Revisão da temporada – Boston Celtics

Equipe obteve o terceiro melhor recorde da conferência Leste, com 48 vitórias

Fonte: Equipe obteve o terceiro melhor recorde da conferência Leste, com 48 vitórias

Boston Celtics (48-34)

Playoffs: Quinto colocado da conferência Leste. Eliminado na primeira rodada para o Atlanta Hawks

MVP do time na temporada: Isaiah Thomas – 22.2 pontos, 3.0 rebotes, 6.2 assistências e 1.1 roubo de bola

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Pontos positivos

– Isaiah Thomas. O armador sozinho pode ser considerado um ponto positivo da campanha celta. Após iniciar a temporada como sexto-homem, bastaram três partidas para que o atual jogador mais baixo da NBA virasse titular. Thomas viveu a melhor temporada da carreira, liderou o time na parte ofensiva, assumiu o papel de líder do jovem elenco e foi merecidamente convocado para o Jogo das Estrelas pela primeira vez.

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– Evolução de outras peças da equipe. Sim, Thomas foi o grande destaque do time, mas outros jogadores também aumentaram o nível de seus jogos e foram importantíssimos para a boa campanha. Avery Bradley se mostrou mais útil na parte ofensiva, além de sua já conhecida defesa de altíssimo nível, Jae Crowder conquistou a titularidade e também viveu seu melhor ano na NBA. Outros jogadores como Evan Turner e Kelly Olynyk fizeram suas partes entre os reservas.

– O perímetro da equipe foi muito bem na parte defensiva, muito em função da presença de Bradley, Crowder e Marcus Smart. O time foi o segundo que mais forçou erros ofensivos dos adversários, com 9.2 roubos de bola por jogo.

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– O Celtics foi uma das melhores equipes defensivas da temporada, sendo a quarta em defensive rating, levando apenas 100.9 pontos a cada 100 posses de bola, mas também conseguiu bons números no ataque. Apesar das limitações em alguns setores e de não possuir um bom aproveitamento nos arremessos, o time terminou com a quinta maior média de pontos da temporada, com 105.7.

Pontos Negativos

– Os arremessos de três foram um problema para a equipe. Se, na NBA atual, possuir um bom aproveitamento nos chutes de três é essencial, imagine para uma equipe cujo esquema utiliza o tipo de arremesso em grande quantidade. O Celtics foi uma das equipes que mais arremessaram de longa distância, porém, o aproveitamento foi de apenas 33%.

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– Garrafão. Nos últimos anos, a equipe sempre teve problemas na área pintada e nessa temporada não foi diferente. A ausência de um rim protector foi o principal problema, já que no ataque, as peças do elenco conseguiam contribuir de forma mais eficaz, na medida do possível. Já no lado defensivo, Amir Johnson foi o único a se apresentar com mais regularidade.

– Decepção com algumas peças jovens do elenco. R.J Hunter foi para a NBA após três anos na NCAA com a característica de ser um arremessador confiável, mas pouco produziu e ficou de fora da rotação por muitos jogos. James Young está em seu segundo ano na liga e até agora não mostrou absolutamente nada. Tudo bem, o jogador ainda é jovem, mas seu impacto na equipe é inexistente e quando recebe a chance, se mostra perdido nos dois lados da quadra. Pode, inclusive, ser cortado do elenco da próxima temporada.

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Análise

O Boston Celtics surpreendeu positivamente mais uma vez. Se na última temporada, a classificação do time para os playoffs não era esperada, dessa vez foi a terceira melhor campanha da conferência Leste que não pôde ser prevista por todos. Brad Stevens fez um ótimo trabalho com as peças disponíveis e montou um sistema muito bem trabalhado, com uma equipe que atua com muita velocidade -como a NBA atual pede- e com grande capacidade defensiva. 

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O recorde de 48 vitórias em uma conferência Leste totalmente diferente dos últimos anos, com disputas acirradas pelas vagas para os playoffs, prova que a temporada regular da equipe, com o elenco que possuía, foi muito boa. A ótima temporada de Thomas e a importantíssima contribuição de jogadores como Crowder, Bradley e Evan Turner foram essenciais para a boa campanha. Se compararmos a equipe de 2014-15 com a da última temporada, é possível encontrar sinais de evolução em diversas áreas e é isso que se espera de um time em busca de uma nova identidade.

Com a classificação aos playoffs, pode-se destacar o fato de que a equipe segue no caminho certo, evoluiu e garantiu presença na pós-temporada mais uma vez, pois em termos de resultado, não há muitos pontos positivos a serem expostos. A equipe, sem Avery Bradley, lesionado, atuou com a mesma energia da temporada regular, mas pareceu nervosa em alguns momentos, talvez pela falta de experiência de grande parte do elenco nesta fase. O Hawks atuou com mais tranquilidade e venceu a série por 4 a 2.

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Futuro

Já não se pode tratar o Celtics como uma surpresa. A equipe é uma realidade e está entre as melhores do Leste, que tem tudo para ser ainda mais disputado na próxima temporada. A aquisição do pivô Al Horford foi o ponto alto da offseason da equipe, que também fez parte da lista de possíveis destinos de Kevin Durant. O jogador ex-Hawks era pretendido por diversas equipes, mas optou pelo Celtics devido ao projeto apresentado à ele.

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Horford vem para ser o defensor de garrafão que a equipe tanto precisou ao longo das últimas temporadas. Mais do que isso, o pivô também sabe contribuir no ataque, vem desenvolvendo um arremesso de três pontos e é um dos jogadores mais inteligentes da posição. Não, ele não é um candidato a MVP que possui médias extraordinárias, mas seu estilo de jogo e personalidade se encaixam perfeitamente no esquema de Brad Stevens.

A perda de Evan Turner será sentida e o time precisará da evolução de Marcus Smart no ataque, além de Terry Rozier, que fez uma ótima Liga de Verão. Jaylen Brown, selecionado com a terceira escolha do último draft, será o substituto do titular Jae Crowder, o que será bom para o jovem, que terá tempo para se acostumar com o ritmo da NBA sem tanta pressa, já que ainda precisa ter seu jogo trabalhado.

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O Celtics parece pronto para mais uma grande campanha. A ausência de Turner é um possível problema que pode atrapalhar o time, mas que pode ser reparado com a utilização de outro jogador na organização de jogadas a partir do banco, como os já citados Smart e Rozier. E mesmo que nenhum dos dois consiga contribuir nesse sentido, isso não seria um problema grande o suficiente para destruir tudo que a equipe tem construído. A adição de Horford melhora um dos pontos fracos do elenco e garante um quinteto titular mais sólido para a próxima temporada.

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