Foram 149 dias de agonia. Depois de uma reunião que começou na tarde dessa sexta-feira e se estendeu por 16 horas madrugada adentro, os fãs da NBA agora podem respirar aliviados: jogadores e cartolas chegaram a um entendimento preliminar para fechar o novo Acordo de Negociação Coletiva (CBA) e encerrar o locaute.
Com isso, o período de treinamentos e o mercado de agência livre deverão ser abertos oficialmente no dia 9 de dezembro e a temporada de 66 partidas para cada equipe deverá ser iniciada no Natal, dia 25, com a rodada tripla que estava prevista anteriormente: Boston Celtics x New York Knicks, no Madison Square Garden; Miami Heat x Dallas Mavericks, no American Airlines Center; e Chicago Bulls x Los Angeles Lakers, no Staples Center.
Segundo a imprensa norte-americana, o novo acordo será colocado em votação para os 29 donos de equipes e os 430 jogadores da Liga e precisa ser aprovado por maioria absoluta. Além disso, os atletas terão de reconstituir a Associação de Jogadores (NBPA), que havia sido dissolvida há 12 dias, e retirar o processo antitruste contra a NBA. De acordo com o jornalista Adrian Wojnarowski, do Yahoo! Sports, haverá um número significativo de jogadores que não vão votar para aprovar esse acordo, mas que não será maioria e que o acordo vai passar.
“Queremos jogar basquete. Estamos otimistas de que o acordo será aprovado e que teremos a temporada da NBA. Estamos muito satisfeitos de termos chegado até aqui. Nós resolvemos que o bem maior deveria prevalecer e chegamos a esse entendimento preliminar. O nosso objetivo sempre foi o de chegar a um acordo que fosse justo para ambos os lados”, disse o comissário David Stern.
O diretor-executivo da NBPA, Billy Hunter, disse que os termos do novo acordo serão divulgados em breve, mas que a Associação prefere mantê-los sob sigilo até que pudessem ser compartilhados com os jogadores. Segundo uma fonte ligada às negociações, a fração de BRI (Fontes de Receitas Relacionadas ao Basquete) será mesmo de 50-50 e o novo CBA será válido por dez anos, com uma cláusula opt-out mútua após o sexto ano.