Não é fácil achar um calouro que chegue efetivamente pronto para jogar na NBA. A adaptação de um jovem jogador ao mais alto nível competitivo, afinal, sempre vai ser um desafio. Por isso, um novato que impacta um time como Paolo Banchero faz no Orlando Magic é raro. Os próprios companheiros de elenco do ala-pivô, por exemplo, reconhecem que são testemunhas de um início de carreira especial.
“Esse garoto não é um novato normal. Não é, certamente, um cara comum. A sua fome no dia-a-dia é impressionante, pois tem um desejo enorme ser ótimo. Está disposto a aprender e, acima de tudo, ser treinado. Ele só tem 20 anos e precisa absorver as coisas enquanto os jogos não param. Nunca vi alguém chegar nessa liga tão focado e maduro. É especial”, afirmou o ala-armador Gary Harris.
Banchero tornou-se uma referência imediata para um Magic atrás de pontuadores. Igualou um feito histórico ao marcar 20 pontos, por exemplo, nas seis primeiras partidas na NBA. Ele registra, por enquanto, médias de 20,5 pontos, 6,3 rebotes e 3,7 assistências como calouro. Para o ala-armador Terrence Ross, o prodígio tem uma compreensão diferente do jogo e do que o time de Orlando precisa.
“Paolo entende o basquete, antes de tudo. Ele já compreendeu que a nossa equipe cresce quanto mais ataca a cesta. Sabe, além disso, o peso de ser uma primeira escolha de draft. Mas, ao mesmo tempo, é muito calmo quando está em quadra. Não tenho nada além disso a dizer, realmente. Não tenho nada de negativo para falar, pois ele é um garoto sensacional”, elogiou o veterano.
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Limite
A temporada de um novato, no entanto, não costuma ser uma trajetória das mais constantes. Mesmo os jogadores mais prontos vivem altos e baixos durante a sua campanha de estreia na liga. Podem ser os melhores, mas ainda são calouros. Os analistas dizem ser impossível evitar o ‘teto de calouro’, aquele período em que as atuações “travam” ou oscilam para baixo. Banchero crê já ter passado por isso.
“As pessoas sempre falavam para preparar-me para uma queda de produção ali no meio da temporada. Chamam de ‘teto de calouro’, né? Mas sinto que já passei por isso. Senti que o meu corpo e cabeça estavam muito cansados antes da virada do ano. Tive alguns jogos difíceis, arremessei mal e, acima de tudo, não me sentia muito explosivo”, contou o talentoso ala-pivô.
Então, como o calouro conseguiu superar esse momento de fadiga física e mental? Vivendo cada jogo de uma vez, sem pressa. “Tento manter o foco de partida para partida, em síntese. Afinal, não dá para jogar sempre bem. Você não vai fazer 25 pontos todas as noites. Um dos pontos importantes dessa liga é saber seguir em frente depois de uma atuação ruim”, justificou o atleta.
Elogios de fora
E não é só dentro dos muros do Magic que Paolo Banchero acumula vastos elogios por sua temporada de novato. Aliás, longe disso. A cada partida, um novo técnico adversário exalta o primeiro escolhido do último draft. Steve Kerr e Erik Spoelstra, por exemplo, já falaram extremamente bem do jovem. Outro treinador que ficou impressionado depois do duelo contra Orlando foi Darvin Ham.
“Esse garoto, Paolo, vai ser um jogador grande nessa liga. Ele já está jogando em alto nível, para começar. Ou seja, chegou preparado para enfrentar esse patamar de competição. E, quanto melhor ficar, mais perigoso vai ser para todos os outros times dessa liga. O menino, certamente, vai ser um perigo para o resto da NBA”, avisou o comandante do Los Angeles Lakers.
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