Conferência Leste: Cleveland Cavaliers (2º) x (3º) Toronto Raptors
Confrontos na temporada: Cavaliers 3 X 1 Raptors
28 OUT – Cavaliers 94 x 91 Raptors
15 NOV – Raptors 117 x 121 Cavaliers
05 DEZ – Cavaliers 116 x 112 Raptors
12 ABR – Raptors 98 X 83 Cavaliers
Datas do confronto
01-05: Raptors x Cavaliers – 20h00 (em Cleveland)
03-05: Raptors x Cavaliers – 20h00 (em Cleveland)
05-05: Cavaliers x Raptors – 20h00 (em Toronto)
07-05: Cavaliers x Raptors – 16h30 (em Toronto)
09-05: Raptors x Cavaliers – Horário a ser definido (em Cleveland)*
11-05: Cavaliers x Raptors – Horário a ser definido (em Toronto)*
14-05: Raptors x Cavaliers – Horário a ser definido (em Cleveland)*
* Se necessário
Horários de Brasília
Cleveland Cavaliers (51-31)
Maior sequência de vitórias: seis (entre 25 de outubro e 5 de novembro)
Maior sequência de derrotas: quatro (entre 7 e 12 de abril)
Time-base
Kyrie Irving (PG)
J.R. Smith (SG)
LeBron James (SF)
Kevin Love (PF)
Tristan Thompson (C)
Reservas com mais tempo de quadra
Iman Shumpert (SG)
Deron Williams (PG)
Channing Frye (C/PF)
Kyle Korver (SF/SG)
Richard Jefferson (SF)
Técnico: Tyronn Lue
Líderes (temporada regular)
Pontos: LeBron James (26.4)
Rebotes: Kevin Love (11.1)
Assistências: LeBron James (8.7)
Roubos de bola: LeBron James (1.2)
Bloqueios: Tristan Thompson (1.1)
Líderes (playoffs)
Pontos: LeBron James (32.8)
Rebotes: Tristan Thompson (11.0)
Assistências: LeBron James (9.0)
Roubos de bola: LeBron James (3.0)
Bloqueios: LeBron James (2.0)
https://www.youtube.com/watch?v=DJuIR1_srtA
Toronto Raptors (51-31)
Maior sequência de vitórias: seis (entre 23 de novembro e 03 de dezembro; entre 17 e 27 de março)
Maior sequência de derrotas: cinco (entre 18 e 25 de janeiro)
Time-base
Kyle Lowry (PG)
DeMar DeRozan (SG)
DeMarre Carroll (SF)
Serge Ibaka (PF)
Jonas Valanciunas (C)
Reservas com mais tempo de quadra
Norman Powell (SG)
Cory Joseph (PG)
P.J. Tucker (SF)
Patrick Patterson (PF)
Técnico: Dwane Casey
Líderes (temporada regular)
Pontos: DeMar DeRozan (27.3)
Rebotes: Jonas Valanciunas (9.5)
Assistências: Kyle Lowry (7.0)
Roubos de bola: Kyle Lowry (1.5)
Bloqueios: Lucas “Bebê” Nogueira (1.6)
Líderes (playoffs)
Pontos: DeMar DeRozan (23.5)
Rebotes: Serge Ibaka (8.3)
Assistências: Kyle Lowry (5.2)
Roubos de bola: Kyle Lowry (1.8)
Bloqueios: Serge Ibaka (2.3)
Análise do confronto
Inicialmente, é difícil analisar perspectivas para a reedição das finais de conferência do ano passado. Os quatro jogos realizados entre Raptors e Cavaliers na campanha regular pouco servem como indicativos: as três primeiras aconteceram no início da temporada e acabaram decididas por quatro pontos ou menos, enquanto a última é comprometida porque os campeões decidiram poupar seus três astros. Esses times ainda não ficaram frente a frente com seus elencos reforçados ao longo do ano.
