Jumper Brasil Discute – Mercado de dispensados 2020

Integrantes do site e convidados discutem algumas das nuances e contratações já efetivadas entre atletas que receberam buyout

Fonte: Integrantes do site e convidados discutem algumas das nuances e contratações já efetivadas entre atletas que receberam buyout

A janela de transferências da temporada já está encerrada, mas times de playoffs sempre têm uma “segunda chance” de trazer reforços no mercado de jogadores dispensados. É sobre isso que vamos falar hoje!

Nós convocamos quatro dos nossos integrantes, além do convidado especial Pedro Henrique Quiste (do 4thewin, @ph_quiste), para debater algumas das nuances que envolvem esse período de oportunidades de reforços e como avaliamos alguns dos negócios fechados entre equipes competitivas e atletas dispensados no pós-trade deadline.

Quem realmente se reforçou no mercado de dispensados? E quais times podem estar se enganando com atletas que não ajudarão na hora do vamos ver? Vamos discutir…

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1. Verdadeiro ou falso: contratações do mercado de dispensados são superestimadas

Gustavo Freitas: Verdadeiro. Nós até temos ótimos exemplos de contratações que funcionaram, mas raramente com protagonismo. No fim das contas, para cada Peja Stojakovic em Dallas (2011), há mais de um Kendrick Perkins no Cavaliers (2015). Em geral, são só veteranos se juntando a times com chances de títulos para terem um anel de campeão.

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Lucas Torres: Verdadeiro. Eu diria que varia de ano para ano, mas não vou ficar em cima do muro: raramente algum jogador dispensado no meio da temporada melhora significantemente uma equipe que ambiciona ir longe nos playoffs.

Pedro Henrique Quiste: Verdadeiro. Pensando rapidamente, o único jogador que vi ser contratado no mercado de buyouts e acabar sendo importante para um time campeão foi Peja Stojakovic, no Mavericks de 2011. Essas contratações, de forma geral, são mais para fechar elenco do que subir de patamar.

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Ricardo Romanelli: Verdadeiro. Com certeza. Muito se repete que Peja Stojakovic foi o último atleta de buyout importante para um time que foi longe nos playoffs – e é verdade. No geral, uma franquia já pode considerar um sucesso se conseguir uma peça que ajudará a poupar seus astros daqui até a pós-temporada.

Ricardo Stabolito Jr.: Verdadeiro. A explicação, na verdade, é bem simples: puxe pela memória quem foram os jogadores contratados como agentes livres no meio da temporada que causaram real impacto em um time competitivo. Se conseguir apontar um atleta por ano é muito.

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2. Qual é o jogador que estava projetado como disponível nesse período que mais “fará falta” no mercado: Tristan Thompson, Darren Collison ou Moe Harkless?

Gustavo Freitas: Thompson. Quase todos os candidatos ao título baseiam-se no arremesso de longa distância, mas poucos contam com pivôs capazes de fazerem algo diferente em quadra. Aí entra Thompson. Ter um jogador que traz segundas chances para seu time nos playoffs é como encontrar um pote de ouro.

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Lucas Torres: Thompson, sem dúvidas. O pivô faz uma das melhores temporadas da carreira e, mais do que isso, tem muita experiência com a atmosfera de jogos “grandes”. Quando focado, ele é um dos bons jogadores de garrafão da liga em trocas de marcação no perímetro. Melhoraria significantemente equipes como Celtics e Clippers.

Pedro Henrique Quiste: Thompson. Seria uma opção viável principalmente agora, que tem arriscado umas bolas de três pontos e convertido. Não sabemos se isso vai se manter, mas, mesmo assim, ele é bastante talentoso. Harkless também era uma alternativa ótima por sua defesa de elite.

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Ricardo Romanelli: Thompson. Ele poderia atrair mais interesse no mercado pelo retrospecto de boas atuações em playoffs. Clippers e Celtics, especialmente, seriam times consideravelmente mais fortes com sua aquisição: um defensor de interior de qualidade pode mudar a sorte de muitas equipes na pós-temporada.

Ricardo Stabolito Jr.: Collison. Eu acho que o armador é quem mais tem perfil de uma contratação que chega em um elenco com tão pouco tempo e poderia fazer a diferença: experiente, role player dos mais consistentes, pode atuar com ou sem a bola nas mãos. Além disso, era quem mais chamava a atenção no mercado.

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3. Para você, a contratação do mercado de dispensados que menos fez sentido até agora foi…

Gustavo Freitas: Michael Kidd-Gilchrist. O Mavericks já possui bons defensores na posição e que são capazes de arremessar de longa distância. O novo reforço é um ótimo marcador, mas não projeta ter tanto tempo de quadra exatamente por esse espaçamento que não oferece.

