Melhores jogadores da NBA 2020-2021 – Alas-pivôs

Dando continuidade aos melhores jogadores por posição da NBA para a temporada 2020-2021 com, hoje teremos os 20 principais alas-pivôs que projetamos para a liga.

O que é levado em consideração para a formação das listas:

– Números: o que um jogador poderá fazer por sua equipe naquela temporada. Se ele está lesionado ou tem chances maiores de perder jogos durante a campanha por contusões, ele cai no ranking. Se ele ganha uma titularidade, mais espaço na rotação, sobe.

– Critério de posições: utilizamos o bom censo e o que é mais comum em outras listas de sites importantes. Um detalhe a ser notado é que, às vezes, um jogador pode ser ala-armador de origem, mas vai jogar mais tempo ou começar mais jogos como ala. Projetamos esse tipo de situação.

– Mudança de time: durante a offseason, muitos jogadores trocaram seus times e enfrentam uma nova realidade, seja com mais ou menos tempo de quadra, seu papel dentro da rotação e minutos em quadra.

– Load management: é como o critério de jogador que perde jogos por lesão, mas sabemos que ele foi apenas poupado. Perde pontos, mas nem tanto. Ele não terá de voltar às quadras aos poucos, como é no caso de um lesionado.

– Potencial: alguns calouros são levados em consideração, mas sem uma verdadeira amostragem, não tem como valorizar tanto na pontuação final.

– Resultado final: pesa, por fim, preferências e apostas pessoais sobre cada um dos jogadores listados. Foram entregues, em média, 40 nomes por posição para que a nossa equipe pudesse votar.

Votaram: Gustavo Freitas, Gustavo Lima, Ricardo Stabolito e Vinicius Donato. O primeiro leva 20 pontos, o segundo, 19, até chegar no vigésimo, que recebe um.

1- Kevin Durant – 78 pontos

Kevin Durant ficou uma temporada inteira sem jogar. Quando pisar em quadra oficialmente, jogará em outra equipe e em outra posição. A lesão no tendão de Aquiles assustou, claro, mas a impressão deixada pelo astro em treinos e no primeiro jogo da pré-temporada foi muito boa. Durant está pronto para levar o Brooklyn Nets bem longe em 2020-21, ao lado de Kyrie Irving (por enquanto e, aparentemente, sem James Harden).

2- Anthony Davis – 76 pontos

A primeira temporada de Anthony Davis pelo Los Angeles Lakers só não foi completa porque ele merecia o prêmio de defensor do ano, que acabou ficando com Giannis Antetokounmpo. Davis pode jogar também de pivô, mas a mensagem da diretoria foi clara ao fechar com Marc Gasol e Montrezl Harrell: o time quer que ele passe mais tempo como ala-pivô.

3- Giannis Antetokounmpo – 74 pontos

Certo. Duas vezes MVP, super contrato a ser assinado, Milwaukee Bucks movimentou-se com contratações para a temporada 2020-21. É tudo o que Giannis Antetokounmpo precisa para seguir na equipe, certo? Errado. Ele quer o título. Já pediu para não ser mencionado o fato de ter dois prêmios de MVP enquanto não for campeão. Individualmente, ele corresponde dois dois lados da quadra.

4- Jayson Tatum – 68 pontos

Pronto! Jayson Tatum já é o principal jogador do Boston Celtics. Se em 2019-20 não havia ficado tão claro, é bom acompanhar o time mais de perto na nova temporada. Sem Gordon Hayward, que foi para o Charlotte Hornets e, pelo menos no primeiro mês, sem Kemba Walker, todas as atenções estarão voltadas para Tatum. O crescimento técnico dele foi incrível, assim como no tamanho. Explico: Tatum está listado oficialmente como 2,03 metros, mas cresceu e está com 2,08 metros.

5- Pascal Siakam – 63 pontos

O camaronês Pascal Siakam mostrou, em 2019-20, que é capaz de fazer o Toronto Raptors brigar pelos primeiros lugares da conferência Leste sem Kawhi Leonard. Foi brilhante durante a temporada regular, mas não foi bem na “bolha” e acabou sendo bastante criticado. Agora, ele teve tempo de se preparar e terá uma temporada toda pela frente para provar que é capaz de seguir como um All Star por muitos anos.

