Quatorze derrotas seguidas com um mês de temporada, certamente, tiram qualquer um do sério. De torcida a atletas. E foi o que aconteceu com o técnico do Detroit Pistons, Monty Williams, nessa segunda-feira. O treinador perdeu a paciência em uma entrevista bombástica depois do revés contra o Washington Wizards. Na visão do comandante, os jogadores não fazem jus à cultura de competitividade que sempre marcou o time.
“Não houve luta dentro de quadra da nossa parte. Então, isso não está nem perto de ser o basquete do Pistons. Precisamos de pessoas que honrem essa franquia e camisa, pois não temos feito isso. Temos que ter gente que queira competir todas as noites. Eu não estou falando sobre sermos perfeitos em execução, mas simplesmente competir. Até porque, no momento, não estamos”, disparou um revoltado Williams.
O duelo entre Wizards e Pistons reuniu as duas equipes de pior recorde da temporada até agora. E, mesmo atuando em casa, o time de Detroit não conseguiu vencer o seu primeiro jogo em novembro. Os visitantes lideraram a maior parte da partida, abriram 16 pontos no começo do último período e a diferença nunca voltou a dígitos simples. Williams sabe que o elenco é jovem, mas a idade não é o único problema.
“Essa equipe precisa crescer, antes de tudo. Ganhar maturidade e entender o que é ter disciplina com um plano de jogo. Aliás, essas são coisas sobre as quais conversamos o tempo inteiro. Mas chega um instante em que a conversa precisa virar ação. Chega de papo”, decretou o ex-técnico do Phoenix Suns.
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Vontade de ganhar
Uma análise recente do desempenho do Pistons leva a conclusões muito piores do que só as atuais 15 derrotas em 17 jogos na temporada. A questão é muito, mas muito pior. Desde a última trade deadline, por exemplo, a equipe só ganhou quatro de 42 partidas disputadas. Ou seja, os problemas podem ser muito mais profundos do que parece. Cade Cunningham, no entanto, garante que vontade não é o problema do time.
“Todos querem vencer muito aqui. Queremos fazer o que é melhor para a equipe, mas temos que ser mais agressivos e físicos. Eu sinto que o nosso problema hoje é que não temos a agressividade e abordagem física necessária para ganhar. A gente precisa focar nisso, enquanto deixamos de tentar pressionar tanto uns nos outros por atitude”, analisou o jovem ala-armador.
A péssima fase do Pistons, por enquanto, ensinou uma lição crucial para Cunningham. Vencer na NBA exige atenção constante, pois poucos minutos bastam para se perder uma partida. “Nós temos bons momentos e, então, entramos nessas fases horríveis onde perdemos os jogos. Precisamos identificar os instantes em que tudo desanda e, assim, seguirmos e firmes. Esse é o nosso desafio”, concluiu.
Funções
A revolta do técnico Monty Williams não recebeu tanto apoio assim de Cunningham, mas outro jogador do Pistons concordou com o comandante. Isaiah Livers, por exemplo, só disputou três jogos da temporada. No entanto, vê os mesmos problemas do treinador e sua análise não para na competividade. Ele acredita que alguns atletas não entendem exatamente qual é o seu papel na equipe.
“Nós podemos discutir várias coisas aqui, mas existe um fator inquestionável para mim. Eu simplesmente não acho que jogamos duro o bastante, para merecer a vitória. Todos os times têm funções para os seus jogadores. No entanto, às vezes, sinto que nenhum de nós estamos desempenhando as nossas funções da melhor forma possível”, diagnosticou o ala reserva.
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