Jumper Brasil Discute – Ex-jogadores da NBA no Hall da Fama

Integrantes do site e convidados debatem se alguns astros merecem estar no templo máximo do basquete

jogadores nba hall fama Fonte: Reprodução / X

Todos os ex-jogadores da NBA sonham em estar no Hall da Fama de Springfield. Afinal, esse é máximo reconhecimento da carreira de um indivíduo no basquete. Mas, mesmo que as eleições pareçam cada vez menos criteriosas, entrar lá não é um feito simples. Segue como uma honra para poucos. E chegar perto não significar encontrar a porta aberta.

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Atletas como LeBron James e Stephen Curry, certamente, vão entrar no templo do basquete. Hoje, no entanto, vamos conversar sobre alguns nomes com situações bem mais incertas.

A verdade é que vários jogadores conhecidos da NBA são indicados várias vezes ao Hall da Fama, mas não entram. Precisam “esperar”, pois não são os principais ídolos da liga e/ou do mundo em seu tempo. Ao mesmo tempo, têm currículos respeitáveis e à altura de terem a chance de estar na discussão. Digamos que são “candidatos”, mas não são votos automáticos.

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Leia mais sobre o Hall da Fama

Hoje, nós reunimos quatro integrantes da redação do Jumper Brasil e um convidado especial – Gabriel Martins, do podcast “Cara dos Sports” – para falarem sobre chance e mérito de alguns desses atletas mais discutíveis. Será que esses ex-jogadores da NBA merecem estar no Hall da Fama? Vamos lá…

 

1. John Wall merece ser eleito para o Hall da Fama?

Gustavo Freitas – Não, pois Wall foi incrível em um curto período. Ele não conseguiu ter grandes sequências por causa das lesões. Ele fez menos de 50 partidas em quase metade das temporadas da carreira. Isso seria um problema hoje, por exemplo, pela regra de número mínimo de jogo para concorrer a prêmios da liga.

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Ricardo Stabolito Junior – Não. O seu currículo não é tão ruim, mas reflete o atleta limitado por lesões que foi. Todos os seus feitos estão “acumulados” em uma faixa de cinco anos (2014-18). Além disso, não teve grandes resultados com o Washington Wizards. Melhores times e saúde ajudariam muito.

Gabriel Martins – Não, pois o seu auge foi muito curto. E ter sido um ídolo tão grande no Wizards, aliás, diz muito mais sobre a equipe em si do que sobre a carreira de Wall.

Victor Linjardi – Não. Apesar dos seus bons números individuais, ele se aposentou de forma melancólica. Foi quase que “rejeitado” por times da NBA e, além disso, não teve sucesso coletivo. É claro que o Wizards não ajudou, mas era preciso mais para estar no Hall da Fama.

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Gustavo Lima – Não. Wall foi um bom armador eleito que foi cinco vezes all-star. Mas nunca foi campeão e sequer teve grandes campanhas em playoffs. Diria, aliás, que ele nunca fez parte de um cenário vencedor na carreira.

2. Rajon Rondo é um dos ex-jogadores da NBA que merecem estar no Hall da Fama?

Gustavo Freitas – Não. Apesar de ter sido campeão por duas franquias rivais na NBA, o seu auge foi curto. Teve temporadas bem abaixo do esperado, além disso, por Chicago Bulls e Dallas Mavericks. E ainda passou por seis times em cinco anos quando ainda era titular na liga.

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Ricardo Stabolito Junior – Não. Às vezes, a gente superestima títulos na avaliação da carreira de um jogador. Rondo foi um vencedor e campeão, mas, para mim, nada mais o credencia como um Hall da Fama. Aliás, se não fosse o título pelo Los Angeles Lakers, o que seria memorável em sua carreira pós-Boston Celtics?

Gabriel Martins – Não. Ele pode estar no “hall dos jogadores muitos bons”, mas nunca no templo máximo. O Hall da Fama não deveria ter alguém que, em seu melhor, não foi mais do que o quarto melhor jogador em um time de várias finais e um título.

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Victor Linjardi – Sim. Além de ser um dos armadores mais legais de se assistir, Rondo foi um vencedor. Afinal, ganhou títulos da NBA pelas duas maiores franquias: Celtics e Lakers. Para mim, só isso já bastaria. Mas ele também teve alguns prêmios individuais para dar ainda mais credibilidade ao seu caso.

Gustavo Lima – Não. Apesar de ser bicampeão da NBA, Rondo não teve papel decisivo nas conquistas. Foi figurante em um time de três craques em Boston. E, depois, era só um reserva em fim de carreira no Lakers. Um armador puro que defendia muito bem, mas péssimo arremessador e finalizador.

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3. Andre Iguodala fez o bastante para estar no Hall da Fama no futuro?

