A offseason do Los Angeles Lakers foi tudo isso mesmo?

Equipe do site e convidados analisam as muito elogiadas movimentações da equipe angelina na agência livre

offseason Los Angeles Lakers Fonte: Andrew D. Bernstein / AFP

O torcedor do Los Angeles Lakers está em pura êxtase com as movimentações da offseason. E, certamente, tem bons motivos para isso. Depois das mudanças na temporada passada, o time saiu da briga por vaga no play-in para ser finalista do Oeste. Agora, os angelinos conseguiram manter os seus principais agentes livres, enquanto trouxeram reforços inesperados.

Os jovens Austin Reaves e Rui Hachimura vão seguir na equipe com contratos considerados bastante razoáveis. E, ao mesmo tempo, o time conseguiu reforços inesperados como Gabe Vincent e Christian Wood. E, aliás, tudo isso foi feito mesmo com recursos bem limitados.

Por isso, muita gente já definiu quem é o melhor dirigente da próxima temporada. Mas será que é para tudo isso mesmo? Todos os reforços são tão bons assim? Além disso, manter o núcleo que surpreendeu nos playoffs já é o bastante para recolocar os californianos no topo?

Publicidade

Convocamos a equipe do Jumper Brasil e o convidado Ricardo Romanelli, consultor do site e torcedor da franquia, para analisar a campanha. Dá para dizer que o Los Angeles Lakers “quebrou a banca” mesmo nessa offseason? É o que nós vamos discutir agora…

 

1. Para começar, como você define a offseason e agência livre do Los Angeles Lakers?

Vinicius Donato: foram bons períodos. Quando você leva em conta, em particular, as limitações de investimento devido ao teto salarial. Conseguiram manter o núcleo do elenco intacto e, ao mesmo tempo, realizam adições estratégicas.

Publicidade

Ricardo Stabolito Jr: boa. O Lakers trabalhava com recursos bem limitados, mas fez contratações. Tinha agentes livres visados no mercado, sobretudo, e conseguiu manter quem queria. Bom. Mas, pelos elogios por aí, até parece que Rob Pelinka montou o Dream Team III.

Ricardo Romanelli: boa. O Lakers evitou movimentos bruscos, como adquirir um Kyrie Irving, e manteve a base que chegou às finais do Oeste. Trouxe jogadores desejados no mercado e, ao mesmo tempo, manteve os próprios agentes livres a um bom preço. Parece que a equipe recuperou o seu poder de atratividade.

Publicidade

Victor Linjardi: muito boa, especialmente comparada aos adversários. Melhorou na trade deadline passada e, agora, trouxe reforços para a sua segunda unidade. Tornou-se, portanto, um time bem mais competitivo mesmo com os reservas em quadra.

Gustavo Freitas: muito boa. Não conseguiu Kyrie Irving, embora fosse um sonho distante. A franquia, no entanto, ganhou reforços em todas as posições. Até seria possível usar alguns contratos expirantes em trocas eventuais, mas os executivos preferiram fazer o básico. Acho que deu certo.

Publicidade

 

Leia mais

 

Publicidade

2. Qual foi o melhor negócio fechado pelo time para a próxima temporada?

Vinicius Donato: a renovação com Austin Reaves. Para resumir, esse contrato de US$56 milhões por quatro anos é uma barganha. Existiam times com flexibilidade para oferecer mais salário, então o Lakers tem que estar feliz. O negócio não é só bom pela qualidade do jogador, mas pela percepção ao redor da liga sobre ele.

Ricardo Stabolito Jr: a renovação com Austin Reaves, certamente. Quem dita o valor de um jogador é o mercado. Então, o Lakers assinou um contrato de US$56 milhões com um jovem para quem especulava-se US$100 milhões.

Ricardo Romanelli: as renovações com D’Angelo Russell e Taurean Prince. O primeiro foi uma decepção nos playoffs, mas o seu contrato tem um bom valor e torna-o um ativo interessante para trocas. Já o segundo é um bom defensor com arremesso de três pontos sólido. É o tipo de jogador que o Lakers busca há anos custando só US$4,5 milhões.

Publicidade

Victor Linjardi: difícil cravar só um. Reaves pode ser um diferencial e, além disso, foi o segundo cestinha dos EUA na Copa do Mundo. Contratar dois pivôs reservas, como Christian Wood e Jaxson Hayes, era fundamental para o elenco. Por fim, com o desempenho dos últimos playoffs, não duvido que Gabe Vincent tome a titularidade de D’Angelo Russell.

Gustavo Freitas: a renovação de Reaves, definitivamente. Embora não seja um astro, ele é quem está mais próximo disso entre todas as contratações. E a rapidez para o acerto foi importante para impedir a ação de outros interessados.

Publicidade

 

3. Tem algum reforço da offseason do Los Angeles Lakers que você não acha “tão reforço” assim?

Vinicius Donato: Christian Wood. Não é o jogador que o Lakers precisa, a julgar pela forma como ele atuou no Dallas Mavericks. LeBron James e Anthony Davis precisam de jogadores que apoiem o lado defensivo, em especial nos playoffs. Wood, então, vai precisar se esforçar mais.

