Jumper Brasil Discute – Aquecimento para o Draft 2023

Analistas tentam identificar prospectos superestimados, subestimados, steals em potencial, apostas seguras e riscos do recrutamento

Jumper Brasil Draft 2023 Fonte: Ethan Miller / AFP

Todos os olhos da NBA e do Jumper Brasil estarão voltados para o Draft 2023, nesta quinta-feira (22). Afinal, daqui a pouco mais de 24 horas saberemos os destinos dos jovens atletas que estão chegando à melhor liga de basquete do mundo. A princípio, a única certeza do recrutamento é a primeira escolha. O fenômeno francês Victor Wembanyama será jogador do San Antonio Spurs.

Antes de mais nada, é bom deixar claro que vamos fazer a nossa tradicional cobertura especial do recrutamento da NBA. Pelo quinto ano consecutivo, o Draft será transmitido pela ESPN 2 para o Brasil, a partir das 21h.

Publicidade

Além disso, site, TwitterFacebook serão atualizados escolha a escolha. Dessa forma, convidamos todos os leitores a acompanharem o evento de 2023 conosco e ajudarem a fechar com chave de ouro a nossa cobertura de mais um recrutamento – a 13ª na história do Jumper Brasil, pioneiro no país em análise do Draft da NBA.

Então, enquanto o Draft 2023 não chega, aqui está um pontapé inicial do Jumper Brasil nas discussões que vamos ter durante o recrutamento. Desse modo, para tentar identificar quem são os prospectos superestimados e subestimados, steals em potencial, apostas seguras e riscos, convidamos:

Publicidade

 

1. Além de Victor Wembanyama, quem você considera a escolha mais segura do Draft de 2023?

Gustavo Lima: Gradey Dick, o melhor arremessador do Draft de 2023. Além disso, ele é excelente atuando fora da bola. Portanto, um arremessador de elite, que se movimenta muito bem em quadra e não precisa da bola nas mãos para ser útil. Defensivamente, ele é muito esforçado, dedicado. Assim, Dick deverá ter um encaixe tranquilo em qualquer equipe. Enfim, um potencial role player com papel bem definido e que não compromete em quadra. Portanto, não tem como dar errado na NBA.

Publicidade

Ricardo Stabolito Jr.: Gradey Dick. É o melhor arremessador da loteria e, mais do que isso, possui inteligência para dinamizar o jogo a partir de sua ameaça como chutador. Muito fácil enxergar a sua função na NBA. Mas Brandon Miller também é uma resposta válida aqui, para mim.

Lucas Nicolau: Poderia citar Jordan Hawkins, por ser um arremessador de comprovada qualidade, mas a minha resposta é Kobe Bufkin. É simplesmente o jogador mais completo de todos. Por mais que não possa ter tanto potencial para ser uma estrela, preenche lacunas e se encaixa em qualquer sistema. Afinal, ele é muito inteligente, focado, voluntarioso e arremessa bem.

Publicidade

Guilherme Taniguchi: A discussão em torno de Brandon Miller na escolha 2 faz sentido por ele ser esse jogador. Ele tem um ótimo arremesso do perímetro, capacidade de criação e excelentes instintos defensivos.

Leonardo Paglioni: Scoot Henderson. Provavelmente ele seria a primeira escolha em muitas outras classes. Um jogador com esse nível atlético, capacidade de infiltração e com um jogo desenvolvido na meia distância. Enfim, não consigo imaginá-lo não sendo uma escolha segura.

Publicidade

Maicon Rodrigues: Gradey Dick. Scoot ou Miller parecem as respostas mais óbvias para essa pergunta, mas pessoalmente penso que não há nenhum cenário onde Dick falhe na NBA. Seu estilo de jogo, alinhado com sua junção de ferramentas físicas + QI de jogo, lhe dão muita segurança.

 

2. Qual prospecto que, provavelmente será selecionado na loteria, você não escolheria de jeito nenhum?

Gustavo Lima: Vou citar dois. Nick Smith. Não curto jogadores que exalam essa aura de “peladeiro”. Além disso, vejo muitas limitações no jogo dele. Franzino, com uma péssima seleção de arremessos e baixo QI de basquete. O segundo seria Dereck Lively, um pivô com muitas limitações ofensivas e técnicas. Se for para apostar em um projeto de médio e longo prazo para a posição, eu iria em James Nnaji, cotado para o fim da primeira rodada.