Gustavo Freitas – Não. É verdade que ele foi all-star e MVP das finais da liga. Mas o prêmio foi por “parar” um LeBron James que fez quase 36 pontos, 13 rebotes e nove assistências de média na decisão. Começou a carreira como pontuador e logo virou só um especialista defensivo. Não faz o menor sentido ser Hall da Fama.

Ricardo Stabolito Junior – Não. Iguodala foi um jogador importante em uma equipe histórica – o que não é pouco. Mas o seu currículo quase terminaria aí se não fosse um MVP das finais cada vez mais questionável quando olhamos para trás. Esse caso, para mim, é uma versão alternativa de Robert Horry.

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Gabriel Martins – Não. O começo de carreira de Iguodala foi prejudicado por ter que ser um astro para o Sixers, assim como havia sido Allen Iverson antes. Mas, como se provou depois, ele era muito mais um coadjuvante de luxo.

Victor Linjardi – Sim. Difícil dizer não para um jogador com quatro aneis de campeão e um MVP das finais. No entanto, a sua escolha para esse prêmio foi polêmica. Além disso, a sua única participação no All-Star Game também foi discutível. Ele nunca foi um atleta de saltar aos olhos, mas é um vencedor.

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Gustavo Lima – Sim. Iguodala foi tetracampeão da NBA pelo Golden State Warriors, all-star e MVP das finais. Ou seja, o currículo fala por si só.

4. LaMarcus Aldridge está entre os ex-jogadores da NBA que merecem estar no Hall da Fama?

Gustavo Freitas – Sim. Aqui o papo é outro porque Aldridge foi sete vezes all-star e cinco vezes All-NBA. Mais do que isso, ele foi um dos melhores alas-pivôs da liga durante boa parte da carreira. Então, não tem como ficar de fora.

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Ricardo Stabolito Junior – Sim. Pois, embora não pareça, tem o currículo ideal. Todos os ex-jogadores que foram sete vezes all-stars e eleitos para quintetos ideais da liga em cinco temporadas estão ou vão estar no Hall da Fama. Assim como todos que fizeram 20 mil pontos, oito mil rebotes e mil tocos na carreira. Aldridge vai seguir a regra – e com justiça.

Gabriel Martins – Não. Aldridge até tem os números individuais, mas, para mim, muito pouco sucesso coletivo. Um dos “e se” mais interessantes da história recente da NBA, aliás, é se ele tivesse ficado no Portland Trail Blazers ao lado de Damian Lillard.

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Victor Linjardi – Não. É difícil defender a sua eleição por causa da falta de conquistas. Aldridge jogou muita bola e foi um atleta que gostei de ver. Mas, assim como Wall, isso não se traduziu em conquistas. Portanto, para mim, mesmo sete Jogo das Estrelas não são o bastante para ter o nome no Naismith Memorial.

Gustavo Lima – Não. Aldridge foi um ótimo jogador, mas nada além disso. Aliás, nunca foi a referência dos seus times. Em Portland, jogou com Brandon Roy e Damian Lillard. Já em San Antonio, estava junto com Kawhi Leonard. E, nos playoffs, o máximo que ele conseguiu foi ser “varrido” nas finais do Oeste em 2017.

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5. E, por fim, Derrick Rose merece ser eleito para o Hall da Fama?

Gustavo Freitas – Não. Até pensei que sim, a princípio, por seu ótimo início de carreira e o prêmio de MVP. Mas a verdade é que tudo parou por aí. Depois das lesões, Rose virou um jogador útil, quase comum. Isso quando entrava em quadra.

Ricardo Stabolito Junior – Não. Ser o MVP mais jovem da história da liga e a sua volta após várias lesões dão contornos épicos à carreira dele. Mas a sua lista de feitos na liga é até mais fraca até do que lembrava. Calouro do ano, três vezes all-star e só um time ideal da liga é muito pouco. Até acho que ele vai entrar, mas eu não votaria para isso.

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Gabriel Martins – Sim. É o caso mais difícil de todos os Hall da Fama dos esportes dos EUA. O auge de Rose foram os três primeiros anos de carreira? Consigo ver razão nos dois lados, mas acabo pendendo para o sim. Se o jogador foi MVP de uma temporada, então deveria ter ingresso automático.

Victor Linjardi – Sim. Todo jogador eleito MVP da liga na carreira deveria fazer parte do Hall da Fama. Independentemente de ser justo, ele foi o melhor jogador de uma temporada. Além disso, foi o único jogador que empolgou a torcida do Bulls depois da era Michael Jordan. Teve peso na franquia do melhor de todos os tempos. Não foi campeão, mas o MVP pesa demais aqui.

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Gustavo Lima – Sim, sem dúvidas. Foi o MVP mais jovem da história, três vezes all-star e All-NBA. Apesar da carreira limitada por lesões, Rose foi um dos grandes jogadores da última década na liga. É o maior ídolo do Bulls pós-Jordan. Tanto que terá camisa aposentada pela franquia.

 

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