6- Domantas Sabonis – 57 pontos

Antes da “bolha”, Domantas Sabonis fazia a melhor temporada da carreira e ajudava o Indiana Pacers não só pontuando ou pegando rebotes, mas, também, facilitando o jogo de seus colegas. Sofreu uma lesão no pé pouco antes do início dos jogos em Orlando e acabou ficando de fora por todo aquele período. O desejo da diretoria era que ele jogasse de pivô e quase aconteceu. É que o Boston Celtics não aceitou a proposta por Gordon Hayward, que levaria Myles Turner para o time de Massachusetts. Então, Turner segue como pivô e, Sabonis, como ala-pivô.

7- Zion Williamson – 56 pontos

Zion Williamson é excepcional jogador e deixou isso claro logo em seus primeiros jogos na NBA. O problema é a falta de confiança sob o aspecto físico. Williamson, por mais forte que seja, dá a impressão de que está sempre (muito) acima do peso que aquele corpo poderia suportar. Daí, o medo das lesões. A esperança é que ele consiga driblar tal desconfiança com o seu jogo explosivo e, de preferência, expanda o seu jogo com arremessos de três, para não ficar totalmente dependente do físico.

8- John Collins – 55 pontos

Sim, John Collins é muito bom. Agora, com reforços no Atlanta Hawks, o ala-pivô vai poder atuar sem pressão de ter que arremessar sempre, deixando seu jogo ainda mais fluído. Com Clint Capela no centro do garrafão, Collins vai poder melhorar suas principais qualidades, pois sabe que na área pintada tem um ótimo protetor de aro, algo que ele jamais teve ao seu lado. Vem para uma grande temporada.

9- Kristaps Porzingis – 47 pontos

Kristaps Porzingis foi bem na temporada de estreia pelo Dallas Mavericks, mas não chegou a brilhar. Entretanto, ele melhorou muito na “bolha” e conseguiu dividir o protagonismo, ainda que de forma mais tímida, com Luka Doncic. Sofreu uma lesão no menisco, que o tirou dos playoffs, mas já treina para voltar às quadras no início de janeiro. Não vai perder tanto tempo assim.

10- Kevin Love – 45 pontos

Todo mundo sabe que o maior problema de Kevin Love é defensivo. Foi assim por toda a sua carreira, mas esperava-se que ele tivesse muito protagonismo no jovem Cleveland Cavaliers, depois das saídas de Kyrie Irving e, depois, de LeBron James. Não aconteceu. A gente realmente espera que, em 2020-21, Love venha para fazer grandes números e que esteja interessado em conduzir o talentoso grupo para o futuro. Do contrário, seu nome sempre estará mencionado em rumores para trocas.

11- Blake Griffin – 39 pontos

A temporada passada de Blake Griffin foi um completo desastre no Detroit Pistons. Entretanto, ele está totalmente recuperado de lesões e pode voltar a ser o que foi há duas temporadas. Foi apenas um ano atípico em sua carreira. Vale lembrar que Griffin, em 2018-19, foi eleito para os times ideais da NBA. Parece que faz tanto tempo, né? Mas esperamos mesmo que ele venha para dominar mais uma vez.

12- Draymond Green – 34 pontos

Lembra do que foi dito sobre Kevin Love? O mesmo se aplica a Draymond Green em 2019-20. Sem Stephen Curry, Klay Thompson, além dos que saíram (Kevin Durant e DeMarcus Cousins), Green não conseguiu ser a referência de um time cheio de jovens. Talvez, por querer, pois o Golden State Warriors não iria a lugar algum na temporada passada, mas a impressão ruim ficou. Em seus melhores anos, ele é jogador de All Star.

