Fonte: Marcos Limonti / SFBAfinal, você gosta de NBA ou de basquete? Se a resposta for favorável apenas ao esporte praticado nos Estados Unidos, obrigado, mas esse texto não é para você. Ou melhor, é sim. Para de ser hater e fã apenas da “melhor liga do mundo”. O basquete brasileiro é bom, sim, e você tem que provar o NBB.
Claro, não estou aqui para dizer que a NBA não pode ou deve ser vista. Quem sou eu, que ganho meu pão trabalhando com isso, para dizer? Mas, poxa, dê uma chance para o basquete brasileiro, para o NBB, para o que temos mais próximos de nós. Mas, não. Não espere encontrar a mesma coisa que você assiste nos EUA.
É outro esporte, sim. Mas, é legal. Se você já tirou um tempo da sua vida para acompanhar Olimpíadas e viu outras seleções de basquete, sem ser a americana, você já provou o gostinho do que é praticado no basquete FIBA.
Menos acrobacias, menos showtime, menos velocidade. Ok. Mas, há outros aspectos do jogo que são valorizados. Aspectos táticos, técnicos e, claro, competitivos. Quantas vezes já ouvimos falar sobre a defesa da NBA? No NBB, por exemplo, vemos muito mais defesa, em muitas ocasiões, do que na terra do Tio Sam.
Calma, eu não estou dizendo que o Alex Garcia é melhor defensor do que o Rudy Gobert. Mas poderia. No entanto, é outra forma de se jogar basquete.
E, acredite. Quando você pega gosto, é muito bom de acompanhar. Principalmente, se você escolher um time para chamar de seu. Vai dizer que já não fez isso com alguma franquia da NBA?
Ora, não faltam opções. De que região do Brasil você é? Tem time de futebol?
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Na última temporada do NBB, tivemos 19 times competindo. De quase todas as regiões do país. Destes, aliás, seis são equipes tradicionais do futebol: Botafogo, Corinthians, Flamengo, Fortaleza, São Paulo e Vasco.
Pronto. Já é um caminho. Se não, são oito estados diferentes representados. Escolha o seu time e vá ser feliz.
Além disso, já provou assistir a um jogo do basquete brasileiro, seja do NBB ou de outra liga, in loco? Baita programa legal. Posso te garantir. Acompanhar uma partida nos ginásios é uma experiência diferente. De novo: não espere encontrar a megaestrutura vista nos EUA. Mas espere encontrar um ambiente acolhedor para esse esporte que você diz gostar.
A realidade salarial é outra. A estrutura é outra. O formato é outro. Mas, a vontade de vencer, de torcer e de jogar o jogo é movida por uma coisa em comum: a paixão pelo basquete.
Valorize os atletas brasileiros. Não é papo de patriota ou de coach motivacional. O que esses caras ralam para chegar lá, com pouquíssimo apoio e estrutura, é admirável.
Além disso, se você é daqueles que gosta de ver jogos da seleção, poderá ficar mais por dentro de quem está nos representando. Sabe quando aparece aquele brasileiro no Draft da NBA? Então, você já pode conhecê-lo antes que ele atravesse a América em busca de um sonho.
Não vem que não tem
Inclusive, deixo o recado: tivemos uma grande série semifinal entre Franca e Minas. No Brasil, a fase decisiva é decidida em melhor de cinco jogos (segura a crítica). O time do interior paulista, que é o atual campeão, se classificou apenas no Jogo 5. Todas as partidas foram muito legais de acompanhar. Muita disposição, variações táticas e energia.
Na outra semifinal, o cenário foi um pouco diferente. O Flamengo, que é o maior vencedor do NBB, atropelou o Bauru por 3 a 0 (segura sua crítica de novo).
“Tá vendo, que graça tem?”. Calma, calabreso. Acabamos de ver um 4 a 0 do Boston Celtics contra o Indiana Pacers. Você reclamou?
“Ah, mas foram jogos legais, competitivos”. Sim, é o mínimo que a gente espera de uma final de conferência da liga mais rica, badalada e estruturada do mundo.
Faz o seguinte: começa dando uma olhada nos melhores momentos. Também é possível, por exemplo, escolher um Top 10 jogadas. No YouTube do NBB tem aos montes. Dá uma olhada. Aproveita que a temporada da NBA está acabando e você vai ficar com abstinência de basquete.
Mas, de novo: vá preparado para encontrar um basquete diferente desse que você se acostumou.
E ok você não querer ser um fã do NBB, mas ao menos não seja um hater.
“Quem liga para isso?”, já ouvi dizer. “Isso nem é basquete”.
Bom, eu te garanto. É basquete, sim. E é legal demais.
E fica a dica: Flamengo e Franca fazem as finais do NBB a partir do sábado, dia 1 de junho. Pode ser a chance de você dar uma chance.
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