Fonte: Brian Babineau / AFPO Las Vegas Aces virou alvo de investigação da WNBA após a jogadora Dearica Hamby fazer acusações públicas contra a franquia. Além disso, de acordo com o portal The Next, a direção teria oferecido pagamentos escondidos para atletas e agentes livres que o time tinha interesse.
Dearica está grávida de seu segundo filho. Ela, então, revelou em seu perfil no Instagram, no dia 21 de janeiro, que o Aces a tratou de uma maneira “não profissional, antiética e traumatizante”.
“Ser negociada faz parte do negócio. Ser enganada, intimidada, manipulada e discriminada não é”, escreveu Hamby em sua rede social.
Posteriormente, ela foi questionada por repórteres se entraria na Justiça contra sua antiga franquia.
“É um processo que tem que acontecer. No momento, a única coisa que vou dizer é o que já publiquei nas redes sociais. A associação de jogadoras entrou no caso também. Então, vamos ver o que acontece”, respondeu.
De acordo com fontes do The Next, a franquia de Las Vegas tinha um padrão com os agentes das jogadoras. Após a conversa entre as partes, o agente recebia a ligação de uma empresa já selecionada que oferecia quantias em dinheiro. Desse modo, esse trâmite é considerado um “tipo de trabalho ilegal”.
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A investigação da WNBA também inclui alegações de evasão do teto salarial. Hamby, aliás, também escreveu em sua publicação: “Prometeram-me coisas para me motivar a assinar minha extensão de contrato que não foram cumpridas”.
Por comunicado, na noite da última quarta-feira (8), a direção do Aces disse que estava ciente da investigação. A franquia também afirmou que já havia entrado em contato com a liga.
O artigo XV do acordo de trabalho da WNBA diz que uma franquia não pode contratar uma jogadora e garantir compensações em dinheiro por uma terceira instituição.
As acusações de pagamentos ilegais apareceram logo depois do Las Vegas Aces montar um bom elenco para repetir a conquista da WNBA da última temporada. A franquia assinou com Alysha Clark, atleta com dois anéis de campeã, em um contrato de US$200 mil.
Além disso, fechou com a duas vezes MVP, Candace Parker, em um contrato de US$100 mil, que é quase a metade de seu último. Já Kiah Stokes teve o contrato renovado em um acordo de um ano por US$81 mil, mesmo que, no ano passado, estivesse ganhando US$115 mil.
Acima de tudo, há um receio com a propaganda negativa que isso irá gerar para a liga. Principalmente agora, que a questão sobre os baixos salários na WNBA está em alta. Isso faz com que algumas das principais atletas da liga decidam atuar em outros países.
Por fim, o The Next revelou que três diretores de franquias estão sendo pressionados por agentes para “adotar medidas iguais às do Aces”. O modo como a liga resolver a situação determinará como os times agirão no futuro, já que eles estão “prontos para se adaptarem”.
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