A NBA perdeu uma grande lenda nesta segunda-feira (30): Dikembe Mutombo, que faleceu aos 58 anos. De acordo com o insider Shams Charania, do portal The Athletic, o ex-pivô foi vítima de um câncer no cérebro. Ele tratava a doença há dois anos, em Atlanta. Segundo a NBA, Mutombo morreu cercado por sua família. Ele deixa a esposa, Rose, e sete filhos (quatro deles adotados).
O comissário da NBA, Adam Silver, divulgou um comunicado sobre a morte de Dikembe Mutombo. Acima de tudo, o dirigente máximo da liga exaltou a humanidade do ex-pivô.
“Dikembe Mutombo era simplesmente maior que a vida. Na quadra, ele foi um dos maiores bloqueadores de arremessos e jogadores defensivos da história da NBA. Fora das quadras, ele dedicou seu coração e alma para ajudar os outros. Não havia ninguém mais qualificado do que Dikembe para servir como o primeiro embaixador global da NBA. Ele era um humanitário em sua essência. Tive o privilégio de viajar pelo mundo com Dikembe e ver, em primeira mão, como sua generosidade e compaixão elevavam as pessoas”, afirmou Silver.
Natural da República Democrática do Congo, a lenda Dikembe Mutombo Mpolondo Mukamba Jean-Jacques Wamutombo foi um dos defensores mais icônicos da história da NBA. Não por acaso, foi eleito defensor do ano em quatro oportunidades (1995, 1997, 1998 e 2001). Além disso, Mutombo participou de oito edições do All-Star Game. Também foi eleito seis vezes para os melhores quintetos de defesa da liga e outras três para os times ideais.
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No entanto, ele nunca foi campeão da NBA. O mais próximo disso foi na temporada 2000/01, quando foi companheiro de Aallen Iverson e ajudou o Sixers a chegar às finais. Mas, na decisão, o Los Angeles Lakers de Kobe Bryant e Shaquille O’Neal levou a melhor, após cinco jogos.
Então, com uma carreira de sucesso e status de lenda na NBA, Dikembe Mutombo foi eleito para o Hall da Fama do basquete em 2015. Na ocasião, ele subiu ao palco acompanhado de seus dois “padrinhos”: o lendário ex-treinador John Thompson, que o treinou no time de basquete da Universidade de Georgetown, e o ex-comissário da NBA, David Stern.
“Eu tenho muito orgulho de ter sido apenas o terceiro africano a jogar na NBA, o filho da RD Congo que chegou aos EUA sem nada e, agora, faz parte da história da liga. Então, isso significa muito para mim”, exaltou Mutombo, durante a cerimônia do Hall da Fama.
Quarta escolha do Draft de 1991, Mutombo jogou durante 18 temporadas na NBA. Na época não era comum que atletas africanos jogassem na liga. Suas passagens mais marcantes foram no Denver Nuggets (1991-96) e Atlanta Hawks (1996-01) e (2001-02). Ambas as franquias, aliás, aposentaram a camisa #55. O ex-pivô ainda atuou por Philadelphia 76ers, New Jersey Nets (hoje Brooklyn), New York Knicks e Houston Rockets.
Com 1.196 jogos no melhor basquete do mundo, Mutombo alcançou médias de 9,8 pontos, 10,3 rebotes e 2,8 tocos. Exímio protetor de aro, o ex-pivô é o segundo na história da NBA em tocos (3.289), atrás somente de Hakeem Olajuwon (3.830).
Um ser humano exemplar
Mas, fora das quadras, Mutombo se mostrou ainda mais importante. Fluente em nove idiomas, incluindo cinco dialetos tribais locais, ele era um cidadão com um senso humanitário exemplar. Formado em diplomacia por Georgetown, e embaixador global da NBA, o ex-pivô usou o dinheiro e a fama que conquistou como jogador para lutar pela melhoria das condições de vida no continente africano. Desse modo, ele elevou ainda mais o seu legado com a Fundação Dikembe Mutombo.
“Jogar basquete permitiu que eu me tornasse um cidadão do mundo. Foi por causa do jogo que fui capaz de construir um hospital em meu país, que já ajudou mais de 140.000 pessoas. Enfim, minha missão de vida é continuar mudando as condições de vida do povo africano. Eu não consegui conquistar um título, mas sou um campeão no coração de muitas pessoas”, finalizou Mutombo, que não parou de fazer a diferença após sua aposentadoria como atleta.
O pivô do Philadelphia 76ers, Joel Embiid, lamentou o falecimento de Mutombo. Segundo o jogador camaronês, o ex-pivô era um exemplo, especialmente fora das quadras.
“É um dia triste, especialmente para nós, africanos… E realmente para o mundo inteiro porque, além do que ele conquistou na quadra de basquete, acho que ele foi ainda melhor fora dela. Dikembe fez muitas coisas boas para muitas pessoas. Enfim, ele foi um exemplo para mim”, disse Embiid.
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