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Lucas Torres: Michael Kidd-Gilchrist. Ele não joga minutos consistentes há anos e seu encaixe no Mavericks, que prioriza o espaçamento de quadra a partir da linha de três pontos – é muito difícil. O ala jamais conseguiu mostrar um arremesso que fosse próximo do aceitável em sua trajetória no basquete.

Pedro Henrique Quiste: Jeff Green. Não sou grande fã da sua adição ao Rockets, na verdade. Entendo que possa ser um jogador para o sistema do “super small ball” de Houston e já teve até uma boa atuação, mas está longe do seu auge e tem sido inconsistente por anos. Posso queimar a língua, mas é isso.

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Ricardo Romanelli: Jeff Green. Ele tem acumulado fracassos e dispensas há anos e agora vai para o Rockets em um papel que pouco exerceu na carreira – sem as características específicas que o sistema de Mike D’Antoni exige, para piorar. Tem tudo para dar errado, no fim das contas.

Ricardo Stabolito Jr.: Markieff Morris. Por mais que seja considerado um reforço bom, ele não supre nenhuma das necessidades declaradas que o Lakers buscava sanar no mercado – defesa de perímetro, criador para os companheiros. Morris, na verdade, talvez seja o total oposto disso: soa, hoje, como um Kyle Kuzma piorado.

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4. Há algum atleta que ainda pode ser dispensado e você acredita que seria um bom reforço para times de playoffs?

Gustavo Freitas: Isaiah Thomas já foi dispensado, na verdade, mas tenho torcida particular pelo seu reposicionamento. Acho que ainda é um atleta que pode mudar jogos complicados, criando o próprio arremesso. Ele possui recursos para ser um diferencial.

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Lucas Torres: Dion Waiters é o jogador que mais me intriga. Com a cabeça bem equilibrada, ele pode ser uma adição importante para pontuação instantânea do banco de reservas. Resta saber se ele está realmente focado o suficiente em sua carreira.

Pedro Henrique Quiste: Langston Galloway. Ele finalmente tem tido uma eficaz e consistente temporada pelo Pistons, além de ter frequentado rumores de troca na trade deadline. Tyler Johnson já está no mercado e pode ser uma boa opção, caso recupere o bom basquete dos tempos de Miami.

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Ricardo Romanelli: Langston Galloway. Gosto muito dele e acredito que poderia ajudar um candidato ao título que necessite de armação e arremessos vindo do banco. Acho improvável que o Pistons libere-o após já ter acertado duas rescisões de contrato nos últimos dias.

Ricardo Stabolito Jr.: Wayne Ellington. Não há motivo racional para que continue em Nova Iorque e muitos candidatos ao título podem utilizar um chutador dinâmico saindo do banco de reservas. É só lembrar como, em seus melhores momentos, ele “turbinou” os ataques de Heat e Pistons nos últimos três anos.

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5. E, por fim, qual foi a melhor contratação do mercado de dispensas até agora?

Gustavo Freitas: Marvin Williams. É um páreo duro com Reggie Jackson, mas eu acho que o veterano pode contribuir de forma mais eficiente nos dois lados da quadra. É um ala experiente, inteligente e que raramente comete erros. Jackson, por mais talentoso que seja, depende de ficar longe das lesões para ter muitos minutos e nunca foi especialista em arremessos.

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Lucas Torres: Reggie Jackson. O armador terá oportunidade de retornar ao papel de reserva no Clippers, como destacou-se nos tempos de Thunder. Motivado, ele pode acrescentar bons minutos para um elenco que carece de playmakers no banco.

Pedro Henrique Quiste: Markieff Morris. Não que seja algo incrível, mas acho que um garrafão com o novo reforço e Anthony Davis será mais útil do que se alguém como Kyle Kuzma continuasse em quadra por mais minutos. Ainda assim, trata-se de uma contratação mais para fechar elenco do que subir de nível.

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Ricardo Romanelli: Reggie Jackson. É difícil que qualquer um deles tenha impacto nos playoffs, então vou com o maior talento. Ele pode ajudar a organizar a segunda unidade do Clippers e poupar as referências do elenco para os “mata-mata”. Ao contratá-lo, eles também impediram que ele assinasse com o Lakers – o que deve pesar como ponto principal do negócio.

Ricardo Stabolito Jr.: DeMarre Carroll. O Rockets precisa de muitos alas versáteis para fazer sua nova visão de time funcionar e eles não são fáceis de conseguir por aí. Sempre fui cético em relação a Carroll, mas acredito que possa ser importante nesse contexto. Mas vale pesar que, individualmente, o melhor jogador que esteve disponível nesse período foi para o Clippers: Reggie Jackson.

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