O Brasil nunca esteve tão representado na história da NBA. Ao todo, são nove jogadores jogando na Liga. Apesar de tantos atletas, nenhum deles conseguiu ainda se destacar em suas respectivas equipes neste início de temporada. Sendo campeão ou calouro, as coisas não vêm se desenvolvendo para os brasileiros.
Leandro Barbosa
Se na temporada de 2006-07, Leandrinho conquistou o prêmio de melhor reserva, hoje o jogador não é sombra do que já foi um dia. Embora tenha sido campeão na última temporada com a equipe do Golden State Warriors, a cada ano que passa, o ala-armador vem tendo um papel cada vez menor. Já com 32 anos, o brasileiro está na sua 13ª temporada na NBA e faz parte da rotação jogando cerca de 15 minutos por noite, com médias de 5.6 pontos, 1.7 rebote e 1.9 assistência.
Anderson Varejão
Varejão vem sofrendo com graves lesões nessas últimas temporadas. O pivô jogou apenas 26 partidas em 2014-15. O estilo e a garra do brasileiro, que sempre cativaram os torcedores do Cleveland Cavaliers, parece que não agradaram ao atual técnico David Blatt. No começo desta temporada, Varejão tem atuado muito pouco, jogando 7.6 minutos por partida contra 24.5 minutos na última temporada. Já em seu 12º ano de NBA, Varejão nunca havia jogado tão pouco quanto este ano.
Nenê Hilário
Entrando em seu 14º ano, Nenê é o brasileiro mais experiente na NBA. Também é o que mais se manteve regular durante sua carreira na liga. Se até ano passado era titular na equipe do Washington Wizards, hoje o pivô tem começado no banco de reservas. Também já em decadência, ele vem contribuindo cada vez menos para o time. Com médias de 7.0 pontos e 5.3 rebotes, é a primeira vez desde a temporada de 2008-09 que Nenê não consegue dois dígitos na pontuação.
Tiago Splitter
O San Antonio Spurs enviou o pivô Tiago Splitter para o Atlanta Hawks na última offseason. Após cinco anos no Texas, Splitter vem se adaptando ao estilo de jogo do Hawks e sendo peça importante no descanso da boa dupla de garrafão Paul Millsap e Al Horford. Em seu sexto ano na liga, o brasileiro ainda não conseguiu repetir na NBA o grande desempenho que teve na Europa. Jogando quase 18 minutos por noite, Splitter vem obtendo médias um pouco inferiores do que em sua época em San Antonio, com 5.6 pontos e 3.8 rebotes.
Lucas Bebê e Bruno Caboclo
Jogando no Toronto Raptors, os dois atletas brasileiros quase não tiveram a oportunidade de mostrar seus potenciais até aqui. Bebê, de 23 anos, entrou em quadra apenas duas vezes nesta temporada, enquanto Caboclo, de 20, participou só em um momento. Os dois atletas estão em seu segundo ano na liga. A franquia de Toronto sabe que é preciso tempo e paciência para que eles se adaptem e se desenvolvam. Por isso, Bebê e Caboclo foram enviados para a Liga de Desenvolvimento (D-League).
Marcelinho Huertas
O armador de 32 anos está em seu primeiro ano na liga e se tornou o primeiro brasileiro a vestir a camisa do tradicional Los Angeles Lakers. Assim como sua equipe, Huertas vem tendo dificuldades nesta temporada. Apesar de ter sido elogiado pelo técnico Byron Scott, o brasileiro vem jogando quase 13 minutos por partida. O atleta possui modestos 3.3 pontos, 2.0 rebotes e 3.3 assistências de médias, pouco para alguém que chegou na liga com a reputação e vários títulos na Europa na bagagem.
Cristiano Felício
Certamente, Cristiano Felício foi o brasileiro que mais surpreendeu quando conseguiu uma vaga na NBA. Observado pelo gerente-geral do Chicago Bulls, Gar Forman, Felício chamou a atenção do dirigente da franquia pelo seu potencial físico. Apesar de ter conseguido um lugar no elenco da equipe, o técnico Fred Hoiberg ainda não deu oportunidades ao brasileiro. Felício entrou em quadra apenas uma vez, por um minuto, nesta temporada, e produziu uma assistência.
Raulzinho Neto
Raulzinho é o único atleta brasileiro titular em sua equipe. O armador, que foi draftado em 2013, chegou à NBA somente nesta temporada. Apesar de ter iniciado todos os dez jogos do Jazz, Raulzinho vem jogando apenas 17.1 minutos por noite, com um aproveitamento de 29.5% nos arremessos de quadra. Com médias de 3.4 pontos, 1.1 rebote e 2.4 assistências, o brasileiro ainda está se adaptando ao basquete americano, após disputar quatro temporadas na Espanha.