O basquete brasileiro respira por aparelhos

Fim do basquete do São Paulo é mais um passo para trás na modalidade

basquete brasileiro Fonte: Miguel Schincariol / São Paulo FC

Torcer e trabalhar pela evolução do basquete brasileiro é uma missão árdua. Isso porque, cada vez mais, a modalidade respira por aparelhos. Se bem que, não dá para esperar algo de diferente em um país que se autointitula do futebol e vive com os desmandos da CBF.

A própria CBB já teve diversos casos de corrupção nos últimos anos. Depois, entrou em rota de colisão com a LNB, responsável pelo NBB. Algo que quase retirou as equipes brasileiras das competições FIBA.

Agora, contudo, a notícia é o fechamento do basquete no São Paulo. Eliminado nas quartas de final do NBB, o Tricolor anunciou nesta segunda-feira (19) o fim de um projeto iniciado em 2018. Em sete anos, o time conquistou a BCLA, o Campeonato Paulista e foi vice do NBB. Porém, nada disso bastou frente a economia de meros R$ 5 milhões.

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Mas se engana quem pensa que o São Paulo é único. Nos últimos anos algo parecido já aconteceu com Botafogo e Vasco. O “Glorioso”, por sinal, foi fechado logo após conquistar o título da Sul-Americana. O cruz-maltino fechou o basquete em 2019, só voltando em 2024.

O Corinthians deve ir pelo mesmo caminho. E não, isso não é informação. Apenas um sentimento. Após voltar com time em 2017, o Timão já vem há algumas temporadas flertando com o fim do projeto. Sempre com o mesmo problema: a falta de dinheiro. Estranho, que um clube com uma dívida bilionária entenda que o basquete seja o problema.

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Outras equipes não ligadas ao futebol também vivem com a corda no pescoço. O Cerrado abriu mão dessa edição do NBB. O Brasília vive com problemas financeiros. O Bauru chegou a ser ameaçado de ficar sem seu ginásio. O Mogi perdeu patrocínios e nunca mais conseguiu disputar na parte de cima.

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Até mesmo equipes tradicionais como Pinheiros e Paulistano sofrem. Nas últimas temporadas, os rivais da capital paulista entraram na competição com um elenco formado praticamente pela base. Pouco, para equipes vitoriosas e com tanta história.

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É triste, mas só Flamengo, Sesi Franca e Minas tem se mostrado projetos sólidos. Somente os três se salvam de respirar por aparelhos no basquete brasileiro.

Sim, temos uma geração interessante vindo pela frente. Gui Santos vem ganhando espaço na NBA. Samis Calderon e Nathan Mariano são cotados para os próximos Drafts. Mathias Alessanco é um dos melhores jogadores do mundo da geração de 2008. No feminino, Kamilla Cardoso pode ser a liderança de uma geração que promete muito.

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Mas é pouco. Falta organização. Enquanto aqui não conseguimos montar um campeonato único com divisões, a Alemanha tem três nacionais e outra regional. A Espanha tem quatro divisões. A Itália tem cinco.

Nem precisamos ir tão longe. Os Hermanos tem três divisões. No Uruguai também são três.

Ou seja, o Brasil ficou para trás. Isso explica a falta de sucesso do basquete nos últimos 30 anos. De uma geração de ouro com Leandrinho, Anderson Varejão, Nenê e Tiago Splitter até hoje, o Brasil só andou para trás.

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E assim vamos, a cada passo à frente, outros tantos para trás. Que o basquete brasileiro tenha forças para melhorar e deixar de respirar por aparelhos.

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