Detroit Pistons
Campanha em 2015-16: 44-38, 8° colocado na conferência Leste
Playoffs: eliminado na primeira rodada pelo Cleveland Cavaliers em quatro partidas
Técnico: Stan Van Gundy (terceira temporada)
GM: Jeff Bower ( terceira temporada)
Destaques: Andre Drummond, Reggie Jackson
Time-base: Reggie Jackson-Kentavious Caldwell-Pope-Marcus Morris-Tobias Harris-Andre Drummond
Elenco
1 – Reggie Jackson, armador
14 – Ish Smith, armador
36 – Ray McCallum, armador
5 – Kentavious Caldwell-Pope, ala-armador
25 – Reggie Bullock, ala-armador
17 – Lorenzo Brown, ala-armador
6 – Darrun Hilliard, ala-armador
13 – Marcus Morris, ala
34 – Tobias Harris, ala
3 – Stanley Johnson, ala
9 – Michael Gbinije, ala
8 – Henry Ellenson, ala-pivô
30 – Jon Leuer, ala-pivô
0 – Andre Drummond, pivô
12 – Aron Baynes, pivô
51 – Boban Marjanovic, pivô
Quem chegou: Henry Ellenson, Jon Leuer, Boban Marjanovic, Ish Smith e Michael Gbinije
Quem saiu: Jodie Meeks, Anthony Tolliver, Steve Blake, Cameron Bairstow e Joel Anthony
Revisão
O Pistons finalmente se recuperou do período de desorganização que cercava a franquia durante os últimos anos. Stan Van Gundy chegou e começou a realizar as mudanças necessárias para implantar a sua filosofia de jogo. Os resultados não foram imediatos, mas começaram a aparecer na última campanha.
Já com um elenco que começou a ter as características que o técnico procura, o Pistons deu o primeiro grande passo da era Van Gundy em 2015-16. Tendo Andre Drummond como destaque e peça principal do elenco e do esquema, a equipe subiu de nível e voltou aos playoffs. O pivô liderou a liga em média de rebotes e mostrou a evolução que os torcedores procuram, ainda que não tenha atingido tudo que se é esperado em seu potencial. Reggie Jackson foi outro destaque da campanha e conseguiu bons números em sua primeira temporada completa em Detroit. Além da dupla, outros atletas como Marcus Morris e Kentavious Caldwell-Pope foram muito importantes.
O curioso fato de todos os jogadores essenciais serem titulares não é por acaso, uma vez que o banco de reservas da equipe obteve um desempenho desastroso. A maioria dos jogadores da segunda unidade não conseguiu render como o esperado e forçaram Van Gundy a utilizar os titulares por mais tempo do que o desejado. Stanley Johnson é a exceção do grupo, já que ainda não estava pronto para contribuir em alto nível e mesmo assim, somou bons jogos.
O perímetro
Reggie Jackson será a referência no perímetro de Detroit e isso é uma notícia boa e ruim. Boa porque o armador já está acostumado com o time e o esquema e tem tudo para seguir progredindo e ruim porque o tratamento de uma lesão o deixará afastado do início da campanha, onde o Pistons enfrentará equipes fortes. Com a ausência, Ish Smith deve assumir a armação. O jogador foi contratado após bom ano no Philadelphia 76ers.
O ala-armador titular será mais uma vez Kentavious Caldwell-Pope, que atuou bem na última campanha e possui tempo para evoluir ainda mais. O jovem rendeu bem defensivamente e contribuiu no ataque, apesar de estar devendo uma melhora no aproveitamento dos arremessos. Caldwell-Pope atua por muitos minutos, mas entre as opções para substituí-lo estão Reggie Bullock, Darrun Hilliard e Stanley Johnson, que também pode atuar na posição.
Marcus Morris surpreendeu a todos na última temporada e obteve um rendimento maior do que o esperado, contribuindo bem no ataque, com média de 14.0 pontos. O jogador ainda pode se movimentar entre a posição de ala e ala-pivô, graças à versatilidade de Tobias Harris.
