipe de Phoenix desde a temporada 1990/91.

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– No dia 17 de Março, a equipe do Arizona marcou míseros 69 pontos contra o Utah Jazz. Foi a pior marca em pontos da história da franquia, empatando com os desempenhos em 2013 (contra o Oklahoma City Thunder) e 2015 (contra o Atlanta Hawks).

– O pivô Tyson Chandler chegou ao Suns para ser a âncora defensiva no garrafão. Não deu muito certo. 

– O Suns foi o líder em desperdícios de bola (16.9 por jogo), terceiro pior em eficiência ofensiva (99.4 pontos anotados por 100 posses de bola) e em média de pontos sofridos (107.5), e o quinto pior em eficiência defensiva (107.0 pontos sofridos por 100 posses de bola). Enfim, o time foi mal nos dois lados da quadra.

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Análise

O Suns iniciou a temporada 2015/16 sonhando com o retorno aos playoffs, após cinco anos de jejum. A equipe trouxe reforços pontuais – Tyson Chandler, Mirza Teletovic e Jon Leuer – para tentar resolver as maiores carências do time: eficiência defensiva, melhor aproveitamento nas bolas de três pontos e rebotes. E o técnico Jeff Hornacek continuou apostando no jogo de transição e no esquema com dois armadores começando e terminando as partidas (Bledsoe e Knight).

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Só que alguns fatos ocorridos na offseason foram um sinal de que seria mais um ano sofrível para o torcedor do Suns. Para surpresa de todos os que acompanham a NBA, a equipe de Phoenix ficou perto de contratar um dos principais agentes livres de 2015: LaMarcus Aldridge. O Suns até negociou Marcus Morris, Reggie Bullock com o Detroit Pistons para abrir espaço na folha salarial e ficar em boas condições para trazer o ala-pivô. No entanto, para frustração geral de torcedores e dirigentes da franquia do Arizona, Aldridge preferiu assinar com o San Antonio Spurs. O time de Phoenix foi até longe demais ao ser um dos “finalistas” pelos serviços do ala-pivô.

Sem Aldridge, e com Markieff Morris extremamente irritado com a franquia por causa da troca envolvendo o irmão gêmeo, o Suns começou a temporada desacreditada. O armador Eric Bledsoe começou a se destacar, dando pinta até que poderia liderar o time a uma improvável classificação para os playoffs. Só que o jogador disputou apenas 31 jogos na campanha por conta de uma cirurgia para reparar o menisco do joelho esquerdo. Foi um balde de água nas pretensões da equipe.

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Sem poder contar com Bledsoe, Hornacek deu tempo de quadra ao novato Devin Booker, que não decepcionou. Com apenas 18 anos, o ala-armador mostrou muita personalidade e foi o principal jogador do time na segunda metade da temporada. Posteriormente, Brandon Knight e T.J. Warren também se lesionaram e o Suns foi colecionando derrotas e mais derrotas, que culminaram na saída de Hornacek, que estava no último ano de contrato. O assistente Earl Watson assumiu como interino até o fim da temporada. O próximo passo da mini-reformulação no meio da temporada foi a saída do insatisfeito Markieff.

Com a temporada no vinagre, o resultado era o que menos importava àquela altura. O objetivo era dar espaço aos jovens para se desenvolverem. Watson passou, então, a testar algumas formações em quadra. Em vários jogos, a dupla titular no perímetro foi formada por Booker e Archie Goodwin, e Alex Len passou a jogar na posição 4. Apesar do fim de temporada repleto de derrotas, Watson agradou a direção do Suns e assinou um contrato para dirigir a equipe pelos próximos três anos.

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Futuro

O Suns teve duas escolhas Top 10 no draft deste ano (uma delas adquirida em uma troca com o Sacramento Kings) e selecionou os alas-pivôs Dragan Bender e Marquese Chriss. Ambos são atletas ainda crus para a NBA. A escolha da dupla evidencia que o time de Phoenix pensa em um projeto de médio e longo prazo. Além disso, o Suns escolheu um dos melhores armadores do recrutamento – Tyler Ulis – na segunda rodada e manteve a tradição de draftar jogadores de perímetro oriundos da Universidade de Kentucky.

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No mercado de agentes livres, o Suns trouxe de volta os veteranos Leandrinho e Jared Dudley, jogadores identificados com a franquia e que serão importantes lideranças de vestiário em uma equipe em processo de reformulação. Deixaram o time os alas-pivôs Mirza Teletovic e Jon Leuer, além do armador Ronnie Price.

Com Watson confirmado no comando da equipe, o Suns espera uma temporada de afirmação da estrela em ascensão chamada Devin Booker. Ainda não se sabe o jovem ala-armador será titular ou se virá do banco. Acredito que o ideal seria Bledsoe e Booker no perímetro inicial, com Knight sendo o sexto jogador do time. Outros três jovens do elenco – Goodwin, Warren e Len – entram no último ano de seus contratos de calouros. A franquia espera uma melhora do trio para consolidar uma base para o futuro com Booker, o trio escolhido no recrutamento deste ano, Bledsoe e, talvez, Knight.

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Portanto, esta deverá ser mais uma temporada de muitas derrotas em quadra para o Suns. Mas pelo menos dá para perceber um certo planejamento da direção da equipe. A expectativa é que, em 2016/2017, os jovens da equipe continuem se desenvolvendo, especialmente Booker. Que Watson tenha tranquilidade em trabalhar com um elenco recheado de atletas (nove) com menos de 25 anos, e a equipe volte a pensar, daqui a uma, duas temporadas, em brigar pelos primeiros lugares da conferência Oeste. É bom lembrar que, apesar de ainda não ter conquistado um título sequer, a franquia do Arizona é detentora da quarta melhor marca da NBA em vitórias, já disputou os playoffs em 29 oportunidades e conseguiu 50 ou mais triunfos em 19 temporadas.

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