Sob o comando quase único de Nikola Jokic, o Denver Nuggets conseguiu uma campanha digna ao terminar a temporada regular na sexta posição, mas agora saudável, até onde essa equipe pode ir? Essa, certamente, é a pergunta que os torcedores da franquia estão fazendo nesta offseason. Afinal, o técnico Michael Malone terá os “reforços” de Jamal Murray e Michael Porter Jr.
Vale lembrar que além de Murray e Porter Jr voltarem de lesões, a equipe adquiriu o ala Bruce Brown, vindo do Brooklyn Nets, o pivô DeAndre Jordan, que estava no Philadelphia 76ers e Kentavious Caldwell-Pope, que participou da troca de Monte Morris para o Washington Wizards.
Impacto imediato?
É difícil cravarmos qual nível de jogo que atletas que passaram uma temporada sem atuar podem alcançar. No entanto, podemos nos basear em números.
Antes de romper o ligamento cruzado do joelho, Jamal Murray fez uma campanha digna de All Star. Como resultado, conquistou médias de 21,3 pontos, quatro rebotes, 4,8 assistências e 40,8% de aproveitamento nos arremessos do perímetro. Do mesmo modo, Michael Porter Jr, antes de passar por cirurgia nas costas, fez uma campanha com médias de 19 pontos, 7,3 rebotes e 1,1 roubo de bola por jogo.
Os números são referentes à temporada 2020/21, quando o Nuggets terminou como o terceiro melhor time da Conferência Oeste com 47 vitórias e 25 derrotas. No mesmo ano, eliminou Portland Trail Blazers na primeira rodada dos playoffs, mas foi varrido pelo finalista Phoenix Suns nas semifinais.
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Apesar da queda precoce na pós-temporada, Denver fez uma campanha sólida e foi considerado um dos melhores times da NBA naquele ano. Mesmo ano, aliás, em que Murray e Porter Jr estiveram ao lado de Nikola Jokic. Em contrapartida, em 2021/22, quando os dois jogadores não estavam saudáveis, o Denver Nuggets ficou apenas na sexta posição do Oeste foi eliminado na primeira rodada dos playoffs para o Golden State Warriors.
Isso prova, portanto, o impacto que o canadense e o jogador de 24 anos têm quando atuam ao lado de Jokic. Resta saber quanto tempo eles levarão até atingir novamente a forma física e o ritmo de jogo ideais.
Reforços mudam o patamar da equipe
Além de Jokic não ter a companhia dos principais jogadores do Nuggets na última temporada, o elenco não tinha uma segunda unidade confiável. Agora, com os reforços mencionados, o nível de jogadores vindos do banco cresceu.
Claro que nenhum dos três reforços pode ser considerado astro e nem mesmo estão no auge de suas carreiras. Contudo, podem agregar com experiência e maior poder de fogo. Assim, Brown e Caldwell-Pope chegam como bons arremessadores, mas são, ainda, especialistas na defesa. A tendência, contudo, é que o ex-jogador do Wizards seja utilizado como ala-armador titular. Enquanto o antigo ala do Nets venha do banco com o papel de pontuar.
Em contrapartida, há DeAndre Jordan. Mesmo em uma crescente decadência na carreira, o técnico Michael Malone precisava de um pivô experiente para descansar Jokic, após o término de contrato com DeMarcus Cousins. Assim, o veterano pode agregar com pick and rolls e rebotes valiosos para a segunda unidade de Denver.
Rotação pode ser fundamental nos playoffs
Vale lembrar que na troca de Monte Morris para o Wizards, o Nuggets também angariou o veterano Ish Smith. Apesar dos 33 anos e minutos cada vez menores na liga, ele ainda pode oferecer perigo com mais de 45% de aproveitamento nos arremessos de quadra. Além disso, há a jovem promessa Bones Hyland.
O ala-armador fez boa temporada de estreia atuando em 19 minutos por jogo. Como resultado, obteve médias de 10,1 pontos, 2,8 assistências e 40,3% de aproveitamento nos arremessos de quadra. Desse modo, é possível vermos ele atuando em mais minutos do que os 19 de média no seu primeiro ano na NBA.
Com o elenco saudável e um talento promissor como Hyland, o Denver Nuggets ganha mais alternativas que podem ser fundamentais nos playoffs. Não exatamente pela presença constante do banco de reservas em quadra. O ponto é que, com mais opções à disposição, Michael Malone pode mesclar peças e descansar seus jogadores que se recuperaram há pouco de lesão.
Isso leva, portanto, a um elenco mais descansado e “mais inteiro” para a disputa dos playoffs.
Oeste permite o Denver sonhar?
No início do artigo, falei sobre a “posição digna” conquistada pelo Denver Nuggets em 2021/22 mesmo com o plantel pouco saudável. Dinga devido aos importantíssimos desfalques de Murray e Porter Jr. Caso contrário, seria uma colocação abaixo do potencial máximo desse elenco, comandado pelo duas vezes MVP, Nikola Jokic.
Sob esse ponto de vista, há motivos para que a franquia possa sonhar com posições ainda maiores no próximo ano. Isso porque há muitas incógnitas na conferência. O Phoenix Suns, por exemplo, que dominou a temporada regular passada, não fez grandes movimentos e desapontou nos playoffs.
Da mesma forma, a sensação Memphis Grizzlies, deixa uma dúvida no ar: foi um time de apenas uma temporada ou pode manter o mesmo gás da segunda melhor campanha do Oeste em 2021/22? O Los Angeles Clippers é um dos melhores times da liga no papel, mas seu principal astro, Kawhi Leonard, volta após um longo período lesionado e não sabemos qual será o encaixe com John Wall e Paul George.
Por fim, o Golden State Warriors é talvez a maior certeza de ocupar as primeiras posições na conferência. O Los Angeles Lakers, por sua vez, após campanha decepcionante e sem mudar muito o panorama da equipe, não deve ser ameaça à equipe de Nikola Jokic completa.
Assim, se o Denver Nuggets mantiver o elenco saudável e com ritmo de jogo ideal, é certamente uma franquia que estará nas cabeças da Conferência Oeste.
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