O reserva da posição é um jogador jovem e promissor. Stanley Johnson não estava pronto na última campanha, mas conseguiu mostrar flashes do que pode ser na liga e se mostrou maduro para a sua idade, algo muito bom no desenvolvimento de um novato.
O garrafão
O titular na posição 4 será Tobias Harris. O jogador foi adquirido no último dia de transferências de 2015-16 e conseguiu se adaptar rapidamente ao novo time, conseguindo ajudar principalmente no ataque. Harris ainda é jovem e pode melhorar seu desempenho ainda mais, além de estar sob contrato pelos próximos anos, o que garante uma preocupação a menos para a franquia.
Na segunda unidade, Jon Leuer deve receber chances, muito pela sua característica de ser um bom arremessador (com 37% de aproveitamento nos arremessos de três pontos na carreira), algo sempre bem vindo no esquema de Van Gundy. Além dele, o novato Henry Ellenson também é opção e deve ser testado aos poucos.
Andre Drummond é o dono da posição de pivô titular e não é exagero dizer que ele faz o time funcionar, já que a equipe o tem como peça principal do esquema. Após duas temporadas com números praticamente idênticos, o pivô demonstrou a evolução esperada na última campanha e foi um dos destaques da posição, sendo recompensado com sua primeira convocação para o Jogo das Estrelas. Para substituí-lo, a equipe se reforçou com o gigante ex-Spurs Boban Marjanovic, que deve brigar por minutos com Aron Baynes.
https://www.youtube.com/watch?v=gi4tgVoN72Y
Análise geral
O Pistons parece livre dos momentos ruins e voltou aos trilhos. Com a “limpeza” feita por Van Gundy, a franquia voltou a ter perspectiva e, agora que uma base já foi estabelecida, o plano gira em torno da evolução dos jogadores -tanto no esquema quanto individualmente- e da eventual busca por upgrades através de reforços.
A equipe possui muitos atletas jovens que ainda podem evoluir. Além dos casos óbvios de Reggie Jackson e Drummond, outras peças como Tobias Harris, Caldwell-Pope e Stanley Johnson ainda possuem espaço para melhorar durante a próxima campanha. Johnson, aliás, é o mais jovem dos citados e possui potencial para se tornar um grande jogador em quadra e também um líder do elenco fora dela.
Van Gundy chegou em Detroit com o objetivo de montar uma equipe em volta de Drummond, fazendo algo parecido com o Orlando Magic de Dwight Howard, do qual foi técnico. O plano vem tomando forma e junto a isso, o pivô vem subindo de produção e já é considerado um dos grandes jogadores da posição, mesmo não estando em seu auge e possuindo tempo para melhorar, tanto no ataque quanto na defesa ( e nos lances-livres, por favor).
Para esta temporada, a franquia se concentrou em melhorar o banco de reservas, que foi, talvez, o seu ponto mais fraco na última campanha. Analisando pelos nomes, é de se esperar um rendimento maior da segunda unidade, que não deve forçar os titulares a atuarem por muitos excessivos, diminuindo a chance de lesões.
E por falar em lesões, a pré-temporada já se iniciou com a péssima notícia do problema físico de Reggie Jackson, que deve perder um bom número de jogos no início da campanha. O armador é muito importante para o time e sua ausência será sentida. Resta aos torcedores, confiarem em Ish Smith para liderar a organização das jogadas.
De qualquer forma, a equipe parece ter boas chances de ir aos playoffs pela segunda vez. Em uma conferência com disputas cada vez mais acirradas, algumas equipes podem acabar suas campanhas com recordes muito parecidos ou até iguais – como aconteceu em 2015-16 – e muitas delas possuem níveis muito parecidos. O Pistons deve estar entre os oito melhores do Leste ao fim da temporada regular.
Previsão: sétimo lugar na conferência Leste