13- Bojan Bogdanovic – 29 pontos

Bojan Bogdanovic foi o motivo pelo qual a diretoria do Utah Jazz e o técnico Quin Snyder mudassem o estilo de jogo da equipe. E mudou, dois dois lados da quadra. O Jazz era um time bem mais seguro na defesa, mas “sangrava” quando precisava pontuar. Com Bogdanovic, isso mudou. O problema ofensivo se repetiu quando o atleta não foi para a “bolha”, por lesão no pulso. Bogdanovic é a cara do stretch four. Muito eficiente nos arremessos de três.

14- Tobias Harris – 29 pontos

E não é que Tobias Harris vai ficando no Philadelphia 76ers? Primeiro, assinou aquela extensão antes do início da temporada passada. Depois, com a reformulação na comissão técnica e a chegada de Daryl Morey, o time fez trocas e Harris permaneceu. O fato é que ele consegue dar ritmo ao ataque, seja com bolas de três ou infiltrando. No fim das contas, ajuda muito mais do que atrapalha (seu salário, na verdade).

15- Jaren Jackson Jr. – 27 pontos

O ala-pivô Jaren Jackson Jr. vinha muito bem nos jogos na Flórida, mas veio a lesão e atrapalhou o sonho de o Memphis Grizzlies se classificar para os playoffs. O time até foi para o play-in, mas caiu diante do Portland Trail Blazers. Jackson é muito bom dos dois lados da quadra e vem para uma boa temporada. É só o prazo de concluir a recuperação da contusão.

16- LaMarcus Aldridge – 23 pontos

LaMarcus Aldridge ainda tem gasolina no tanque. Aos 35 anos, o jogador consegue produzir pelo San Antonio Spurs e, de fato, abraçou a ideia do espaçamento de quadra, arremessando cada vez mais do perímetro. Aldridge tem um contrato expirante em 2020-21, o que dá a ideia de que ele vai tentar fazer um ano melhor para obter o provável último acordo da carreira.

17- Julius Randle – 16 pontos

Números, Julius Randle produz. Sabe pegar rebote, pontuar, mas ainda tenta ser o cara que leva a bola para o ataque em demasia. Chega a ser exagerado. Randle, agora, tem um reserva promissor, Obi Toppin, esperando por uma vaga no quinteto titular, mesmo que seja como ala. O recado da diretoria foi dado. Cabe a ele reduzir os erros de ataque (3.0 na temporada passada) e ser mais eficiente no arremesso de longa distância (27.7% de aproveitamento em 2019-20).

18- Robert Covington – 10 pontos

É claro que Robert Covington não é o seu ala-pivô tradicional. Aliás, poucos na lista são. Mas Covington é, provavelmente, um dos melhores defensores da posição e pode jogar ainda como ala ou pivô, como no Houston Rockets. Agora, como jogador do Portland Trail Blazers, ele tem a missão de deixar o jogo ainda mais favorável para que Damian Lillard e CJ McCollum produzam no ataque. Tratando-se dele, não é difícil imaginar isso acontecendo. Números, porém, nem tanto.

19- Lauri Markkanen – 9 pontos *

Que horror foi a temporada passada de Lauri Markkanen. O finlandês do Chicago Bulls ainda é promissor e a diretoria conta com isso, mas se não “virar”, o time já tem um plano B: Patrick Williams. Markkanen tem talento, sabe jogar, mas algo está acontecendo com ele. Definitivamente, não foi bem nos dois primeiros jogos da pré-temporada.

20- Aaron Gordon – 9 pontos 

Sabe aquele jogador que você acredita que em dois, três anos vai virar um All Star? Tínhamos a impressão que Aaron Gordon fosse conseguir isso. Apesar de jovem (25 anos), Gordon regrediu ofensivamente e parece que se contenta em ser um ótimo defensor. Torcemos para uma evolução imediata, mas parece cada vez mais próximo de ser trocado e tornar-se especialista em algo pelo resto da carreira.

Também foram votados
Jerami Grant – 8 pontos
Jae Crowder – 3 pontos

Imagens: AFP

*Ficou na frente pelos critérios de desempate (quem recebeu a melhor posição na votação)

Diferentemente dos outros anos, em 2019-20 utilizamos o critério de listas como armadores, alas e pivôs. Voltamos ao formato original.

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