Os canadenses passaram pelo Bucks, na primeira rodada dos playoffs, apoiados em uma estratégia de congestionamento do garrafão e rapidez na transição defensiva que envolveu a substituição do pivô Jonas Valanciunas pelo ala Norman Powell no quinteto titular. A mudança promovida pelo técnico Dwane Casey não só mostrou ousadia e criatividade, mas também foi uma prova de versatilidade do reforçado elenco de Toronto. Dito isso, esse plano não deverá funcionar contra o Cavs.
Congestionar o garrafão é muito mais arriscado (e improdutivo) contra o Cavaliers, pois o elenco tem um grupo bem mais capacitado de arremessadores para rodear LeBron James e Kyrie Irving. Os campeões não vão se incomodar com a eventual desaceleração do ritmo dos jogos também, já que até preferem atuar com média menor de posses por partida. Além disso, os comandados de Tyronn Lue sabem explorar formações mais baixas nos rebotes ofensivos – como se cansaram de expor nos dois últimos playoffs.
Esse último ponto é importante porque as formações mais baixas, especialmente com dois armadores, são uma característica forte da rotação do Raptors. Seriam particularmente importantes para que o time tenha versatilidade na marcação de Kyrie Irving – basicamente, não “canse” unicamente Kyle Lowry na tarefa – e da movimentação rápida de bola que caracteriza a ofensiva de Ohio. Sofrer potencialmente nos rebotes é um preço válido a pagar para ter essas vantagens?
Além de Irving, um dilema que qualquer elenco encara contra o Cavaliers é quem marca LeBron. Quem pode marcar o melhor jogador do mundo? Os canadenses ainda não têm uma resposta para isso: o astro teve médias de 27.7 pontos, 8.3 rebotes e 9.7 assistências, com 51% de conversão nos tiros de quadra, nos três confrontos diretos desta temporada. Mas, aparentemente, Toronto estará mais preparado para esse (inglório) desafio agora.
LeBron ainda não enfrentou o Raptors desde as chegadas de P.J. Tucker (defensor individual físico, forte) e Serge Ibaka (trocas de marcação e proteção de aro), que se somam a DeMarre Carroll e Patrick Patterson como alternativas para encarar a grande referência do adversário. Quando não se tem resposta para uma pergunta, o melhor que você pode possuir são opções – e o elenco de Casey parece ter mais variações do que qualquer outro time do Leste.
O caminho para os canadenses chocarem o mundo está na fraquíssima defesa de pick-and-roll do Cavaliers. Embora tenham “varrido” o Pacers, os atuais campeões cederam 1.08 pontos por posse aos ballhandlers de Indiana em tais situações – a pior marca entre todas as 16 equipes da primeira fase dos playoffs. E, agora, eles apenas vão enfrentar o time que mais pontuou via P&Rs na última temporada e que reúne dois dos melhores infiltradores da NBA em Lowry e DeMar DeRozan.
Salvo uma grande evolução defensiva repentina, a tendência é que ambos tenham caminho livre para atacar a cesta no primeiro bloqueio bem-sucedido na bola – e sem os defensores altos, de braços longos, por todos os lados para incomodá-los como contra o Bucks – e só precisem atentar à maior permissividade de contato das arbitragens nos playoffs para não se prenderem a excessivas tentativas de cavarem faltas e lances livres.
Isso é um trunfo importante porque, se Lowry e DeRozan tiverem sucesso dessa forma, o Cavaliers ficaria quase obrigado a manter um protetor de aro em quadra pela maior parte da partida (Tristan Thompson) e complicaria o uso das formações com Channing Frye como pivô, por exemplo – o que vem se revelando totalmente imarcável, pergunte ao Pacers no terceiro jogo da série anterior. Valanciunas teria melhores condições para atuar assim também.
Analistas consideram que o Raptors possui o elenco mais bem montado para tentar parar o Cavaliers no Leste. E, provavelmente, eles estão certos: possuem opções para marcar LeBron, variados jogadores que permitem ajustes a diversas situações e a experiência de ter disputado a decisão do Leste da última temporada. Mas será que isso é o bastante para derrubar um favorito tão destacado? Que tem o melhor jogador do mundo, também possui elenco farto em alternativas e o know how de campeão? Em uma palavra, improvável.
Palpite: Cavaliers em seis jogos.