Publicidade

Ricardo Stabolito Jr.: Dereck Lively. Acredito que vá ser um jogador sólido na NBA, mas é um valor baixo na loteria. Os pivôs especialistas defensivos sem tantos recursos com a bola simplesmente não valem uma seleção TOP 14 hoje em dia.

Lucas Nicolau: Jalen Hood-Schifino. Sinceramente, para fazer valer uma escolha de loteria o jogador precisa ter ao menos alguns caminhos de desenvolvimento a seguir para que ele vire uma estrela um dia na NBA. Embora seja um jogador refinado com a bola e um bom defensor, Hood-Schifino é quem menos enxergo potencial para um dia chegar a tal nível, entre os cotados para sair na loteria.

Publicidade

Guilherme Taniguchi: Dereck Lively. Tem crescido o hype em torno dele na loteria e isso me preocupa demais. Lively ainda é cru em muitos fundamentos importantes do jogo, como nas finalizações longe da zona restrita. Além disso, é um jogador que comete muitas faltas. Apesar da envergadura e de parecer um pivô leve, não parece demonstrar agilidade para defender no perímetro.

Leonardo Paglioni: Dereck Lively. Confesso que é quem menos me agrada entre os jogadores que podem sair na loteria. É um projeto que mostrou pouco e que necessita de muita evolução técnica. Além dos poucos minutos, mostrou ter problemas com faltas. Enfim, não acho que valha uma aposta na loteria.

Publicidade

Maicon Rodrigues: Dereck Lively. Reconheço seu potencial no lado defensivo da quadra, mas penso que a quadra ofensiva também é importante. O arsenal ofensivo de Lively consiste apenas em enterradas e bandejas debaixo do aro. Penso que ele peca em outras áreas, como rebotes e screens.

 

3. Qual jogador que, provavelmente não será selecionado na loteria, você escolheria caso estivesse no TOP 14 deste recrutamento?

Gustavo Lima: Kobe Bufkin. Trata-se de um dos prospectos mais completos de 2023. Kobe é um combo guard atlético que possui grande inteligência no ataque. Além disso, é um ótimo finalizador e um eficiente arremessador fora da bola (catch-and-shoot). No ataque, Bufkin também consegue criar a partir do pick-and-roll. Já na defesa, ele mostra excelente postura e se sai muito bem marcando pressão. Aliás, sua inteligência, esforço e leitura defensiva são notáveis. Portanto, é útil com e sem a bola.

Publicidade

Ricardo Stabolito Jr.: Cason Wallace. É um grande defensor que provou efetivamente poder atuar com ou sem a bola nas mãos durante a temporada em Kentucky. Além disso, os guards da universidade têm um ótimo histórico recente na NBA.

Lucas Nicolau: Cason Wallace. De todos os novatos da última temporada do College, ele foi, ao lado de Brandon Miller, quem melhor atuou. Afinal, mostrou maturidade e capacidade dos dois lados da quadra. Desse modo, ele é capaz de impactar qualquer equipe da NBA desde já. Não sei se há alguma questão médica envolvida, mas os times simplesmente não podem deixar isso acontecer. Ainda mais [de novo] com um armador de Kentucky.

Publicidade

Guilherme Taniguchi: Leonard Miller. O canadense é um prospecto intrigante! Afinal, ele é muito alto, mas demonstra upside como passador. É um bom condutor da bola em transição, cria seu próprio arremesso e arremessa em dois níveis. Além do que pode ser, tem bons instintos defensivos e sabe atuar sem a bola no ataque. Por fim, exibe uma boa capacidade pegando rebotes defensivos.

Leonardo Paglioni: Leonard Miller. Ele tem muita capacidade física e é extremamente ágil e versátil nos dois lados da quadra. Portanto, isso é algo que cada vez mais é valorizado entre os prospectos.

Publicidade

Maicon Rodrigues: Rayan Rupert. Para mim, o francês é dispatado o melhor defensor de perímetro da classe. Além disso, suas ferramentas indicam upside no lado ofensivo da quadra. Acredito que sua evolução possa ocorrer tal qual a de Mikal Bridges.

 

Leia Mais!

