Milwaukee Bucks: Antetokounmpo e Lillard estão de férias

É cedo, mas time não rende nada nos dois lados da quadra

Milwaukee Bucks Lillard Antetokounmpo Fonte: Cole Burston / AFP

Tudo é festa, tudo muito lindo, muito legal. Mas quando é que o Milwaukee Bucks vai começar a jogar a temporada com Giannis Antetokounmpo e Damian Lillard? Porque, por enquanto, ainda não aconteceu. São duas vitórias em quatro jogos, mas as derrotas foram terríveis. Primeiro, para o Atlanta Hawks (127 a 110). Depois, para o Toronto Raptors (130 a 111). E na partida que sofreu menos pontos, o Bucks venceu por 122 a 114.

Parece mesmo que Lillard e Antetokounmpo ainda estão de férias. E levaram o técnico junto.

Onde é que está a defesa de Milwaukee? Que tipo de equipe é candidata ao título se não consegue defender minimamente? Não existe. São quatro jogos, mas o Bucks não foi dominante em nenhum deles. Em nenhuma partida o time teve a chance de se impôr seu ritmo. Aliás, que ritmo?

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Claro, é começo de temporada. Mas quando o Milwaukee Bucks conta com Antetokounmpo e Lillard, é porque quer ganhar alguma coisa. No mínimo, vencer partidas em que, na teoria, seria o favorito. O Bucks não pode ficar atrás por quase 30 pontos do Raptors durante quase todo o embate, mesmo fora de casa. Contra o Haws, por exemplo, esteve atrás do placar o tempo todo e quase sempre acima de 20.

Não dá.

A gente entende que é um trabalho novo, com um técnico fazendo sua estreia no cargo, mas tem muita coisa fora dos eixos.

Adrian Griffin, que ficou conhecido por ser um especialista em defesa como assistente, parece completamente perdido em suas rotações. Enquanto isso, Giannis Antetokounmpo esqueceu como pega rebote (quatro contra Toronto) e a dupla de perímetro (Malik Beasley e Lillard) jamais poderia ficar tantos minutos ao mesmo tempo em quadra. Eles não defendem absolutamente nada.

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Tudo bem. Khris Middleton não está saudável, enquanto se recupera de lesão no joelho. Ele ficou de fora de um dos quatro jogos até o momento, mas ainda precisa de mais tempo. Mas ele é o menor dos problemas.

A troca, sim, se tornou um problema. E a explicação é bem simples.

Primeiro, o Milwaukee Bucks não esperava que Damian Lillard fosse brotar ali para jogar com Giannis Antetokounmpo. Sim, havia uma insatisfação do duas vezes MVP com a direção e seus colegas. Até a escolha do técnico parece ter dedo de Antetokounmpo. Afinal, Griffin e ele já trabalharam juntos na equipe há alguns anos. Mas a chegada de Lillard deu pinta de que foi um “cala boca” no ala-pivô. Ele falava em não ter ideia de quando estender o contrato e até se iria.

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Mas perder Grayson Allen e Jrue Holiday, dois excepcionais defensores e a substituição é por outros dois que não sabem defender, é um grande revés.

Tudo para agradar sua estrela

Mas a direção do Bucks sabe agradar o atleta, né? Ou será que Thanasis Antetokounmpo teria vaga em algum time da NBA hoje? Até o irmão mais jovem, Alex, está no time da G-League. O que custaria trocar de técnico por conta de seu melhor jogador?

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Só que, quando acontece a troca, a diretoria criou novos problemas.

Como um técnico sem experiência na função vai administrar um time que tem tantos caciques?

Porque a primeira coisa que Bobby Portis disse sobre Griffin foi que o Bucks já tinha um jeito de jogar e os jogadores cuidavam daquilo. E Lillard chega “apadrinhado” por Antetokounmpo, que tenta dar a ele um ar de normalidade para fazer o que fazia em Portland.

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Mas tal poder de Antetokounmpo é meio que um tiro no pé. O encaixe não é só ofensivo, tá? Lembra quando LeBron James fez de tudo para o Los Angeles Lakers fazer a troca por Russell Westbrook? Eles não funcionavam juntos no ataque porque faziam o mesmo papel de conduzir as jogadas, mas a defesa de Westbrook e a falta de arremesso se tornaram insustentáveis.

Agora, Lillard joga com um ótimo ataque, mas e a defesa?

E Griffin não tem muito o que fazer. Vai colocar Andre Jackson, extremamente cru, em quadra? Que tal AJ Green, que apesar de bom arremessador, não é nada atlético para defender caras grandes?

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Na pior das hipóteses, se a diretoria soubesse que tinha chances de receber Lillard, não iria abrir mão do veterano Wesley Matthews.

Sinuca de bico.

Falta de defensor no perímetro será o calcanhar de Aquiles

Malik Beasley vai fazer um caminhão de cestas de três, vai roubar bolas, mas nada disso importa muito se sua defesa é uma das piores entre os titulares da liga. Aliás, ser um ladrão de bolas não significa necessariamente que o jogador é um bom defensor. Muitas vezes ele consegue retomar a posse simplesmente porque foi um passe ruim do oponente. No um contra um, ele passa vergonha.

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E Lillard não é nada diferente.

Acredite: nada.

Então, quando a dupla titular da última temporada sai para dar lugar a uma que não defende, aí você tem uma falta de planejamento.

Sim, a ideia era manter Jrue Holiday e Grayson Allen. Mas Lillard foi uma oportunidade de mercado que você não pode pensar muito. E ele é amigo do seu melhor jogador. Então, faça as contas. Para ter o armador, Antetokounmpo aceitou abrir mão de Holiday.

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Aliás, isso reforçou justamente aquele que seria o seu principal rival na Conferência, o Boston Celtics.

Parabéns, Bucks. Até aqui, o Celtics vem atropelando seus adversários, enquanto Milwaukee vê seu time levar cerca de 20 de diferença para Hawks e Raptors.

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E enquanto Middleton não estiver 100%, o Bucks terá enormes dificuldades. Até o momento, o time é o que mais permite cestas de três do adversário, com aproximadamente 40% de aproveitamento.

Estatísticas defensivas

Pontos sofridos de contra-ataque: 21.5 por jogo (30°)
Eficiência defensiva: 119.0 (29°)
Rebotes defensivos: 29.5 (30°)
Cestas sofridas com assistências: 66.1% (30°)

Estatísticas ofensivas

Cestas com assistências: 53.5% (27°)
Assisitências para erros de ataques: 1.33 (29°)
Índice de erros de ataque: 15.6% (23°)
Tentativas de lances livres por ataque: 27.4% (1°)

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Ou seja, o Bucks, até o momento, é o que mais precisa de lances livres para pontuar. O time não cria, não defende no perímetro, não pega rebote. Aliás, em rebotes totais, a equipe tem média de apenas 38.5 por jogo, a pior marca de toda a liga.

Sim, são quatro jogos, uma amostra muito pequena. Mas para voltar a ser candidato ao título, o Bucks precisa começar a vencer e convencer. Até aqui, suas vitórias não impressionaram ninguém.

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