Fonte: Michael J. Lebretch / AFPO Indiana Pacers é uma das franquias da liga que nunca foram campeãs. Mais do que isso, o time só chegou às finais uma vez em quase cinco décadas de história. Mas vive um momento de ascensão no último ano. A equipe adquiriu o astro Pascal Siakam e, além disso, teria uma vaga direta nos playoffs hoje. Para Reggie Miller, sob o comando de Tyrese Haliburton, o Pacers caminha para disputar o título da NBA em breve.
“Tyrese é um jogador que une as pessoas, antes de tudo. Fecha times em quadra. Veja os seus jogos e note como nunca é sobre ele, pois tudo gira em torno do grupo. Ele só pensa no que é necessário para ganhar. Eu realmente acho que ele está mais feliz em vencer com uma atuação de 24 assistências do que perder marcando uns 40 pontos”, elogiou o veterano. A declaração aconteceu em entrevista ao site oficial da liga.
Haliburton, realmente, é um destaque ao analisarmos eficiência ofensiva e criação para o time. Para começar, ele lidera a liga com 11,7 assistências por partida. É o único atleta da liga a ter média de duplo-duplo com passes decisivos enquanto acerta 40% dos seus arremessos de três pontos. Assim, o armador potencializa todos ao seu redor e comanda um ataque que produz mais de 120 pontos por 100 posses.
“Os companheiros olham para Tyrese como se olha para LeBron James. Como se fosse Nikola Jokic ou Giannis Antetokounmpo, por exemplo. Sentem que é possível fazer tudo se estiverem ao lado dele. Dá para ver, além disso, pelo comportamento de todos em quadra. Por isso, eu acredito que ele pode carregar Indiana até um título da NBA”, cravou o integrante do Hall da Fama.
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Relação especial
Miller foi o líder da única equipe anterior do Pacers que chegou às finais da NBA. Mas a temporada 1999-2000 representou apenas o auge da trajetória do ex-ala-armador em Indiana. Afinal, ele disputou as suas 18 temporadas e quase 1400 jogos na liga com o time. Virou, com isso, o maior jogador da história da franquia. Essas memórias fazem ser impossível não sentir algo especial sempre que está em Indianápolis.
“A coisa mais legal de viver em meus 18 anos em Indiana, certamente, era os playoffs. Eu deixava a minha casa e havia crianças com cartazes, posteres pelas ruas. Ficavam o dia inteiro pensando no que escrever para que pudessem nos apoiar. Então, quando eu falo no senso de família e comunidade, é algo que sempre senti enquanto estive aqui. Ficou no meu coração”, lembrou o hoje comentarista.
Agora, ele vê Haliburton caminhar para construir uma história semelhante no Pacers. E torce por isso, pois sabe que Indiana está pronta para abraçar o jogador. “Essa cidade sempre jogou com a gente. Nós demos risadas juntos, mas choramos também. Isso é o que amo nos 18 anos em que joguei aqui. E, por isso, é sempre divertido voltar aqui e reviver essa sensação. Jogue duro e esse povo vai ‘adotá-lo’”, completou.
All-Star Game
Miller reencontrou os torcedores do Indiana nos últimos dias por causa do Jogo das Estrelas. E, apesar de ainda não ter um título da NBA pelo Pacers, Tyrese Haliburton foi um dos destaques do fim de semana. Chegou perto, por exemplo, de ser MVP da partida festiva. Para o ex-jogador, no entanto, o que mais marcou na experiência foi lembrar da sua situação quando foi all-star pela primeira vez.
“Lembro de entrar no vestiário em meu primeiro Jogo das Estrelas e ver todos os astros lá. Larry Bird, Isiah Thomas, Michael Jordan, Patrick Ewing, Charles Barkley… Eu só conseguia me perguntar o que estava fazendo ali. Não olhei nos olhos de ninguém, pois não conseguia acreditar. Tenho certeza de que muitos desses garotos sentem-se assim quando veem LeBron no vestiário”, finalizou o icônico craque.
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