 

4. Quais prospectos você considera como steals em potencial que, atualmente, estão projetados para serem escolhidos na segunda metade ou no final da primeira rodada?

Gustavo Lima: Colby Jones e Ben Sheppard. Jones é um ala que possui um elevado QI de basquete nos dois lados da quadra. Além disso, é um ótimo criador para os companheiros, um arremessador confiável do perímetro e mostra versatilidade defensiva. Portanto, um protótipo de role player que cairia bem em qualquer equipe. Sheppard, por sua vez, tem tudo para ser um 3-and-D na NBA. Afinal, ele a chama a atenção como arremessador no catch-and-shoot e por ser um bom defensor de perímetro. Além disso, Sheppard possui uma leitura avançada do jogo e consegue criar para os companheiros no pick-and-roll.

Publicidade

Ricardo Stabolito Jr.: Leonard Miller. É o prospecto de maior upside fora da loteria, certamente. Um garoto que jogava no basquete colegial do Canadá há dois anos. Evoluiu muito durante a temporada da G League. Pode ser moldado de diversas formas por causa de suas habilidades muito específicas, pois foi um armador por boa parte da vida.

Lucas Nicolau: Dariq Whitehead, que, inteiro, certamente seria uma escolha top 10. Além dele, Marcus Sasser e sua criatividade com a bola nas mãos, Noah Clowney como potencialmente determinante demais para deixar passar, e por último, Amari Bailey, como um diamante que precisará ser lapidado aos poucos.

Publicidade

Guilherme Taniguchi: Destacarei dois nomes que gosto bastante. O primeiro é Kobe Bufkin, que é um dos jogadores mais inteligentes da classe e tem capacidade de finalizar nos três níveis ofensivos. Defensivamente, ele usa bem a envergadura e a velocidade lateral para se destacar. O outro é Brandin Podziemski, que tem a capacidade de ser efetivo tanto com ou sem a bola. Ele  pode atuar no catch-and-shoot (mais de 40% de aproveitamento) ou com a bola atacando o aro, principalmente com floaters. Além disso, tem uma boa leitura de jogo.

Leonardo Paglioni: Maxwell Lewis. Ele se mostrou um jogador com uma capacidade de ser no mínimo um bom role player, com um potencial ainda maior por conta do jogo com a bola e criação para os companheiros. Dê a ele espaço para mostrar isso e leve, quem sabe, um futuro All-Star.

Publicidade

Maicon Rodrigues: Julian Strawther e Trayce Jackson-Davis. Ambos jogadores singulares, ou seja, de papel limitado. Strawther é um dos melhores gatilhos da classe, enquanto Jackson-Davis é um monstro atlético.

 

5. Existe algum atleta que deverá ser escolhido apenas na segunda rodada e você consideraria seriamente selecionar entre os 30 primeiros?

Gustavo Lima: Andre Jackson e Trayce Jackson-Davis. Acredito que ambos chegarão à NBA para contribuir de imediato. Jackson se destaca pela versatilidade defensiva e por ser altruísta em quadra. Afinal, ele consegue marcar todas as posições do perímetro e é um passador criativo. Ou seja, um playmaker que é um defensor acima da média. Jackson-Davis, por outro lado, é um pivô que chama a atenção pela incrível capacidade atlética. Aliás, ele é um rim-runner de muita velocidade e explosão. Além disso, contribui como criador de jogadas, seja em passes da cabeça do garrafão ou em handoffs. Por fim, é um ótimo defensor em ajuda, se destacando pelo bom posicionamento e inteligência.

Publicidade

Ricardo Stabolito Jr.: Vários. Kobe Brown é uma combinação interessante de físico e habilidade. Seth Lundy, por sua vez, tem os moldes do ala 3D que muitos times tanto buscam hoje em dia. Não ficaria chocado se você dissesse que Trayce Jackson-Davis ou James Nnaji, por exemplo, vai ser o segundo melhor pivô dessa classe no futuro.

Lucas Nicolau: Sidy Cissoko e sua capacidade de ser um “pau para toda obra”. Se ele começar a arremessar com mais constância não tem como não imaginá-lo como ao menos o terceiro melhor jogador de uma equipe importante na NBA.

