Fonte: Jesse D. Garrabrant/AFPO Phoenix Mercury está de olho na próxima temporada da WNBA e já iniciou sua busca por melhores dias indo atrás de Nate Tibbetts, assistente técnico do Orlando Magic. Com isso, ele se tornará o treinador mais bem pago da liga feminina, passando Becky Hammon, do Las Vegas Aces, que atualmente recebe US$1 milhão por mês. As informações foram dadas por Adrian Wojnarowski, analista da ESPN.
De acordo com Woj, o Mercury demitiu Vanessa Nygaard após um início de duas vitórias e dez derrotas. Assim, promoveu a assistente e ex-jogadora da WNBA, Nikki Blue, ao cargo de interino pelo resto da temporada. No entanto, para uma nova disputa em 2024, a equipe resolveu apostar em um técnico que tem uma boa carreira na liga masculina.
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O curioso dessa contratação é que, após um ano desapontador na WNBA, a equipe de Phoenix conseguiu atrair Nick U’Ren para ser seu novo gerente geral. U’Ren ficou no Golden State Warriors por sete anos, sendo três como gerente de operações, antes de se juntar ao time feminino em julho de 2023. O “poderio” vem de Mat Ishbia, proprietário do Mercury e do Phoenix Suns, que já gastou mais de US$100 milhões em investimentos nas duas equipes.
Carreira na NBA
Nate Tibbetts começou sua carreira como assistente técnico do Sioux Falls Skyforce, afiliado do Miami Heat, entre 2005 e 2007. Depois, entre 2007 e 2009, ele se tornou o treinador principal do time. Em 2009, então, ele treinou o Tulsa 66ers, time afiliado do Oklahoma City Thunder, hoje chamado de Oklahoma City Blue, de 2009 a 2011.
Ele é também um dos assistentes técnicos mais longevos da NBA. Desde 2011 na liga, ele trabalhou no Cleveland Cavaliers com Byron Scott entre 2011 e 2013, e no Portland Trail Blazers com Terry Stotts entre 2013 e 2021. Esta seria sua terceira temporada no Magic como assistente de Jamahl Mosley, pois faz parte da comissão técnica desde 2021.
2023 do Mercury
Vanessa Nygaard foi demitida após um 97 a 74 para o Seattle Storm. Naquele momento, o Phoenix Mercury já estava com recorde negativo, tendo terminado a competição com nove vitórias e assustadoras 31 derrotas, caracterizando o pior desempenho da WNBA. Para 2024, porém, a ideia é voltar a disputar playoffs e, consequentemente, voltas às finais, como bem aconteceu em 2021 com Sandy Brondello como treinadora, a qual atualmente disputa o título treinando o New York Liberty.
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Opinião
Desde que a notícia foi dada, muito se fala sobre o preconceito enfrentado não só por mulheres no meio esportivo, como também por mulheres negras. Nikki Blue foi promovida e fez das tripas coração para manter o Phoenix Mercury minimamente estável para uma próxima temporada. Seu recorde com a equipe foi de sete vitórias e 21 derrotas, enquanto a antiga treinadora, que não teve sequência, teve duas vitórias e dez derrotas. Os números são ruins, mas não devem ser o ponto alto da discussão de quem deve comandar ou não um time na WNBA.
Se na NBA são precisos mais de 40 jogos para definir se um treinador é bom ou não, por que na liga feminina 12 jogos seriam suficientes? Sem contar que, contratando um homem branco que tem histórico treinando homens que vai chegar na liga feminina ganhando mais do que outras treinadoras ou treinadores com experiência no esporte feminino, você acaba por expandir a visão de que tem algo errado socialmente, com as mulheres e mulheres negras sendo deixadas de lado para ver pessoas brancas assumindo o papel que elas poderiam fazer.
Ninguém sabe se o antigo técnico do Magic fará um bom trabalho no Phoenix Mercury, mas a reflexão, principalmente sobre a questão salarial, deve ser explorada em uma liga que busca sempre a inclusão e diversidade.
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