Cada jogo de LeBron James virou um desafio ao tempo. Afinal, prestes a fazer 39 anos de idade, o astro do Los Angeles Lakers segue a espantar com a sua longevidade. Deu mais uma prova disso, aliás, no último domingo. Ele marcou 37 pontos e, assim, liderou a vitória dos angelinos contra o Houston Rockets. Foi a sua maior marca na temporada, enquanto converteu 14 de 19 arremessos de quadra.
“Às vezes, tenho que lembrar todos que sei jogar basquete. Afinal, diziam que vim para Los Angeles só por causa dos filmes. Só estou tentando desafiar os meus limites a cada dia. Então, vamos ver até quando consigo levar essa batalha. No fim das contas, o meu jogo é contra o tempo agora”, refletiu o veterano, após o triunfo. O comentário também deixou uma leve alfinetada em parte da imprensa.
No entanto, a pontuação eficiente não resume a dimensão do desempenho do experiente craque. Ele ainda anotou oito rebotes, seis assistências e três roubos de bola enquanto só cometeu dois desperdícios de posse. Mas o que impulsiona um jogador de quase 39 anos a jogar nesse nível? Tem o amor ao basquete, obviamente, mas também existem outros fatores que povoam a sua vida todos os dias.
“Todo mundo aqui brinca comigo que estou fazendo bandejas demais quando estou em quadra aberta. Minha explosão deve estar no final, né? Por isso, eu estou lutando para mudar essa narrativa também. Mas houve outra razão hoje. Quando eu vejo Bronny à beira da quadra, como hoje, sinto que posso entregar um pouquinho mais”, contou o ala, fazendo referência à presença do seu filho.
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Pequenas lesões
No esporte de alto rendimento, cada dia é um adversário em potencial quando o atleta passa dos 30 anos. As contusões tendem a ser mais comuns, pois o condicionamento físico ganha crescentes limitações. Além disso, o declínio atlético torna acompanhar o ritmo dos mais jovens um desafio. Quem assiste a cada jogo pode pensar que LeBron James está imune a isso, mas o tempo traz os seus reflexos.
“Eu estou em um momento realmente muito bom, mas, na verdade, não me sinto tão bem assim fisicamente. Ainda estou lidando com algumas lesões, pequenos problemas que atrapalham o meu ritmo. No entanto, a competição me energiza e sigo em frente. Esses garotos da equipe, por exemplo, me motivam a jogar todos os dias. Então, não escondo que preciso disso”, revelou o astro.
A vitória contra o Rockets, por exemplo, colocou-o diante de um dos seus rivais mais notórios: Dillon Brooks. O especialista defensivo, queira ou não, também instigou a vontade de jogar. “Dillon é um ótimo competidor e, por isso, amo enfrentá-lo. Ele fez uma partida muito boa, aliás. Converteu duas cestas de três pontos nos minutos finais que mantiveram Houston perto. Essa é a competição que me impulsiona”, explicou.
Melhorado
Chegar aos 38 anos ainda bastante competitivo na NBA é um grande feito. Mas James não para por aí: ele acredita estar melhor do que no primeiro semestre. Assim como agora, as lesões ainda o perseguem a cada dia. No entanto, os problemas atuais são menos limitadores a ponto de poder treinar mais. Um fator fundamental para um jogador de idade avançada, afinal, é manter uma rotina e ritmo.
“Eu estou em condições de treinar muito mais nos dias de folga nessa temporada do que antes por causa das lesões. Por mais que sinta uma coisa ou outra agora, eu estava com um problema sério no pé na última temporada. Eu sinto que estou em um ritmo melhor agora porque não preciso usar cada folga no calendário para descansar o pé”, avaliou o quase “quarentão”.
Menos lesões, como resultado, transparecem vitalidade dentro de quadra. E é assim que o quatro vezes MVP da liga sente-se na atual campanha: vitalizado. “Acho que a minha impulsão e velocidade estão de volta de uma forma que não tinha no ano passado. A minha mudança de direção está mais rápida. Em síntese, eu estou muito melhor do ponto de vista atlético”, garantiu.
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Companheiro
Quando entra em quadra para um jogo, LeBron James sabe que encara dois oponentes: o outro time e o tempo. Mas possui vários aliados para tentar vencer as duas batalhas. Os seus companheiros de elenco estão ao seu lado não só por causa de contratos, mas por uma confiança construída a cada dia. Austin Reaves, por exemplo, garante que a televisão e redes sociais não conseguem transmitir o impacto geral do craque.
“Todos só veem o seu basquete, mas a coisa mais especial sobre LeBron é que nunca o vi de mal humor. Ele sempre chega ao treino cheio de energia. É o jogador mais velho da liga, mas age como se tivesse uns 20 anos. E, até por isso, acho que ninguém está dando mais trabalho para o tempo desacelerar do que esse cara. Talvez, Tom Brady. Mas o desafio está lançado”, exaltou o jovem ala-armador.
A importância de uma liderança como o astro em um elenco nunca vai poder ser medida. Mas as estatísticas evidenciam que a sua presença é cada vez mais importante para o sucesso do Lakers. “Hoje, LeBron teve uma atuação à altura daquele atleta que todos conhecemos e amamos há mais de duas décadas. Para resumir, ele é simplesmente extraordinário”, finalizou o técnico Darvin Ham.
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