Publicidade

Guilherme Taniguchi: James Nnaji. Na minha opinião, ele é o segundo melhor pivô da classe, atrás apenas do Wembanyama. O nigeriano, aliás, tem medidas que o credenciam para valer uma aposta alta. Porém, não chegará à NBA para contribuir de imediato pela falta de polidez no seu jogo ofensivo. No entanto, Nnaji demonstrou flashes marcando jogadores mais baixos e muita verticalidade. Enfim, ele vale uma aposta para quem não precisa de ajuda imediata no garrafão.

Leonardo Paglioni: Tristan Vukcevic. Está cada vez mais comum ver bigs vindo da Europa com a capacidade de pontuar, passar e arremessar. A transição para eles não é simples, principalmente na parte física, mas confio na capacidade técnica e, principalmente, no arremesso de Vukcevic.

Publicidade

Maicon Rodrigues: Kobe Brown. O ala-pivô de Missouri chamou a minha atenção não faz muito tempo. É um verdadeiro tanque de guerra com um físico e atleticismo pronto para a NBA. Além disso, ele é dono de um ótimo QI de basquete e de um moderno estilo de jogo.

 

6. Por fim, com a segunda escolha do Draft de 2023, você selecionaria…

Gustavo Lima: Scoot Henderson, o segundo maior talento do Draft. Scoot é um armador que chama a atenção pelos atributos físico-atléticos de elite. Afinal, a sua velocidade e explosão em quadra aberta, com ou sem a bola, é impressionante. Assim, chega à cesta quando quer por causa da sua combinação de força física, explosão e velocidade. Além disso, Henderson possui um dos jogos de midrange mais refinados da classe e toma rápidas decisões com passes. Assim, deve tirar proveito do melhor espaçamento da NBA. Ok, Brandon Miller é ótimo e faria muito sentido em Charlotte, mas estou realmente intrigado com o encaixe de Scoot com LaMelo Ball.

Publicidade

Ricardo Stabolito Jr.: Scoot Henderson. Brandon Miller é praticamente tudo o que a NBA quer em um ala e, como resultado, um jogador de fácil encaixe. Mas, na segunda escolha, você vai no talento. O armador é quem força desequilíbrio nas defesas e cria arremessos. Isso é o que um astro faz.

Lucas Nicolau:  Scoot Henderson. Afinal, é o melhor jogador disponível. Nada contra Brandon Miller, que também acho incrível. Porém, não considero que o encaixe entre Scoot e LaMelo Ball seja ruim a ponto do Hornets não fazer essa escolha. Aliás, muito pelo contrário. Vejo LaMelo sendo potencializado atuando mais sem a bola, podendo utilizar sua incrível capacidade de arremesso, e sem cometer tantos desperdícios, já que arrisca demais na armação das jogadas. Além disso, Scoot é um ótimo organizador de jogo e colocaria pressão no aro, fazendo deles uma dupla bem equilibrada.

Publicidade

Guilherme Taniguchi: Scoot Henderson. Apesar de reconhecer o piso maior de Brandon Miller, não vejo o Hornets como um time pronto para deixar passar o teto mais alto entre os dois, Mesmo sem um grande arremesso, Scoot tem a capacidade de impactar o jogo com sua explosão e visão de jogo.

Leonardo Paglioni: Scoot Henderson. O Hornets não está em uma situação de passar o melhor talento por conta de necessidade, até pelo fato de não ser loucura imaginar LaMelo e Scoot juntos. Henderson está acima dos outros jogadores e, possivelmente, até mesmo de LaMelo. Enfim, é o tipo de cara que uma franquia nesse contexto sonha em ter a chance de selecionar.

Publicidade

Maicon Rodrigues: Scoot Henderson. Respeito Brandon Miller como o ótimo prospecto que ele é, mas aqui, em minha visão, estamos falando de prospectos de prateleiras diferentes. Scoot pode não ser do nível de Victor Wembanyama, mas certamente também não está uma prateleira acima de Brandon Miller.

 

Assine o canal Jumper Brasil no Youtube

Todas as informações da NBA estão no canal Jumper Brasil. Análises, estatísticas e dicas. Inscreva-se, mas dê o seu like e ative as notificações para não perder nada do nosso conteúdo.

Publicidade

Então, siga o Jumper Brasil em suas redes sociais e discuta conosco o que de melhor acontece na NBA

Instagram
Twitter
Facebook
Grupo no Whatsapp

Publicidade

Últimas Notícias

Comentários