Publicidade

Ricardo Stabolito Jr: Cam Reddish. Um candidato ao título deveria investir essa vaga, a princípio, em alguém mais experiente e provado. O Lakers fez um ótimo trabalho também “pinçando” talento em jogadores não-draftados recentemente. Então, “insistir” em Reddish é uma oportunidade desperdiçada.

Ricardo Romanelli: Christian Wood. Ele é talentoso, mas sempre é dispensado ou trocado por onde passa. Já são sete times em sete temporadas. Deve ter um papel bem menor em relação aos últimos anos e equipes. Os recorrentes problemas de atitude, no entanto, não são um bom indicativo de como pode lidar com isso.

Publicidade

Victor Linjardi: Cam Reddish. É uma grande incógnita, pois não se provou ainda em quatro temporadas na NBA. Há um potencial para ser útil na rotação, mas é um tiro no escuro da equipe.

Gustavo Freitas: Jaxson Hayes. Não é um bom defensor e, mais do que isso, não é um grande jogador em geral. Mas vai ter minutos, pois os titulares do garrafão precisam descansar, né? Então, bem ou mal, entra em quadra.

 

Publicidade

 

4. Houve alguma mudança que você faria e Rob Pelinka não fez?

Vinicius Donato: Pelinka poderia ter procurado outro armador principal. D’Angelo Russell vai ficar, mas está longe de ser uma unanimidade na posição. Mas, para ser sincero, eu acho que é mais fácil falar do que fazer algo assim.

Publicidade

Ricardo Stabolito Jr: não. Aliás, eu acho que a força do trabalho de Pelinka nessa offseason foi evitar grandes mudanças. É mais sobre quem fica do que sobre quem chega.

Ricardo Romanelli: não teria dispensado Mo Bamba. Preferia um pivô mais sólido defensivamente e que preze pelo coletivo pelo contrato mínimo do que Hayes ou Wood. Além disso, eu tentaria “vender” Jarred Vanderbilt na alta. Afinal, as suas deficiência ofensivas foram expostas nos playoffs.

Publicidade

Victor Linjardi: não. Contratar um armador de primeira linha seria o ideal, mas quem estava disponível? É difícil apontar um defeito a julgar pelas dificuldades do mercado. Não vejo problema, pois há um bom elenco à disposição de Darvin Ham.

Gustavo Freitas: eu tentaria fechar uma negociação com o San Antonio Spurs por Reggie Bullock, talvez. Ele é um melhor defensor e arremessador do que Reddish, certamente. Ofereceria contratos expirantes por um ala que faça a diferença no perímetro, já que LeBron não vai jogar todas as partidas.

Publicidade

 

5. Verdadeiro ou falso: após essa offseason, o Los Angeles Lakers é um legítimo candidato ao título.

Vinicius Donato: falso. Mas, dessa vez, são necessários só ajustes finos na equipe que terminou bem a última temporada. A situação é muito diferente, por exemplo, dos tempos de Russell Westbrook. Ainda não está lá, mas falta pouco.

Publicidade

Ricardo Stabolito Jr: verdadeiro, mas não por causa dessa offseason. Se LeBron não jogar, afinal, não é Gabe Vincent quem vai vir ao resgate. É um candidato ao título, acima de tudo, porque manteve uma base que finalizou a temporada muito bem. E, além disso, a maioria dos adversários não melhorou.

Ricardo Romanelli: verdadeiro. O time chegou à final do Oeste com pouco tempo para encaixar as peças que chegaram após a trade deadline. Com uma temporada inteira de trabalho, então, o resultado esperado é alcançar a mesma fase de novo. E, quem chega à decisão de conferência, está a um passo de ser campeão.

Publicidade

Victor Linjardi: verdadeiro. O Lakers deixou uma boa impressão nos playoffs e provou que é competitivo. Mas ainda há equipes melhores. A rotação era um problema que parece corrigido. Mas, para ser candidato mesmo, tudo depende da saúde de LeBron James e Anthony Davis.

Gustavo Freitas: verdadeiro. Mas está tudo no papel, por enquanto. É necessário aguardar o encaixe e tudo o mais. O Lakers encorpou o elenco, com um substituto bom para cada posição. Está, nesse sentido, acima da média dos outros times. Prince e Wood, por exemplo, podem ajudar muito. Então, parece um time para ir longe.

Publicidade

 

Assine o canal Jumper Brasil no Youtube

Todas as informações da NBA estão no canal Jumper Brasil. Análises, estatísticas e dicas. Inscreva-se, mas dê o seu like e ative as notificações para não perder nada do nosso conteúdo.

Publicidade

Então, siga o Jumper Brasil em suas redes sociais e discuta conosco o que de melhor acontece na NBA

Instagram
Twitter
Facebook
Grupo no Whatsapp
Threads
Guia Futebol

Publicidade

Últimas Notícias

Comentários